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Em 3 épocas da responsabilidade de Azevedo de Carvalho, 3 treinadores diferentes. Todos apresentados como escolhas pessoais e com projectos, no mínimo, a médio prazo.
Todos sairam ao fim da primeira época e do actual, acho que toda a gente já percebeu que anda a preparar (e forçar) rotas de saída.
Primeiro foi Leonardo Jardim, de quem foi prometido ficaria pelo menos duas épocas mas que em Março de 2014 já admitia uma saída de Alvalade e que, ainda que de maneira suave, várias vezes entrou em conflito com a narrativa oficial, nomeadamente no que dizia respeito às arbitragens e ainda mais em relação à definição de objectivos e tentativas de alteração durante a época. Perante as condições extremamente difíceis, foi pouco menos que brilhante, conseguindo um 2º lugar e consequente apuramento directo para a CL. Fez o seu empresário mover influencias e saiu para o Mónaco por €3M. Mónaco que dá aos €15M por "pérolas" dum rival mas que nós sempre afiramos ser dinheiro virtual.
Depois veio Marco Silva, apresentado como aposta pessoal por 4 épocas, num projecto adjectivado de "de estabilidade", mas que no virar do ano é vilmente atacado na sua honra e profissionalismo por mandatados e nunca defendido pelos mandatantes e alvo de um processo disciplinar com um dos fundamentos a ser a não utilização do fato oficial num jogo. Com jogadores escolhidos por outros, e com reforços de mercado de Inverno a derem as "pérolas" existentes na equipa B, com muitos erros próprios, ainda fez uma interessante fase de grupos da CL, é eliminado da EFL da maneira que seguramente todos lembramos e num ambiente extremamente adverso ainda conquista uma Taça de Portugal. Sai depois de resolvido o procedimento disciplinar para a Liga Grega onde bate records.
A seguir vem Jorge Jesus, apresentado como troféu de uma guerra criada para alimentar fogueiras de afirmação pessoal, no meio de uma onda de euforia, como treinador para as próximas 3 épocas. A Jesus é dado um ordenado ao nível do topo europeu, e carta branca para pôr e dispor do futebol do Clube. Vê uma série de alvos falharem por incapacidade da estrutura, outros que indica e aceita a não responderem desportivamente. Vê um dos seus trunfos para a época a ser alvo de um processo disciplinar e a fazer o caminho inverso ao seu e não se coíbe nunca de alimentar a comunicação uma possível saída criando situações e momentos (e a critica aos adeptos nada mais é que mais um elemento dessa prearação). Seja para o estrangeiro, seja até para Portugal. Conquista uma Supertaça, lidera o campeonato e derrota o seu antigo clube por outras duas vezes, cavalgando essa onda e ganhando esse crédito. Falha a pré-eliminatória de acesso à CL e permite-se gerir (melhor seria dizer inventar) as competições a seu bel-prazer, ignorando o prestigio do Clube e metendo os ovos todos no mesmo saco num perigoso all-in. Ganhe essa mão de poker ou perca, parece já evidente que sairá. Madrid é aqui ao lado e facilmente arranhará o portunhol.
E duas perguntas ficam no ar:
Quem é o denominador comum destas apostas e deserções?
Quem é o próximo a entrar nesta montanha russa? Há um nome que já se vai ouvindo em surdina!