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Medidas

por Trinco, em 13.01.16

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Do programa eleitoral do candidato vencedor das últimas eleições, constavam 120 medidas nos mais variados campos, a realizar durante os quatro anos de mandato. Após quase dois terços do mandato decorrido, tem sido afirmado uma taxa de execução perto dos 100% (com excepção às medidas “ecológicas” erroneamente descritas no dito programa como “Sustentabilidade”).


Destas 120, haverão muitas que nem medidas. Eram chavões. Outras que seriam, objectivamente, de gestão corrente e de gestão decorrente das imposições do plano de reestruturação (tivesse ele este nome ou outro).


Mas, ainda assim e não sendo exaustivo ou particularizando medida a medida há várias (e significativas) que levantam muitas dúvidas na sua implementação.


No vector Futebol, se a “reorganização dos quadros da Academia” era óbvia, duvida-se que a mesma tenha produzido os resultados positivos esperados, tendo até havido algum desaproveitamento dos quadros, contrariando outra medida que aparecia logo no seguimento. A “criação de modelo de prospeção nacional e internacional envolvendo as academias Sporting, Núcleos, Delegações e Filiais”, também me parece longe de ser uma realidade. A “atracção de novos parceiros e patrocinadores”, é uma miragem e a “implementação das políticas estratégicas do futebol” e centralização da governance do Futebol, no actual quadro é algo de questionável. A “obrigatoriedade de dois modelos de jogo”, ou a “formação como base da política desportiva” com aposta integrada na equipa B, também são ”medidas” raramente postas em prática, bem como o pressuposto dos “planteis de 20 jogadores” (sim, estava lá), ou de poderem ingressar nos quadros “jogadores estrangeiros não adaptados ao futebol português apenas se forem mais-valias claras”.


Na comunicação, marca e reputação a “comunicação a uma só voz”, apesar de haver uma que teima em se sobrepor, é um rotundo falhanço, sendo que a afirmação da “marca Sporting Clube de Portugal como um dos maiores ativos do Clube” ainda é algo, não negando haver trabalho realizado, longe de ser uma realidade pujante. Criou-se a “Sporting TV”, que como seria de esperar terá muito que crescer (e crescerá) para se tornar um activo fundamental do Clube e conseguiu-se a integração do “Marketing com o Comercial” essencialmente pela redução de quadros. A “voz aos sócios” foi dada, mas preferencialmente àqueles que elogiavam (mas isso sempre foi e será assim), mas continua a haver sócios mais iguais que outros. Registava-se a “criação de um Código de Ética” que se desconhece a sua implementação e o “apoio da Comunicação, Marca e Reputação a todas as modalidades” e Núcleos, sendo que hoje quase toda a comunicação destes continua dispersa e feita em moldes próprios (e pouco profissionais). Também se falava do “regresso aos grandes concertos e aos grandes eventos em Alvalade” e do “naming do Estádio José de Alvalade e do Multidesportivo”, mas isso…


Financeiramente, possivelmente aquele onde mais se pode aplaudir a taxa de execução, continuam a faltar a “implementação de procedimentos de contratação pública” e da “análise da possibilidade de criação de tetos salariais no Sporting Clube de Portugal e nos outros clubes concorrentes (através da Liga de Clubes)” nem se ouviu falar. Também se propunha o “estabelecimento de um plano de aumento do património do Clube” e consequente rentabilização que, a não ser que este se restrinja ao futuro pavilhão, nada se registou. Por fim, havia a “entrada de novos investidores na Sporting SAD, com o Sporting Clube de Portugal a ficar sempre com a maioria do capital”. Entrou a Holdimo e anda-se (e andará) às voltas com as VMOC’s para cumprir a 2ª parte.


A sustentabilidade era um capítulo de 7 medidas para encher, que podendo ter muito valor na sua consciência ecológica pouco ou nada aportavam ao Clube. Tanto que nem à gaveta terão chegado.


No capítulo de expansão e núcleos procedeu-se a um assinalável trabalho de “recuperação urgente de Sócios antigos e captação de novos Sócios”, mas continua-se parado na “implementação de plano de negócios simples e eficazes com os Núcleos” ou “reestabelecimento através dos Núcleos de canais eficazes de venda e de merchandising”. Das outras medidas, porventura a que mais relevo terá sido a “atribuição de prémios (ofertas de bilhetes, melhores condições, entre outros) aos Núcleos”. Pena que tenha sido, em regra, apenas para uns quantos Núcleos mais “amigos”.


Nas modalidades propunham-se que fossem “auto-sustentáveis”, algo que só quem não lhes conhece a realidade poderia acreditar na sua aplicação transversal, a “criação da Comissão de Coordenação das Modalidades” que se desconhece a existência e que tanta falta faz e a “análise e avaliação da viabilidade de novos projetos desportivos” que teve como resultado a integração oficial de parte das secções autónomas de Basquete e de Hóquei. Da “restauração das Sportinguíadas” nada se sabe e a “motivação dos diferentes núcleos e delegações do clube para o apoio às diferentes modalidades” traduziu-se essencialmente no fornecimento de refeições às equipas, pois a presença nos jogos já era prática anterior.


Para o património, a “criação de condições para a construção de um Pavilhão Multidesportivo” foi conseguida, mas a “revitalização e expansão da Academia de Alcochete” não. Propunha-se a “inventariação de todo o património do grupo Sporting”, algo que se desconhece a sua execução, bem como a “implementação de medidas que permitam o reforço e incrementação do património”. Também se apresentava a intenção, que se desconhece a sua efectivação, de proceder ao “levantamento de situações em aberto no Estádio José de Alvalade, susceptíveis de intervenção futura” e a “constituição de uma “Comissão de Curadores de Património””.


Elencando (palavra tão querida do Presidente) embora de forma sucinta estas medidas, fica o suficiente entendimento que aquele programa está longe de estar cumprido. Só nesta breve revisão estão 30 (nem contando com a sustentabilidade nem com outras de encher) de concretização duvidosa.

 

E isto não retirando valor ao trabalho feito, ou alguns resultados decorrentes não exclusivamente destas medidas, note-se! Possivelmente até foram correctamente aplicadas outras tantas medidas que não constavam do programa e que foram necessárias ao longo do mandato. E até, faltando um ano, ainda muitas poderão ser aplicadas.

 

Mas neste momento, do programa, contrariamente ao que vem sendo (des)informado (a comunicação a funcionar como ainda ontem o Lizardo escrevia) ainda há muito para pôr em prática e ser realidade

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publicado às 10:12


7 comentários

De Anónimo a 13.01.2016 às 14:02

Pois há, pois há, principalmente devido à merda que tantos anos por lá andou e ao estado miserável em que deixaram cair o clube...
Não é assim meu filho da puta????????????????????

De Trinco a 13.01.2016 às 21:16

Ponderei a aprovação deste comentário. Acabei por aprovar por demonstrar a classe e o nível do autor, vinculando tudo o resto que tenha escrito a isso mesmo, e por, se tão rasteiro, nem me atingir.
Por outro lado, exemplifica a boçalidade e a incapacidade cognitiva de ler, interpretar e tirar conclusões de um qualquer texto que não seja um muito directo elogio ao seu mestre ou que não tenha uma aprovação prévia da censura das redes sociais,
Mais resposta que esta considero inútil, pois o texto fala de uma coisa e o caro comentadeiro responde com algo que nada tem a ver, repetindo bordões com 3 anos demonstrando mais uma vez o que o nível de exigencia e comparação é apenas e tão somente com o pior que a história centenária deste Clube produziu.

De comentador desportivo a 14.01.2016 às 11:46

Desde 2011 que é assim.
Sabemos bem com que ANIMAIS estamos a lidar. O nome que ele utilizou, deve ser o que está habituado a ouvir em casa.
O contador de stórias,esse que manda os socios para as assembleias, mas ao contrario faltava ás assembleias da liga com medo, pois não podia levar a seita atrás, como levou agora na reunião da sad, para ameaçar os outros intervenientes. Foi assim que eles tomaram o clube de assalto, através de ameaças físicas, morais e psíquicas,é que chegaram ao poder.
Ofendiam e ameaçavam os sócios mais antigos, ofendiam e ameaçavam anteriores corpos ditectivos, instrumentalizados pela seita do contador de estórias, para estes animais valia e vale tudo, para tomarem o clube de assalto.
Esta gente que de sportinguista nada têm, vêm agora hipocritamente,queixarem-se dos sportinguistas que confrontam o contador de estórias, com o que ele falsamente fazia alarde antes das eleições, e com o fez depois das eleições. Segundo essa turba, quem denúncia as falsidades inventadas pelo contador de estórias, não é sportinguista, e devia remeter-se ao silêncio, e devendo só fazer uso da palavra, para omitir as mentiras inventadas pelo contador de estórias, e para o colocar num pedestal, que é o que fazem os assalariados, PAGOS COM O DINHEIRO DO CLUBE.
Ignorantes como são, e falsos, não percebem eles a sorte que têm tido, pois ainda não houve nenhum ajuntamento de sportinguistas para fazer uma espera ao charlatão, nem se lê nenhum sportinguista a chamar os nomes que eles chamaram e chamam.
Por isso vejam se não fazem muitas ondas, e passam despercebidos não vá a vossa sorte mudar.

De Profeta a 14.01.2016 às 12:25

São os efeitos neurológicos do Carvalhismo.

Eles logo aprendem...

De comentador desportivo a 13.01.2016 às 20:56

Queria dar os parabéns aos autores do blog, pela grande qualidade com que está o blog.
Os posts estão muito bons.

De Trinco a 13.01.2016 às 21:17

Da minha parte, acreditando que seja reacção partilhada pelos meus colegas de escrita, muito obrigado!

De comentador desportivo a 14.01.2016 às 12:56

Em relação ás "medidas" para o futebol, não passam de cortinas de fumo, uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma, elaboradas por quem nada percebe de futebol, e foram direccionadas, a quem também pouco perceberia.
Na parte da comunicação, foi trazer para o clube os métodos sofistas utilizados na política, onde a verdade, a moral e a etica não contam, aliás são um empecilho.
A parte financeira, nada mais foi do que inventar estórias.
É óbvio que qualquer clube da dimensão do sporting, que passa vários anos sem ganhar o campeonato,ainda que devido ao complô da arbitragem que havia para beneficiar porto e benfica, e sobretudo sem champions, vai ter muitas dificuldades a nível financeiro.
A holdimo já cá estava, e foi hostilizada de todas as formas possíveis, pelo contador de estórias, e a restante seita.

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