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Toalha ao chão, parte II

por O 6º Violino, em 06.02.17

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Já muito se disse e se escreveu sobre os últimos resultados da equipa principal de futebol. Como tal não serei mais um a contribuir para a "gritaria" em torno da qualidade do futebol apresentado, nem tão pouco para as opções técnicas e táticas do treinador Jorge Jesus.

No Sporting trata-se tudo pela rama e nunca pela base. É assim que querem que se discuta o Clube, tudo superficialmente, para que não se tenha de ir ao fundo da questão.

Seguramente, e como tenho vindo a dizer, mais cedo do que tarde, o Clube pagará por isto.

Azevedo de Carvalho iniciou o seu percurso de presidente com a pior classificação de sempre, um sétimo lugar do qual também faz parte, porque isto de dizer que o seu primeiro titulo enquanto presidente, também foi herança do inenarrável Godinho Lopes.

Apostou num bom treinador e teve um orçamento de cerca de 25 milhões de euros. Adquiriu uma série de jogadores desconhecidos que serviram para tirar espaço a jogadores oriundos da Academia de Alcochete, tendo como intermediário privilegiado  Nelson Almeida, amigo de Augusto Inácio. Pérolas como Cissé, Gazela, entre tantos outros serviram para quê?

Em Dezembro desse ano já Leonardo Jardim dizia aos mais próximos que não iria continuar na temporada seguinte. Felizmente chegou-se a um entendimento e acabou por sair a bem.

Na temporada seguinte, Azevedo de Carvalho apresenta Marco Silva e oferece-lhe um contrato de longa duração, quatro temporadas. O Sportinguista finalmente pensou que a aposta a curto/médio prazo seria desta vez uma realidade.

Marco Silva recebeu uma série de Naby Sarr's e Mauricios e em dezembro dessa temporada Azevedo de Carvalho oferecia-lhe elementos da equipa B como reforços de inverno. Relembro que o orçamento voltou a não fugir dos 25 milhões por imperativos da reestruturação financeira começada por Nobre Guedes e terminada por Carlos Vieira.

Sobre o episódio do inenarrável Zé dos Tachos já nem vale a pena falar, de tão miserável que foi.

Das ameaças e "tricas" a que Marco Silva foi sujeito também não. Salvou-se uma Taça de Portugal, devido à união do grupo de trabalho em redor do então treinador.

Marco Silva saiu de cara lavada de todo o processo nojento que lhe levantaram, e era necessário um golpe de rins para acalmar as hostes de Alvalade.

Já a pensar no período eleitoral, Azevedo de Carvalho joga todas as fichas em Jorge Jesus, treinador preterido por Vieira, que apenas tentou que Jesus não fosse para Alvalade ou para o Dragão.

Nem vale a pena relembrar o que ambos disseram um do outro antes deste casamento por conveniência e com o maior dote da história do futebol português. Jesus passa a ser membro do grupo restrito dos 10 treinadores mais bem pagos do mundo futebolístico, num Clube, diziam, que esteve à beira da bancarrota.

Terá começado aqui o apoio de Ricciardi, tal como teve Godinho Lopes e todos os seus antecessores desde Roquette?

Começa a temporada futebolística já com um orçamento despesista, até superior ao de Godinho Lopes, o tal do "cheque e da vassoura".

O Sporting vence uma Supertaça, a participação europeia é desprestigiante para o Clube, mais uma vez. ("Antigamente ninguém conhecia o Sporting na Europa", dizia alarve-mente, Azevedo de Carvalho).

O Sporting disputa até final a Liga portuguesa, tal como tinha feito com Paulo Bento, com um orçamento muito inferior.

No final dessa temporada, como se Jesus ganhasse pouco, Azevedo prolonga o seu contrato e aumenta o seu ordenado, já de si pornográfico. Tal como fizera na Luz, Jesus atirou para o ar um possível interesse do Futebol Clube do Porto nos seus serviços. Em nome das eleições e na manutenção do emprego, Azevedo cai que nem um pato.

Entrados nesta temporada temos o maior orçamento da história, derivados de um rol de aquisições estrondosamente falhadas, tirando Bas Dost, mas que não veio de borla. Emprestaram-se uma série de jovens oriundos da Academia para albergar uma série de "vedetas" que se viria a provar ser um desastre desportivo e financeiro.

Chegamos a Janeiro com a época perdida em todas as competições, com um orçamento a bater mais de 60 milhões.

As ilusões vendidas por Jesus e Carvalho morreram prematuramente. 

Do que no inicio de temporada era algo impensável, Azevedo de Carvalho vê-se obrigado a emendar a mão e a fazer crer aos seus súbditos que a aposta na formação estava prevista. Como disse? Estava previsto nada ganhar e correr com o entulho adquirido? Importa-se de repetir?

Jesus, que pode não ter o dom da palavra, não é parvo e também ele sacode as suas responsabilidades no que toca ao desastre desportivo e financeiro. Temos, portanto, dois responsáveis máximos desta pobreza a tentarem sacudir a água do capote, "cobardemente". Ora são as arbitragens, ora são os jogadores, nunca os responsáveis pelas miseráveis e caras aquisições. Sempre com os "brifados" do costume na comunicação social, Zé dos tachos, Zé Pina, Eduardo Barroso, Dias Ferreira, Paulo de Andrade, Paulo Futre, Fernando Mendes, entre outros que são a "voz do Saraiva e do Carvalho".

Posto isto, e em termos de gestão desportiva, considero Azevedo de Carvalho um perdedor nato e um zero à esquerda. Quem nunca praticou desporto não sabe o seu lugar e que não deve "partir um balneário" como fez em Chaves, onde o seu destempero psicológico ficou mais uma vez demonstrado a quem tinha dúvidas.

SL

 

 

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publicado às 14:02


2 comentários

De comentador desportivo a 06.02.2017 às 20:53

Retirando aquela menção desnecessária naquele tom ao anterior presidente, excelente post.

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