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Todos os Janeiros é a mesma coisa. Catadupas de nomes, uns inventados, outros plantados, outros tentados, outros falhados, outros contratados...
Um mercado muito condicionado nas ofertas, apenas interessante para clubes ricos. Os outros tentam corrigir ou suprir falhas na medida das suas possibilidades e na consciência, espera-se, que este mercado raramente produz transformações radicais que sejam decisivos na conquista dos objectivos de cada equipa. O Sporting já teve uma brilhante e feliz excepção, mas a regra mostra que os reforços de Janeiro não são os "salvadores da pátria".
Ainda assim, este é mais um período em que os treinadores de FM, deliram, compram e vendem, refazem planteis inteiros, e, no caso do Sporting, valorizam sempre os perspectivados reforços demolindo-os logo a seguir caso não se confirmem...
Neste ciclo, o Sporting já contratou 3 jogadores. Um que não entendo (Schelotto), nem mesmo que me tentem enfiar olhos dentro os "custo zero" e os "riscos reduzidos", um sobre o qual tenho reticencias (Bruno César), mesmo com o que já jogou e decidiu e outro no qual tenho esperanças (Marvin) mas para as temporadas seguintes. Fala-se de mais um ou dois jogadores. Um central e um "Slimani", posições que são necessárias desde a formação do plantel e que estas sim poderão ter algum impacto no desenvolvimento desportivo da época.
Deste mercado, o mais importante, para mim, acaba por ser o assumir-se que não sai ninguém de fundamental. Acredito mesmo que venha a ser assim. Aliás, é uma aposta de pouco risco. A equipa está a jogar e a liderar, mesmo que não consiga ganhar a Liga, por certo não acontecerá uma hecatombe que os desvalorize de maneira assim tão acentuada. Por outro lado, a perspectiva de valorização e sobretudo de mais-valia desportiva é muito interessante e tentadora. No fundo, o risco é claramente ultrapassado pela perspectiva de ganhos. E ainda há um europeu à porta!
Mas, ao assumir que ninguém dos fundamentais sai agora, deixa implicitamente a ideia que no verão, será difícil resistir às propostas que seguramente surgirão. E a SAD precisa destas receitas. O que me preocupa, e não é preocupação decorrente deste período de transferências especifico, é não ver preparadas alternativas a esses fundamentais a serem trabalhadas no contexto do plantel para assumirem a curto prazo essa transição. O que me preocupa é não ver planificação a prazo que permita essas transições com a menor turbulência possível.
É não ver alternativa a Rui Patrício, pois seguramente não será Marcelo que até se diz que vai sair e duvida-se que venha a ser Jug que até agora não passa de 3ª opção (nem na B mantém a actividade que é fundamental para um guarda-redes). É não ver alternativa a qualquer um dos três do meio-campo, e perceber já hoje, que quando qualquer um não está presente o jogo se ressente e muito. É não ver a mais pequena alternativa a Slimani. É perspectivar a equipa sem dois ou três destes cinco ou seis fundamentais e perceber o que essa equipa poderá ser e o potencial que poderá ter. E olhar para trás e ver que os que se contrataram, estão longe, muito longe, quase todos, de poder assumir esse papel.
No fundo é perceber que se pode incorrer nos mesmos erros do passado e ter que refazer grande parte da estrutura da equipa, para uma época que, ganhando nesta a Liga ou não, poderá ser importantíssima na re-consolidação desportiva do futebol do Clube, essencialmente com reforços desenquadrados da realidade do Clube, dos sistemas de jogo, etc.
Ainda assim, considerando o Mercado, e parafraseando o nosso treinador, "Esta semana nunca mais acaba..."