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Existe um tempo em que um Sportinguista não sabe quando deve falar. Poder, pode sempre.
Se após um mau resultado, dizem alguns que os critico são "abutres". Se é na véspera, é porque querem desestabilizar. Para os rapazes do "encosto" não há um "timing". Os críticos que se calem.
Entre 2011 e Março de 2013, Azevedo de Carvalho não se fez rogado a criticar a cada mau resultado, antes ou depois de cada jogo. Aqui temos uma diferença, não sou candidato a coisa nenhuma, ganho o mesmo com o Lopes ou com o Carvalho.
Feita a introdução, passemos ao que interessa. Tenho por hábito não escrever a quente, evito mesmo fazer após os maus resultados, ora por falta de paciência, ora por me deslocar com frequência a qualquer estádio do país e chegar tarde a casa.
Tínhamos hoje um jogo quase decisivo, tal como decisivo será o de quarta-feira em Dortmund.
Falhanço total, esta noite, na Madeira. Surpresa só para os mais crentes. Desde o jogo de Madrid, e retirando 60 minutos de Guimarães, a equipa bloqueou. Estava à vista de todos, os mais lúcidos, obviamente.
Uma equipa sem chama, sem fio de jogo, sem atitude, sem nada.
Jorge Jesus tomou conta do futebol do Sporting. Foram-lhe oferecidas condições (em teoria) nunca dadas aos seus antecessores. Um conjunto de jogadores caros, experientes, com o objectivo de fazer desta época, "a época".
Obviamente, que para Azevedo de Carvalho é o tudo ou nada em vésperas de eleições. São, e ele sabe, os resultados da equipa principal do Clube que vão ditar o seu futuro no Clube e na sua vida pessoal. As duas coisas estão ligadas.
Os custos globais com pessoal desta temporada rondarão, seguramente, os 70 milhões de euros, valor incomportável para as finanças da SAD leonina. Podem ser mascarados? Podem, com a venda de passes de jogadores, como Gelson, Rúben Semedo ou William, estando este em notória desvalorização.
Não preciso de dizer que isto é tudo contra o programa eleitoral sufragado em 2013 pelos associados. Já toda a gente sabe. Alguns, cada vez menos, ainda tentam esconder.
Jesus é e sempre foi um bom treinador. Nunca justificou, nem hoje, nem no passado, o alto valor do seu salário, não porque não valorize activos (o contrário também pode ser verdade), mas porque o que aufere está muito para lá da realidade do futebol português. Mas a culpa é de quem lhe paga e de quem lhe deu tanto poder. Azevedo de Carvalho e Jorge Jesus estão reféns um do outro,e quem paga é o Clube.
Jesus continua a não dar confiança aos laterais. Jesus continua a jogar no escuro com os jogadores contratados, para arranjar um companheiro para Bas Dost.
Alguns jogadores já mostraram que dificilmente serão importantes esta época. Petrovic, Alan Ruiz, Markovic, Meli, entre outros.
A qualidade apregoada no inicio da época está longe de corresponder à realidade dos factos.
A comunicação do Clube continua só e apenas a ver vermelho. Já não há paciência para o "Saraiva de Carvalho" nem para os aparvalhados blogs e estapafúrdias páginas de facebook que só falam de Benfica e que tentam branquear a miséria interna.
Os sócios e adeptos estão obrigados a acordar, a levantar o rabo da cadeira e deixarem as sessões de hipnotismo a que têm estado sujeitos.
O Clube corre para um caminho perigoso, já aqui muitas vezes dito.
Sobre as modalidades ditas amadoras, vamos pagar bem caro o despesismo desta temporada, independentemente dos resultados. Ou há petróleo, dinheiro sujo, ou isto vai dar raia.
Tudo por causa das eleições. Tudo por causa de um emprego.
Que na quarta-feira fiquemos mais próximos de permanecer em prova na Liga dos Campeões. As finanças da SAD agradecem.
SL