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Era objectivo para as modalidades neste ano a conquista de todas (e friso o todas) as competições nacionais e a tentativa forte de fazer o mesmo nas internacionais, no que foi uma forte aposta de cariz declaradamente eleitoralista e que para isso conta com o maior orçamento para honorários que alguma vez existiu no Clube.
Este objectivo, infelizmente, já não será cumprido em virtude da derrota na Supertaça de Futsal.
Foi, na minha opinião um mau jogo da melhor equipa. Um jogo em defendemos com pouca agressividade, atacamos sem assertividade e em regra decidimos mal. Repetimos demasiadas vezes o mesmo jogo, entrando quase sempre na teia do adversário e cometemos erros absurdos que fizeram o resultado. E foi também um jogo em que desculpas com a arbitragem pouco mais são que ridículas.
Foi um jogo em que vi o adversário fazer o tipo de jogo de sofrimento que vi fazer do lado de cá, e com sucesso, quando havia desvantagem clara nos recursos. E Fê-lo quase sempre com competencia. A competencia que também temos (intrinsecamente) mas que não conseguimos demonstrar.
Houve algum facilitismo de achar que mais tarde ou mais cedo conseguiríamos ter o jogo na mão, alguma sobranceria de achar que o símbolo cosido na camisola era suficiente para nos dar vantagem.
É preciso fazer muito mais. A suposta superioridade de ter 8 formados não localmente (que vai ser um constrangimento no campeonato) e 7 mundialistas tem que ser provada na quadra. E temos, todos, que perceber que os orçamentos que perdiam connosco, agora também não garantem vitórias.
No entanto, sendo muito mais que um jogo, até pelo clima criado à volta da rivalidade, é apenas um jogo. E a derrota pode mesmo acontecer, como aconteceu. O que é mais difícil de entender é o sentimento (essencialmente nos adeptos) que fazia a dúvida ser apenas por quantos se ganharia.
Tal como estranho é que após a derrota, já se questione a valia dos reforços. Entrar na equipa de futsal do Sporting não é tarefa fácil. É preciso apreender muitas coisas para se conseguir ganhar entrosamento. Todos deveriam ter feito mais. Aliás, a equipa tinha obrigação, ao ter a mesma estrutura da que foi campeã (de campo, saíram 2 jogadores entraram 4 o que dificilmente configura mudanças profundas) de conseguir que essa menor contextualização não se tornasse tão evidente. Nomeadamente em dois deles, os que jogaram porventura mais minutos, que treinam com o grupo há duas semanas.
Que tenha servido como "wake-upcall" para toda a gente, e que tenha efeitos positivos já esta semana na disputa da Fase Principal da UEFA Futsal Cup a jogar em Itália. Continuo a achar que somos melhores e seremos melhores no decorrer da época, mas a época não vai ser, longe disso, um passeio.