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#AçordaSporting

por O 6º Violino, em 17.08.20

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Não, não há engano no titulo desta prosa.

Aos dias intermináveis de uma pandemia que mudou o Mundo, embora ainda não haja noção dos efeitos da mesma, para muitos, ao Sporting juntou-se a pandemia da Açorda.

Açorda, que " gastronomicamente", é um dos pratos mais apreciados no país, no Sporting é o dia a dia esquizofrénico e de loucura .

Existem enumeras formas de fazer açorda, desde a de alho à de gambas, passando pelas alentejanas, etc..

Mas o Sporting, como Clube sui generis que é, cria as suas próprias açordas. E todos os dias há uma açorda nova.

Vamos então a algumas iguarias preparadas pelos sportinguistas:

Açorda de poder : É a açorda preferida de pseudo-notáveis, de pseudo-reservas morais, de pseudo-donos do Clube. Os ingredientes principais desta açorda são a vaidade, os egos, os interesses, o emprego, as mordomias, tudo em doses industriais. Desta açorda, e só falando em ex-Presidentes, apenas um ficou dependente.

Açorda de escolhas : as más opções constantes de todas as direcções, no que ao futebol diz respeito, desde técnicos a jogadores, passando por dirigentes sem preparação para os cargos que ocuparam e ocupam. Os ingredientes são também à escolha do leitor e em doses monstruosas. Também se podia chamar de "açorda pecado capital".

Açorda de claques : só no Sporting o poder das claques foi até há pouco tempo o poder de um órgão social. Despedem treinadores, agridem jogadores e dirigentes, com o beneplácito de alguns, que os "controlavam" com ofertas de bilhetes. Ao género de "uma mão lava a outra". Ingredientes usados na receita, também em doses generosas, várias doses de vergonha e medo.

Açorda de núcleos : Alguns núcleos não passam de centros de dia ou de cafés, não cumprem o regulamento aprovado para os mesmos, quer na composição dos seus órgãos sociais, quer nas obrigações perante o Clube. Neste particular, culpa do Conselho Directivo que não faz cumprir o regulamento. Quantos Presidentes de núcleo participam em Assembleias Gerais do Clube? Os ingredientes desta açorda são vários, desde a falta de vergonha, aos ex-dirigentes que passam horas com os núcleos na tentativa de minar a relação núcleo/clube, com várias pitadas de falta de noção.

Açorda de comunicados : No Sporting toda a gente faz comunicados, claques, núcleos, ex-presidentes, ex-candidatos, ex-qualquer coisa e ex-coisa nenhuma. Quem devia fazer mais, e não o faz, por manifesta incapacidade de comunicar, é o C.D.. Qualquer gato pingado faz um comunicado, normalmente contra os interesses do Clube e em causa própria.

Ingredientes, para além dos atentados à língua portuguesa, desespero, incongruência, vaidade pessoal, e o ser serviçal. Raros são os comunicados que acrescentam valor ao Clube. Mas é a democracia, um bem nem sempre bem aproveitado.

Açorda de votações : Uma oposição sedenta de poder, que nem sequer sabe explicar o porquê de ser contra novas formas de participação na vida do Clube, núcleos que se queixam de abandono, mas que são contra a abertura à participação massiva de sócios nas decisões, no Sporting tudo serve para discordar, é uma moda. Pode-se utilizar a estupidez humana como ingrediente principal na elaboração desta receita.

Açorda de reserva moral : vivem alguns na ilusão de se reserva moral do Clube, ou conhecer alguém que ache que é uma reserva moral. Nestes casos, ficam sempre em casa, nunca dão a cara. Outros ainda não perceberam que o seu tempo já passou há muito, com votações ridículas e em julgamentos pelos sócios do Clube. Nesta receita podemos usar o saudosismo como ingrediente principal e algum mau perder.

Açorda verde : O actual C.D. ainda não conseguiu deixar a aura de ser "muito verdinha", tendo falta de capacidade de reacção aos constantes ataques internos e externos. Ainda não percebi se é estratégia, se é incapacidade, ou se é cansaço. Ou tudo junto. São estes os ingredientes.

Aguardemos que a "gastronomia leonina " seja capaz de nos servir outros pratos, mais saudáveis e que a inteligência de colocar o Sporting em primeiro seja o principal ingrediente, em vez de açordas azedas.

SL

 

 

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publicado às 22:50

De quarentena ou de quatro?

por O 6º Violino, em 16.04.20

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Antes de mais, espero que os leitores e familiares se encontrem de boa saúde.

Nos tempos que correm são o bem mais precioso. Que continuemos a enfrentar os tempos difíceis com tenacidade.

Confesso que as saudades de escrever sobre o Sporting não eram muitas, nestes tempos difíceis percebemos o que realmente é prioritário nas nossas vidas. Mas é a minha opinião, não será a de todos. Há muita gente que tem em tempos de confinamento tanto tempo livre como antes da pandemia. E vão debitando opiniões, e vão abrindo focos de conflito, e vão massacrando o Clube, mesmo sem se agarrarem aos maus resultados desportivos do futebol. Eles não dormem, eles não têm vida, hoje, como no passado.

Não vou falar de pessoas que já deram muito ao Sporting no passado, a esses dou o direito de opinar e de debaterem o Clube, pelo respeito que merecem, mesmo sem concordar muitas vezes. Isso é saudável, haver debate de ideias, de apontar caminhos.

Mas surgem figuras que nunca fizeram nada pelo Sporting e que do alto da sua pretensa sabedoria, mais não fazem do que usar saltos altos para se mostrarem. Uma dessas figuras que ninguém sabe de onde saiu é Rui Calafate. Quem é Rui Calafate, afinal?

Diz ser dono de uma empresa de comunicação que ninguém conhece, que não tem funcionários quando se faz uma simples busca, não se lhe conhecem clientes, diz que faz ou fazia a comunicação de Santana Lopes, e é tudo o que se sabe da sua experiência profissional. No Sporting aparece pela mão de Pedro Baltazar. 

No último acto eleitoral trabalhou para João Benedito e "a meio do jogo", com o apoio de Pedro Baltazar a José Maria Ricciardi, abandonou o ex-jogador de futsal e virou agulhas para a candidatura do antigo banqueiro. Durante o mandato do ex-presidente destituído não se viu de Rui Calafate um único comentário público sobre o dia a dia do Sporting, mesmo que logo ao inicio tenha feito parte de grupos de contestatários. Mas nunca deu a cara, talvez por receio de ficar tremido na fotografia, ele que tanto gosta de viver da imagem.

Mas Calafate ultimamente, e desde que foi afastado da Sporting TV, tem manifestado a sua azia quase semanalmente, ora nas redes sociais, nas quais não falou de Sporting em cinco anos, quer em publicações online ou no seu espaço no jornal Record.

Calafate viveu durante cinco anos escondido debaixo de uma pedra em termos de Sporting.

Não vou adjectivar, deixo isso à consideração de cada um.

O que me faz confusão é a sua desonestidade intelectual. Nisso é profissional.

Peguemos apenas na sua última aparição:

Diz Calafate : "Adoro quando o Sporting é pioneiro...em lay-off entre os três grandes depois de ter realizado um empréstimo obrigacionista, antecipação de receitas televisivos, venda milionária de Bruno Fernandes...."

Vamos lá tirar o caroço a isto. Em Portugal existem, neste momento, quase um milhão de portugueses em lay-off.

O que o Rui omite é que este mecanismo faz com que o Sporting e demais empresas recorrentes, estejam impedidas de despedir funcionários dos seus quadros, e no caso do Sporting, colaboradores também a recibo verde.

O empréstimo obrigacionista concluído pela actual Direcção foi para liquidar um anterior que não foi liquidado pela anterior gestão, deixando o Clube em "default" perante os bancos e investidores. Sobre isso o Rui não disse nada na altura, e agora omite propositadamente.

Fez em Março um ano que o Sporting teve de pagar muitos milhões de euros a clubes e empresários para poder cumprir o fairplay financeiro da UEFA até final de Março de 2019, para poder participar nas competições europeias. O Rui sabe, mas omite descaradamente.

Diz agora que Bruno Fernandes foi uma venda milionária, quando em Janeiro criticou os valores envolvidos. Sabe o Rui, também, que o Manchester United ainda não liquidou a parcela devida ao Sporting, que já inclui um dos primeiros objectivos no contrato. Sabe mas omite, porque quer. Também deve saber, porque sabe tudo na sua cabeça, que o WBA não pagou os 10 milhões da transferência de Matheus Pereira. Que o Sporting também não recebeu a verba sobre a opção accionada sobre Misic. O Rui sabe, ou acha que sabe, mas omite. 

"...E ainda veio mais outra medalha de vergonha para a farda de Varandas, o não pagamento da primeira tranche da operação de Rúben Amorim."

Descaroçando, fui liminarmente contra os valores envolvidos na aquisição do actual treinador.

Mas vamos a factos : Se Jorge Jesus cumprisse os dois últimos anos de contrato custaria mais 16 milhões de euros, só em salários. Sobre isso o Calafate nunca opinou. Ah, estava debaixo da pedra. Adiante. 

O Rui não foi à tropa, não sabe o que significa vestir uma farda (a única farda são as leggings que usa para ir ao ginásio) nem o significado de estar em defesa do País. Os que foram militares sabem a honra que é. Tinha-lhe feito bem, a vida militar ensina muita coisa em termos de carácter e solidariedade, camaradagem. Tinha-se feito mais homenzinho.

Em conclusão, o Rui do alto da sua sabedoria julga que os seus escritos apenas são acompanhados por distraídos, que ninguém usa massa cinzenta, que escrever umas piadolas estéries faz com que alguma vez as portas de Alvalade se abram para ter ocupação. Não, Calafate. Nem toda a gente anda a dormir. Nem toda a gente come gelados com a testa.

Os tempos mudaram e nada será como dantes, nem nas nossas vidas nem nos Clubes.

Só os Calafates continuarão na mesma.

S.L.

 

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publicado às 23:48

Sporting 2020

por O 6º Violino, em 06.01.20

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No inicio de um novo ano, vários temas ligados ao nosso Clube e não só, têm sido analisados em vários fóruns, comunicação social, redes sociais, etc..

Deixo aqui a minha opinião pessoal, que não vincula mais nenhum dos escribas deste blog, e terei o cuidado de separar todos os temas que pretendo abordar.

Conselho Directivo e Administração da SAD:

Já todos nós percebemos que a herança desportiva e financeira deixou marcas profundas. Já todos sabemos que alguns dos problemas foram, mal ou bem, solucionados, como a reestruturação financeira, o empréstimo obrigacionista, entre outros.

O que eu gostava de ver neste ano que agora começa era soluções para não voltar a ouvir o "não há dinheiro" para isto e para aquilo. O sócio/adepto quando vota é para que quem é eleito arranje soluções, que tenha imaginação, golpe de asa, motive e sirva os sócios e o Clube. Não podemos continuar com o discurso fatalista, nem muito menos voltarmos aos disparates financeiros do passado recente, mas com menos, é mesmo possível fazer melhor.

Como estão os processos de "naming" do Estádio e Academia? Como estamos de "sponsors" das bancadas do nosso Estádio? A marca Sporting não atrai "sponsorização"? Se não, digam isso claramente. Que estamos a sofrer os danos causados por anos de desvario e loucura ou se não somos capazes de ombrear com os nossos rivais, também nessa vertente? 
Para não ser demasiado fastidioso, deixo só estes exemplos que podem (ou não) aumentar receitas. Importantes.

Futebol: 

Assumir os erros cometidos, projectar a próxima temporada, com novos intérpretes. Maturidade na liderança do futebol, um nome que imponha respeito e com conhecimento de mercado interno e externo para a direcção desportiva. Reorganizar a Academia, onde parece existir demasiada gente, ao mesmo tempo que nos queixamos de falta de dinheiro. Uma estrutura mais pequena e mais forte. Não se entende as responsabilidades de cada um, quais as fronteiras, quais os limites de terreno pisados por cada um. Infelizmente há pouco por onde apostar em termos de jogadores formados na Academia. Obviamente o mercado deve ser atacado com tempo e acima de tudo com critério. Que os erros sirvam para não serem repetidos.

Claques:

As claques podem fazer cair direcções, se os resultados desportivos não ajudarem, mas não ganham eleições.

As claques do Sporting já perseguiram Presidentes, como Dias da Cunha, por exemplo, já fizeram cair possíveis candidatos, como Dias Ferreira, já impossibilitaram a contratação de jogadores e treinadores, já foram braço armado de várias direcções. Existem claques que devem dinheiro ao Sporting. Há vários anos, pelo menos uma delas. Nenhum Clube deve ser refém de qualquer grupo de adeptos, embora não seja essa a realidade em muitos dos Clubes em Portugal. E não só. Os Clubes podem existir sem claques, as claques não existem sem Clubes.

Uma claque que prefere apostar num protesto durante 45 minutos contra uma direcção, em vez de apoiar a sua equipa num dos jogos mais importantes da temporada, não merece respeito, porque não coloca o Clube acima da guerrilha. Uma forma caricata de apoiar. Não, o Sporting não são as claques. Ninguém é dono do Sporting, ainda. Passam direcções, adeptos, o Sporting fica. Ninguém é insubstituível.

VAR:

Ao fim de pouco tempo já começaram os problemas, quer em Portugal, quer noutros países.

O futebol é uma modalidade secular que sempre sobreviveu e foi adaptando as suas regras no decorrer do tempo. O que está implementado desvirtua a modalidade. Ficámos agora a saber por Duarte Gomes que mesmo as linhas que verificam os fora-de-jogo são colocadas por "mão humana", logo susceptíveis de erro ou viciação, quando falamos de poucos centímetros. Ou se alteram as regras de utilização do VAR rapidamente, ou vamos transformar o futebol num desporto de sofá, apenas. Acabam-se os árbitros no campo e gerem-se os jogos a centenas de quilómetros dos estádios. Não matem o futebol.

SL

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publicado às 22:32

Santos e pecadores

por O 6º Violino, em 25.10.19

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Antes de me alongar sobre o tema, uma nota pessoal: As claques podem e devem fazer parte do universo do Sporting, mas não são fundamentais para a sobrevivência do Clube. Importantes, sim, sem a menor das dúvidas. E dentro das claques há que separar o trigo do joio. Nas claques há gente que troca a família pelo Clube, que veste a camisola em todo o lado e que tem elevados custos financeiros, todos pessoais. Há grupos de amigos que choram pelo jogo seguinte para estarem juntos, em comunhão, em festa, num ritual de amor comum. Estes são pequenos exemplos do lado bom das claques, para além do colorido, do apoio em cada bancada, faça chuva ou faça sol.

Mas o mundo das claques está longe de ser um conto de fadas, infelizmente, e no Sporting não é caso único.

O poder, o dinheiro, a promiscuidade com várias direcções e as vidas de luxo são o seu lado negro. 

O poder. Como em todo o lado e em tantas vertentes da sociedade, nem toda a gente sabe lidar com o poder. Na maior parte dos casos há pouca habilidade para lidar com o poder e fazer do poder um bem comum. Normalmente, nos piores casos o poder corrompe, marginaliza e cria facções dentro dos próprios grupos.

O dinheiro. O dinheiro é um problema de gestão desta sociedade. No caso das claques o dinheiro fácil proveniente da venda de bilhetes, permite vidas de luxo subjacente conhecidas e traduzidas em viaturas de topo de gama, vários imóveis e negócios. Repito, é prática corrente em todos os Clubes de dimensão igual ou superior ao nosso Sporting, fruto de protocolos assinados entre as mesmas e direcções que viam nos mesmos forma de garantir "apoio". No fundo, um "negócio bom para ambas as partes". É esta a promiscuidade entre claques e direcções. Um episódio relativamente recente, e para quem tem memória, faz cair por terra uma das alíneas do comunicado da Juventude Leonina, na reacção à dissolução do protocolo por parte da direcção. Decorria o ano de 2012 quando em Braga um protesto contra o então Presidente Godinho Lopes era noticia de última hora. Nesse mesmo dia a equipa do Sporting jogava no norte do país. Na área de serviço da Mealhada os autocarros da claque Directivo Ultra XXI são os primeiros a chegar. Em seguida chegam os autocarros da Juventude Leonina e automaticamente os elementos desta claque entram nos autocarros do Directivo, agredindo, ameaçando, culpando esta claque de ter preparado o protesto contra Godinho Lopes. A isto chama-se política e promiscuidade. Mas mais, era ver quem servia de guarda-costas de Godinho Lopes em vários eventos do Clube. A equação é simples de fazer. Paulo Pereira Cristóvão era vice de Godinho Lopes, e na altura tinha enorme influência na claque, bem como o então director das modalidades, Mário Patrício, um "vet" da claque em causa. Política pura e dura, não há coincidências.

Em resumo, o aparecimento do Directivo deve-se a rixas por causa do dinheiro de um CD...sempre o dinheiro.Isto em 2012.

Desmistificada esta parte, vamos à actualidade.

Inicio da temporada 2018/19, depois da entrada dos actuais Órgãos Sociais, e resultado da auditoria, ficamos a conhecer uma divida das claques ao Clube perto dos 800 mil euros, maioritariamente da Juventude Leonina, referente a milhares de bilhetes por pagar.

Verão de 2019. É assinado novo protocolo entre os GOA e a direcção. No mesmo existem cláusulas e pagamentos a cumprir, naturalmente. E todos assinaram. De boa fé.

Nesse protocolo ficou escrito que os bilhetes da temporada 2018/19 que não foram liquidados na devida altura, seriam pagos em 4 prestações, a cada dia 9 dos meses de Setembro,Outubro,Novembro e Dezembro. Atenção que estamos a falar de bilhetes da temporada passada, não desta.

No mesmo protocolo, já assinado depois do primeiro jogo em Alvalade, acordaram os signatários que o preço da box seria de 115 euros. As boxs desta temporada deviam de ser pagas em 8 prestações. Até ao momento o Directivo pagou um mês e a Juventude Leonina três. As restantes claques pagam regularmente.

Uma das cláusulas para manter em vigor o protocolo 2019/20 era não falharem as prestações da "bilhética" de 2018/19, só que falharam, na minha opinião por acharem que a fragilidade da direcção iria permitir que mais uma vez não cumprissem com as obrigações perante o CLUBE.

Curiosamente, e não há coincidências, os protestos contra a direcção (muitos deles legítimos) começam depois do não pagamento da prestação de Outubro (dia 9). 

Há política e dinheiro nos protestos das claques, não restam dúvidas.

Para rematar, porque o texto já vai longo, um ex-Presidente, por mais pateta que seja, não pode ser impedido de falar numa Assembleia Geral por elementos bem identificados como pertencentes a claques. Não pode acontecer, ponto. Ninguém pode ficar fora de uma Assembleia por medo de distúrbios.

Uma bancada não pode ser invadida por membros de claques, fazendo com que muita gente tenha fugido do seu lugar. Ninguém pode deixar de ir ao pavilhão por medo de distúrbios.

Ninguém pode estar sujeito a levar com pedras, correndo o risco de vida, felizmente as pedras caíram em cima de uma viatura, por acaso particular.

O Sporting não pode ser governado por fora nem pela bancada A,B ou C. Ninguém está acima do Sporting, nem sócios nem direcções. Todos passam, fica o Clube. Respeitem o Clube.

SL

 

 

 

 

 

 

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publicado às 14:49

Não fui eu!!! Ou a falta de noção...

por O 6º Violino, em 29.08.19

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O universo Sportinguista volta a viver dias agitados, apesar de a sua equipa principal de futebol ser uma das lideres do campeonato. Imagine-se se não fosse.

Os últimos dias de mercado são o rebuliço habitual, entradas e saídas de última hora, até que as instâncias europeias decidam de uma vez por todas que as datas de abertura e fecho de mercado sejam comuns a todos os países. Já tarda.

O Sporting sofre da conjuntura do maior ataque desportivo/financeiro de que foi alvo em Maio de 2018. Vejamos então: na temporada 2018/19 o Clube não fez nenhuma venda avultada como nas temporadas anteriores, o que permitiu o equilíbrio financeiro baseado em receitas extraordinárias. Sem a venda de activos, e com o consequente aumento de despesas (vide orçamentos para o futebol) nenhuma das temporadas desportivo/financeiras teria dado lucros, fruto de um desequilíbrio orçamental entre despesas e receitas correntes. 

Como seria diferente podermos negociar jogadores como Rui Patrício, William Carvalho e Gelson na temporada passada ou nesta que decorre. Vendendo ao preço justo e não sob pressão.

Como seria diferente não ter de resgatar Bas Dost, Bruno Fernandes e Battaglia. Sousa Cintra fez o que tinha a fazer, mas mentiu.

Mentiu quando disse que os jogadores regressariam com o mesmo contrato. Quando escondeu um prémio de assinatura ao empresário de Bruno Fernandes, quando colocou uma cláusula indemnizatória em que o Sporting teria de aceitar uma venda por 30 milhões sob pena de ter de pagar 5 ao jogador, em caso de não aceitar a venda por esses números. Acresce o facto de, se Bruno Fernandes não sair, o seu salário triplicará, mesmo que o jogador fique contrariado. E é aqui que bate o ponto. Bruno Fernandes e o seu empresário sempre se convenceram que durante o defeso, um Clube apresentasse uma proposta com os valores exigidos pelo Sporting. Debalde. Quer queiramos, quer não, o mercado dita leis, e quer se goste ou não de Jorge Mendes e dos seus negócios, é este empresário que dita leis nos negócios que se fazem e nos que não se fazem.

Mentiu Sousa Cintra, porque nunca disse aos sócios do Sporting que Bas Dost passava a ser o jogador mais bem pago em Portugal, com um custo a rondar os 6 milhões anuais mais 500 mil para o seu empresário por cada época de contrato. Incomportável. Acresce ao facto de que desde o ataque à Academia o jogador não mais teve o mesmo rendimento, tendo terminado a temporada como suplente, mesmo que vindo de uma "lesão", ainda por explicar. 

O Sporting tem hoje 6/7 jogadores com os quais não conta para colocar, com ordenados que nenhum outro Clube quer igualar. Obviamente os jogadores em questão estão no seu direito de querer cumprir os contratos.

O Sporting não tem outro jogador com valor considerável de mercado. Mas o Sporting tem compromissos a pagar após uma gestão tresloucada desde 2015/16.

Olhando para dentro, e em caso de saída do capitão, a Direcção tem de ter um substituto em altura, um plano B, rápido de executar, sob pena de hipotecar a época desportiva com a saída do nosso melhor jogador. Será um teste a esta Direcção e ao Departamento de scouting.

Nas últimas semanas surgiram nos órgãos de comunicação social alguns sócios, que se acham notáveis a manifestarem o seu desagrado sobre o actual estado do Clube.

Vamos a eles, um a um:

José Eugénio Dias Ferreira, o sócio com menos noção do ridículo. Defende a venda da maioria da SAD. Andou cinco longos anos calado, assistindo e apoiando uma gestão doentia, e arrasadora para o Clube. Não tem a noção de que teve nas últimas eleições pouco mais de 500 votantes? José Eugénio, qual papagaio na comunicação social, fugiu ao esclarecimento de dúvidas na Assembleia Geral, à qual enviou o seu filho, e faltou a um jantar do Grupo Stromp onde estiveram membros da Direcção à sua espera para o esclarecer.

Pedro Madeira Rodrigues, o homem dos 10% de 2017 e que se juntou a Ricciardi porque sabia que nem pessoas para formar uma lista conseguia. Falava de uma liderança jovem e agora fala que o Sporting precisava de um homem experiente. Se isto fosse uma qualquer tasca era esta a altura de utilizar vernáculo. Um deslumbrado.

José Eduardo, também conhecido pelos 18 milhões que facturou durante vários anos por serviços prestados ao Clube, incluindo a compra de um camião/cozinha. Cinco anos na sombra, tendo saído da toca apenas para colaborar na saída de um treinador. De resto, para ele sempre esteve tudo bem. Juntou-se a Ricciardi, também.

Zeferino Boal, porra, a este já nem vale a pena dispensar tempo, mas também se juntou a Ricciardi.

Bruno Mascarenhas, também com Ricciardi, um dos maiores responsáveis da tragédia circence de cinco anos em que foi dirigente. Esta malta não tem mesmo a noção...

Abílio Fernandes, ex-dirigente da direcção de Sousa Cintra. Não é preciso acrescentar nada sobre esse tempo. Abílio Fernandes e o seu filho são proprietários de vários restaurantes que serviram de salão de festas no tempo do destituído e festas de aniversário do mesmo, antes de ser eleito em 2013. O seu filho sempre acompanhou com os avençados da Young Network e era presença assídua na Sporting TV, tal como o filho de Dias Ferreira. Mais um que durante cinco anos andou caladinho.

Tirando Madeira Rodrigues, foram todos uns cobardes, foram e são também responsáveis por tudo o que se passou nestes tempos no Clube, com José Maria Ricciardi à cabeça, esse que agora colocou os seu peões no terreno.

A história encarregar-se-á de os castigar a todos, enquanto sócios do Clube.

O Sporting sairá mais forte disto tudo, faço votos.

SL

 

 

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publicado às 13:46

Da auditoria ao circo

por O 6º Violino, em 11.04.19

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Foram ontem conhecidos pormenores relativos à auditoria forense mandada fazer pela Comissão de Gestão, e que segundo o ex-responsável das finanças, Carlos Vieira, também já estaria pensada (não concretizada) pela anterior e destituída direcção.

Considero que os dados de uma auditoria serem dados a conhecer (independentemente de não saber a fonte) pela comunicação social não me agradam pessoalmente, da mesma forma que a anterior direcção fez em 2015 com o beneplácito do jornal Expresso, quiçá através do antigo colaborador Bruno Roseiro.

O destituido presidente fez da auditoria de gestão às anteriores direcções uma bandeira eleitoral. Da mesma resultaram expulsões de sócios sem passarem por Assembleia Geral, e zero condenações judiciais. Em frente.

Vejo muita indignação pela forma como veio a público a auditoria. A mesma que vi nos adeptos benfiquistas relativamente à divulgação de mails privados. Nada de novo em relação aos pesos e medidas, mas isso será do foro da consciência individual de cada um. Dos poucos que têm.

Defendem que a auditoria deveria ser apresentada em Assembleia Geral. São os que vão fazer espectáculo circense às mesmas, os que fazem twits ao segundo sobre o que se passa nas A.G.'s, os que nunca vão, ou os que nem sócios são? Ou são só parvos?

Sobre o conteúdo geral da auditoria, poucas novidades em relação ao que já aqui escrevemos há alguns anos. No fundo é apenas a confirmação do deslumbramento de alguém que nunca foi nada na vida e que se viu rodeado de dinheiro por todos os lados, qual ilha. Ando há anos a pedir a publicação de declarações de IRS do destituído de 2011,2012...quem não deve...

Entregue à Policia Judiciária, caberá a esta verificar da existência ou não de matéria criminal.

Como sócio do Clube aguardo, mas as conclusões que tiro são relativas à gestão. Indecorosa, irresponsável, "criminosa". 

Carlos Vieira, também responsável pela barbaridade da gestão carvalhista, fala numa gestão que deu lucros. Facto. Como facto é que a mesma sempre foi desequilibrada entre receitas e despesas e que foram sustentadas por vendas de activos (receitas extraordinárias), os quais não eram orçamentados. Uma receita já utilizada pelas gerências anteriores, nada de novo, para quem falava em "gestão de excelência". Dos activos vendidos então, apenas Slimani foi aquisição da anterior direcção. 

Caro Carlos Vieira, não digo que enriqueceu com o Clube, porque casou-se bem, mas escusa de com o seu ar arrogante meter tanta palha à frente dos Sportinguistas. Não seja sonso.

Mas a reacão de Carlos Vieira foi apenas uma das patéticas destes dois dias, senão vejamos:

A reacão da YoungNetwork foi ao estilo do destituído, brejeira e trauliteira, tentando esconder a sua também e maioritariamente responsabilidade na criação de perfis falsos nas redes sociais, que culminaram com ataques pessoais e exposição de dados pessoais de sócios. Por falar nisso, o João Capitão ainda é funcionário dessa empresa? João Duarte, qual Pilatos, tenta descredibilizar a auditoria por causa de um tal Paulo André ter feito parte de um Conselho Fiscal da SAD do tempo de Godinho Lopes...lapso, ou não, não é o mesmo que fazia parte das Listas do destituído como candidato a vice do também Conselho Fiscal (Clube), então com o nº de sócio 58938? E não foi o João alertado para isso, quando em 2013 trabalhou a campanha do destituído para receber pela mesma mais tarde?

Caro João Duarte, mais tino, menos desatino...

José Ribeiro, ex-jornalista do Record, ex-funcionário do Sporting, lamentavelmente ainda sem trabalho conhecido, continua a cavalgar nas ondas do Carvalho, fazendo a defesa acérrima do ex-patrão. 

Zé, dali não vais comer mais nada...

Carlos Padrão, nunca foi Sportinguista, nunca jogou pelo Sporting, nunca foi sócio, apenas amigo de Jorge Jesus (será que também lhe tocava algum tacho?), apenas se sabe que por Angola as coisas não lhe correram bem. Mas que grande azia que o homem tem. Tão bom como homem como foi como guarda-redes.

Carlitos, fala com o JJ para ires para um qualquer país árabe...

Os ex-novos ricos viram já duas vezes os sócios do Sporting rejeitarem a sua vida faustosa. Lamentavelmente terão de se fazer à vida e procurar uma nova fonte de rendimento. A fonte secou, rapazes! Procurem um novo Batuque (estes não se queixaram de nenhum calote, curiosamente).

P.S. : Podem novamente encher a caixa de correio com insultos. Não vos responderei a perguntar pela saúde das vossas mães.

Um dia destes publicamos os vossos miminhos.

SL

 

 

 

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publicado às 13:26

Ressacar de Sporting

por Lizardo, em 04.04.19

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Que saudades. Que saudades do Sporting. Daquele Sporting que unido dá espetáculo na bancada, que puxa pelos jogadores. Aquele Sporting que dá tudo para vencer os que consecutivamente nos têm vencido nos últimos anos. Aquele Sporting que vence, aquele Sporting que depois de vencer dá o palco aos atletas, treinadores, Sócios e Adeptos.

Estava a ressacar de Sporting. E que bom foi ontem estar em Alvalade. Uma curva sul cheia, unida, a puxar pelos nossos, bancadas centrais de pé a saltar e uma norte cada vez mais ativa e mais emotiva.

Que bom que foi ontem estar em Alvalade. Que bom que foi ver Bruno Fernandes, que bom que foi ver um Gudelj a limpar tudo, que bom que foi ver a explosão de raiva positiva aquando do magnifico e histórico golo de um dos melhores jogadores de que alguma vez já vestiram de verde e branco.

Ontem foi a prova que unidos venceremos. Este eterno cliché que tanto se usa e abusa em tantas disciplinas, da família à política, das empresas ao desporto, mas é a mais pura das verdades.

Ontem não se falou do passado, ontem tudo foi presente para melhorar o futuro. Ontem não se vislumbraram manifestações e nem um vídeo estupido foi feito dentro de um qualquer carro a ofender e difamar Sócios, Atletas e membros da Direção. Ontem fomos todos Sporting.

E quando somos todos Sporting o caminho torna-se mais fácil. A recompensa é sempre melhor. Mostramos a nossa real força, somos educados, somos melhores, somos mais fortes, somos um exemplo. E ser um exemplo foi sempre o que me orgulhou ser do Sporting.

Ser um exemplo é ser do Sporting exemplar. Ridicularize-se os que continuam a provocar ruído, inconsequente mas cansativo. Ridículos, ignorantes, sem passado no Clube e sem futuro.

Sem futuro porque ontem ficou claro que o Sporting está de volta. O Sporting, aquele, o exemplar.

Ontem matei a ressaca, que grande Sporting, que grandes Sócios e Adeptos, que grande entrega dos Jogadores, que grande leitura dos Treinadores e que grande reflexo do trabalho dos que trabalham e querem voltar a erguer este nosso amor.

Ontem matei a ressaca, mas hoje já estou a ressacar para mais um fim-de-semana de grandes emoções em Alvalade e no João Rocha. Que seja melhor, sempre melhor, porque os grandes são sempre os que crescem.

Ontem morreu o passado recente de vez. É tempo de exigir futuro.

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publicado às 10:58

Dia do Pai

por Lizardo, em 19.03.19

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Hoje celebra-se o dia do pai. E o nosso pai, o pai de todos os Sócios e Adeptos muito deve chorar de frustração. José Alvalade assiste do alto da sua grandeza celeste ao desnorte que o seu Clube, o Sporting que fundou, vive momentos de vergonha, de guerrilha interna, de fracasso presente e ausência de perspetivas de futuro.

José de Alvalade fundou um Clube que durante décadas foi um exemplo de ética e moral. Um Clube que formou Homens e Mulheres, que criou campeões, foi a génese de novas famílias, de estar na vida e de fazer vida com saúde e bem-estar.

Hoje vivemos o oposto. Tudo é dúbio. Tudo se corrói lentamente, sem valores, sem visões, com ataques baixos num Clube dividido internamente, desde as suas elites, as claques e os seus Sócios e Adeptos. O Futuro não é certamente brilhante.

Desde o 25 de abril de 1974 o Sporting foi campeão uma mão cheia de vezes. Muito pouco para uma Instituição com dimensão mundial. Durante a década de 80 e de 90, assistimos às vitórias de Porto e Benfica, eles são presença assídua nas principais competições europeias. E se antigamente a nossa ausência dessas competições criava um fosso de prestígio, hoje em dia cava um fosso muito mais complicado de recuperar, que é o fosso financeiro. Nos últimos anos ficou claro que quem não participa na Champions deixará de ter expressão entre os grandes Clubes da Europa. Durante a década de 90 ficar fora dessa competição era um mal menor. Pois era mais fácil recuperar. Hoje em dia, quando assistimos aos nossos dois rivais, que juntos já somam quase 200 milhões de euros pela sua participação na Liga dos Campeões, nós fazemos contas a uns míseros 7 milhões pela presença na Liga Europa. E assim foi nos últimos anos e assim se adivinha que será nos anos que se aproximam. E um Sporting sem os milhões da Champions não irá voltar aos tempos áureos que sempre queremos e ambicionamos voltar a viver.

Repito, um Clube não sobrevive a angariar tostões na Liga Europa enquanto os seus rivais amealham perto ou mais de 80 milhões cada pelas suas participações na Champions.

Esse tem que ser o nosso foco no presente. Como mudar este paradigma? Esse é o grande desafio.

O Sporting não precisa de Messias nem de grandes parceiros financeiros. O Sporting precisa contar a verdade aos seus Associados, precisa de gente que entenda de desporto e gestão desportiva, gente que entenda e compreenda o poder da comunicação, Marketing e Mechandising, que compreenda e antecipe a revolução digital que está em marcha no desporto, que compreenda que as instalações desportivas são a chave para formar melhor e majorar desempenhos.

O Sporting é hoje, novamente, um Clube datado à imagem do Clube que Sousa Cintra deixou quando abandonou a sua presidência nos anos noventa.

Hoje que é dia do Pai, pensem no assunto, pois é preciso uma voz que agregue a família leonina. Como estamos, caminhamos com toda a rapidez para uma trincheira de onde não sairemos nos anos mais próximos.

O Sporting somos nós, nós que o defendemos com classe, sapiência e educação, nós que pagamos quotas, nós que vamos aos Estádios e Pavilhões, nós que compramos merchandising e passamos o nosso amor de geração em geração.

Hoje é dia do pai. E que saudades que eu tenho do Sporting fundado por José de Alvalade.

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publicado às 11:26

O histerismo

por O 6º Violino, em 31.01.19

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Os últimos dias do futebol português têm sido caracterizados por várias demonstrações de histerismo, colectivos e individuais.

Comecemos pelas meias-finais da Taça da Liga:

Foram histéricos o Abel, o Salvador e o Vieira. Abel e Salvador porque demonstraram aquilo que realmente são, capachos do Benfica. Vieira,o histérico-mor, porque conseguiu atacar e afastar um árbitro que defendeu nos famosos mails. Todos os pormenores que resultaram no histerismo destas três personagens já são sobejamente conhecidas e fartamente discutidas.

Na final da dita competição surgiram mais dois histéricos. O histérico Diamantino, elemento da equipa técnica do Porto e Sérgio Conceição, histérico e mentiroso.

Conceição e a sua equipa não foram cuspidos. O Porto quando subiu à tribuna para receber as medalhas, foi aplaudido pela maioria dos Sportinguistas naquela bancada, já os seus adeptos estavam nos carros e autocarros para regressarem à invicta. Depois de receberem as medalhas, jogadores e restante staff portista ficaram  no relvado junto ao seu banco de suplentes. Uma boca aqui e outra ali, foram o suficiente para Conceição enviar a sua medalha para a bancada e ordenar a retirada dos seus jogadores. Nada mais do que isto. Pura azia por ter perdido uma competição que "ninguém queria" e que foi vencida pelo "patinho feio" dos finalistas. É lidar.

A este tipo de histerismo, o meu desprezo a partir de agora.

Vamos ao mais importante histerismo, o leonino. Importante porque o prejudicado é sempre o mesmo, o Sporting.

O adepto histérico é aquele que no sábado abriu uma garrafa de espumante e depois do jogo em Setúbal "bateu" em tudo, nos jogadores, no Presidente, no mau tempo, no árbitro (aqui compreendo a histeria), na falta de profissionalismo,etc....

O histérico ainda não viu as limitações do plantel, do seu desequilibro e da pouca qualidade futebolística de muitos dos jogadores.

O histérico é aquele adepto que não tem a noção daquilo que esta equipa não pode dar. Ainda não viu que a equipa está presa por arames.

O histérico é aquele que está a esfregar as mãos pelos maus resultados para poder atacar uma direcção eleita democraticamente nas eleições mais concorridas de sempre. Histérico e nada Sportinguista.

O histérico assobia um grupo de jogadores que tem mostrado compromisso e luta, mesmo não tendo a qualidade necessária.

Apesar de tudo, a equipa tem sido muito melhor que o histérico.

Mudando de agulha, uma nota para Frederico Varandas: não caia no erro histérico de fazer do nosso rival o alvo dos seus discursos. Isso não resultou com o deposto, não voltará a resultar. Isso é bom apenas para agradar a uma franja de putos "tuiteiros", que maioritariamente não vai aos estádios nem as Assembleias Gerais. Foque-se no Sporting e já terá com que se entreter. Não precisa de resvalar para o populismo, se não for pedir muito.

SL

 

 

 

 

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publicado às 16:14

Está tudo errado

por Lizardo, em 31.01.19

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O Futebol português não se reinventa. Vive uma estabilidade dolorosa, não evolui, não se reinventa, não se enquadra nem se oferece ao respeito, e por consequência não transmite os valores que o desporto deve transmitir a todos os estratos e gerações de quem o vive de forma apaixonada.

Tudo está errado. Esta jornada tivemos três clássicos do nosso futebol. Seis equipas com longas e eternas histórias, que muito já ofereceram ao futebol português. O que assistimos? A um Benfica x Boavista a uma terça-feira chuvoso e de noite fria, a um Vitória x Sporting e a um Porto x Belenenses numa quarta e fria noite. Os estádios às moscas, clima adverso, final do sempre comprido mês de janeiro e horários escolhidos completamente patéticos.

A juntar a tudo isto a promoção do jogo, da beleza que deveríamos debater, o lance, o drible, a finta e o golo, o passe e a tática, mal finalizam os jogos a Sporttv coloca-nos dentro de uma carrinha a avaliar as arbitragens e os lances polémicos. Para todos os outros portugueses, os que não podem ou não querem assumir a despesa do Pay Per View, sobra-lhes os ignorantes e até ignóbeis comentadores, que com as suas cartilhas vomitam e destilam ódios, cavam trincheiras e não promovem o desporto e o fenómeno futebol. Não precisamos ir muito longe para perceber que tudo isto é errado, basta olhar para o resto da europa.

A todos estes erros juntam-se os erros de comunicação, neste caso concreto, do Sporting. Muito me tinha agradado o silêncio assumido até à data. Finalmente no Sporting não temos um Presidente de uma Assembleia Geral, um Vice ou outro qualquer Dirigente com espaço mediático para se auto-promover e debitar asneiras e mais asneiras. Frederico Varandas, o Presidente, falou quando tinha que falar e quando falou, falou sempre bem, de forma educada e sempre na defesa dos reais interesses do Sporting Clube de Portugal. Errou, opinião pessoal, com este editorial de hoje, onde aponta vários e conhecidos comportamentos do rival Benfica. Mau timing, péssima leitura de oportunidade e acima de tudo, o que mais me frustra, a galopante cagança, ou ego, se preferirem, de ganhar peito para atacar depois de vencer uma competição menor em Braga contra o FC Porto. Varandas perdeu uma oportunidade de estar calado. O tempo tem-nos ensinado que atacar o Benfica é uma péssima estratégia. Bem sabemos que há toda uma franja de tontinhos que rejubila com este comportamento, mas na verdade dos factos, as causas não provocam nunca o efeito desejado.

Posto isto, com tantos erros, tão evidentes, temos que juntar a vergonha que é a arbitragem atualmente. Uma classe sem prestígio nem qualidade, completamente fraturada e numa guerrilha para a manutenção de avenças, prémios e ordenados, onde vale tudo e tudo vale porque a impunidade é a lei que impera no caos que é a arbitragem em Portugal.

Por fim, uma palavra para os Adeptos, também nós caímos constantemente no erro. Vamos do céu ao inferno em poucas horas, não compreendemos decisões que se tomam na gestão do plantel por parte dos Treinadores, não percebemos compras e vendas, não temos matéria para avaliar decisões algumas. E na ausência de substância, instala-se a emoção, e com a emoção chegam os aplausos e os assobios, os lenços brancos e os pedidos de eleições. Assim temos vivido nas últimas décadas.

Está tudo mal e pior que estar tudo mal é sabermos à priori que tudo assim vai continuar. O futebol português não pode continuar a viver desta forma. Sem estratégia, sem valores, sem gente com mérito e sem transparência e comunicação essencial para que todos possam opinar com razão de causa e menos emoção. Pois a emoção vive na bancada, no golo, nas vitórias, nas derrotas e nos episódios que engradecem as nossas instituições como a ajuda do nosso Presidente a um adepto.

O Futebol precisa de educação. E essa educação só se instala com gente educada. Assim, como está, com estes párias sociais, caciques e outros gestores de poderes, o futebol caminha para deixar de ser um fenómeno com a expressão que ainda tem. Pois as novas gerações, muitos, desprezam já este imundo mundo.

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publicado às 13:36


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