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Morrer não tem boa hora. A hora da morte não escolhe dia nem prepara quem fica.
Mas Moniz Pereira morreu em má hora.
Morreu em má hora, este tipo de Homens não devem ter hora para morrer.
Morreu em má hora, com o seu Clube do Coração afastado.
Que dor esta de quem privou tantos e tantos anos com Moniz Pereira não poder estar hoje em Alvalade
.
Que dor esta de quem trabalhou, cresceu e venceu com Moniz Pereira se encontrar hoje privado de estar em terreno sagrado, na nossa Casa em Alvalade a prestar a derradeira homenagem a um grande Homem.
Que dor esta de ver gente em Alvalade com três ou menos anos de casa a aplaudir um "estranho".
Que dor esta de ver esta espiral de acontecimentos, como se fosse um desejo que tudo passe rápido e que tudo volte à normalidade.
Que dor esta de não ver o Sporting prestar a devida homenagem a este Homem.
Um Estádio aberto, repleto de Sócios, Adeptos, amigos e rivais, companheiros e desportistas, Homens e Mulheres a aplaudir uma grande referência do desporto, das artes, da cultura, da conversa e do relacionamento entre pares. Um grande português e do Sporting.
Um Homem tão grande ou maior que Eusébio da Silva Ferreira.
Que dor esta de não ver nada.
Que dor esta de ver prometido ser entregue um nome a um Centro de Alto Rendimento, novidade essa oferecida a todos no dia da morte de tão grande Homem, que tanto se bateu por essa obra.
Que dor!
Este Sporting caminha para uma total desfragmentação dos seus valores e dos reais princípios dos seus fundadores.
Que dor não estar agora na Central de Alvalade a prestar homenagem ao Corpo em Câmara Ardente com a nossa bandeira a aconchegar o Homem que tanto fez pelo Sporting, que levou o nome do Sporting a todos os cantos do mundo, que fez do Sporting um Clube tão grande ou maior que os maiores da Europa, e neste caso, e fez mesmo, do mundo.
“Entre a dor e o nada, escolho a dor.” Escreveu William Faulkner, e que bem carateriza este momento.
Hoje muitos são os que preferem a dor. Outros há que preferem o nada.
Pobre hora esta que levou o Professor Moniz Pereira. Merecia outro Sporting na sua última grande lição de vida a todos nós.