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Exactamente de hoje a um mês, caso o Presidente da Mesa da Assembleia Geral valide o anunciado pelo Presidente do Conselho directivo, haverá uma Assembleia Geral.
Servirá, como anunciado para apresentar o novo Projecto para o Pavilhão João Rocha, as conclusões da Fase 3 da auditoria em curso, e, tão ou mais importante, a proposta de orçamento para o Clube (e friso, só para o Clube) para 2015/2016.
Esta proposta é de extrema importância pois mostrará o que as suas direcções (a do Clube e as das diferentes secções) perspectivam possa ser, desportivamente, o Clube e seus objectivos. Mesmo sabendo que o orçamento não passa de uma estimativa de gastos e receitas, por natureza falível.
Aqui, referindo-me exclusivamente ao cariz desportivo, o dado porventura mais relevante será a rubrica de honorários e será esta essencialmente que interessará analisar.
Em 2012/2013, último orçamento do anterior Conselho Directivo, este valor foi de €2.880.600. Em 2013/2014, primeiro orçamento do actual Conselho Directivo foi de €2.182.016 (-32.02%) e em 2014/2015 de €2.795.199 (+21.83%), quase de volta ao valor anterior, mas com a inclusão de mais uma modalidade, o hóquei (nota: neste orçamento, esta rubrica deixou de apresentar separadamente os valores por modalidades, pelo que os valores só poderão ser extrapolados por proporcionalidade directa com o anterior)
Tomando o futsal como exemplo, em 2012/2013 esta modalidade teve 873.500€ (30.31% do total de honorários orçamentados) de orçamento, 667.000€ (30.57%) em 13/14 e 797.000€ (28.57%) em 14/15 (admitindo que a nova modalidade possa ter absorvido 7% deste total). Ou seja, o futsal em três orçamentos anos terá perdido 76.000€.
E isto importa, diria mesmo é fundamental, no momento de traçar objectivos desportivos.
Por outro lado as recentes noticias de forte investimento e grandes remodelações, nomeadamente no hóquei, andebol e futsal, deixam-me pouco tranquilo, pelo menos pela maneira como surgem (e, no caso do futsal por exemplo, podem estar a causar desconforto no balneário, numa altura em que ainda há o que ganhar) e pelos alvos apresentados. Sempre considerei, porventura até mais neste momento de reestruturação do Futebol, que o investimento sustentado nas modalidades fazia sentido e permitiria a manutenção e expansão da grandeza do Clube por esta via. Mas, como atrás escrevi, sustentado. E assente numa politica transversal e um pensamento a prazo. Não na aposta em jogadores perto do fim de carreira, a pensar apenas no êxito imediato.
E a verificação conjunta dos valores orçamentados com a veracidade total ou parcial destes rumores, será também relevante na percepção do que será a politica desportiva do Clube. Lembro-me da medida 99 do programa deste Conselho directivo que preconizava a "Criação da Comissão de Coordenação das Modalidades" que não sei sequer se já existe. O que sei é que a prática visível mostra cada modalidade a trabalhar de forma mais ou menos desconexa e sem sinergias entre si (outra medida), com um Vice-Presidente sem grande autonomia e um vogal desviado de forma cada vez mais definitiva para a SAD do futebol. E a existência de uma política desportiva transversal a todas as modalidades é cada vez mais, condição fundamental para o sucesso sustentado e integrado do Clube.
PS: Como foi escrito há uns posts atrás, este mês de Junho é também o mês em que tradicionalmente se procedem, nos anos acabados em 0 e 5, à renumeração de sócios. Podendo, obviamente ser feito até Dezembro, causa-me estranheza nada se saber.
Ao lado, vai-se proceder à recontagem a 8 de Junho, sendo que quem à altura tiver um ano de quotas em atraso será eliminado dos cadernos. E quem quiser regularizar a sua situação, não terá direito a perdão de quotas...