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Faz hoje anos. Era ainda um jovem e tinha chegado cedo ao estádio. Alvalade a rebentar pelas costuras e o desastre aconteceu com a chegada da camioneta do FCP.
Adeptos em plena euforia e com a adrenalina no máximo, correm para o varandim da superior Sul que cedeu com o peso dos adeptos. A minha camisola de lã (típica da altura) ainda ficou rasgada porque graças a ela um adepto conseguiu-se agarrar e não caiu desamparado (o meu amigo Nelson da Madragoa), ao contrario dos outros leões.
Todos os anos ressalvo a mesma nota, porque para mim o futebol é um espectáculo que não deve, e não pode estar acima do carácter de cada um. A primeira assistência a ser dada aos nossos adeptos foram os médicos e o staff do FCP, inicialmente debaixo a apupos e arremesso de objectos, até os adeptos leoninos se aperceberem do que realmente se tinha passado, mas lá ficaram até chegar as ambulâncias, a cumprir o seu dever, de médicos, e de cidadania, um exemplo e uma postura que nunca esquecerei.
Quando hoje se metem musicas da Rosinha, e se fomenta guerras, e se utilizam as palavras de morte, e se esquecem de dizer os nomes do adversário, devíamos parar todos, pensar, e quem puder, quem tiver berço para isso, fazer com que no futebol se respire somente o desporto, a rivalidade saudável. O exemplo tem que começar por alguém e devia de começar por quem tem mais “bagagem para aguentar o tranco”
O desporto está cheio de arruaceiros, vigaristas e mentirosos, a começar pelo topo da pirâmide. E eu, pela parte que toca ao Sporting, tenho pena que neste campo não sejamos exemplos para ninguém. Tenho pena que os sócios nem nas redes sociais possam falar abertamente sobre o seu clube, quanto mais respeitarmos os outros.
Temos um longo caminho a percorrer, infelizmente o Sporting não é, e nem será nosso