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Depois da comoção gerada pela lista dos 101 jogadores que entraram no clube desde 2013 que até eram 103, por omissão de dois jogadores (e que entretanto já vai em 108), ou preferindo 89 (contando apenas A's, B´s e S19's), decompostos em 38 da equipa A, 21 da equipa B, 28 S19's e 16 na restante formação e perante algumas reivindicações do que aconteceria antes, resolvi meter as mãos ao trabalho e verificar por comparação o que aconteceu no clube em termos de entradas de jogadores seniores (equipas A e B) desde a época de 94/95.
Ao todo, desde 94/95, entraram 257 jogadores seniores, sendo esta administração responsável por 61 destas entradas. Ou seja, perto de 25% das entradas das últimas 23 épocas aconteceram em 3 anos e meio deste mandato.
Destas 61 entradas, 8 estão emprestados, 22 já não estão no clube e 2 têm a sua situação indefinida. Sobram 29 nos quadros do Clube. Metade. Metade é o aproveitamento...
Também nas saídas, se verifica que terão saído 301 jogadores (aqui já se incluem os formados pelo Clube) sendo esta administração responsável por 79 dessas saídas. Ou seja, também perto dos 25% das saídas das últimas 23 épocas aconteceram em 3 anos e meio deste mandato.
Esta administração tem como registo, 18 (11+7) entradas em 13/14, 14 (10+4) em 14/15, 16 (14+3) em 15/16 e 13 (4+8) em 16/17, que como é óbvio ainda não acabou, longe disso! Ainda o 1º período de transferências entra agora na sua fase mais quente e o 2º vem a meses de distancia.
Apenas Godinho Lopes pulveriza este triste recorde com as mesmas 18 entradas na sua 1ª época (11/12) mas para uma só equipa. Na época seguinte contou com 16 (6+10) entradas, com a atenuante relevante de ter sido este o ano da recuperação de actividade das equipas B.
Para trás, uma diferença assinalável de volume de entradas, com médias de 8.75 jogadores a entrarem por época (com algumas épocas a aproximarem-se dos valores actuais).
Ou seja, a este nível, pouco mudou. Não se passou a comprar cirurgicamente, não se passou a comprar bem, não se passou a ser eficaz, não se passou aproveitar os recursos. E se tendência há, esta é para manter ou fazer crescer estas médias (15/16 ficou a 4 entradas apenas na A de igualar o desvario de Godinho Lopes).
Ou seja também, a mudança de paradigma de gestão e da sua excelência, está longe de ter prova nos números. Muito entulho adquirido, tal como antes. Muitos recursos desperdiçados, tal como antes. E não é por serem "baratinhos" que passam a aceitáveis!
Antecipando as dores justificatórias e as acções de camuflagem, já antevejo as referencias aos Pongolles e aos seus custos (de notar que acima não refiro por uma vez que seja custos ou mais-valias), aos 7ºs lugares, às distancias de dezenas de pontos. A isso repito que estes argumento invariavelmente utilizadas como termo de comparação e justificação, são um tão baixo "benchmark" que só menoriza a acção desta administração que tão ufana e religiosamente desejam defender.
Ainda assim poderia falar de outro legado que, ainda que inquinado e retalhado por alienações ruinosas de percentagem de passes (e também um outro legado de jogadores caros sem colocação, dos quais labyad será caso paradigmático), permitiram este corropio de entradas. Poderia falar de Rojo, de Ilori, de Bruma, de Dier ou de Cédric (esperando a bem desta época não estar em breve a falar de Patricio, Adrien, João Mário ou William).
Ou seja, no estado de emergência que se vivia em 2013, no meio da dramatização e de todas as guerras, foi possível realizar este volume de entradas por atacado, na sua maioria de baixo valor, baixa produção e baixo retorno, numa gestão de "raspadinha" (Slimani poderá ser a salvação dizem) em antagonismo claro ao programa sufragado. Ao programa do plantel de 20 jogadores, da aposta na formação (só se for aposta na venda desta), do aproveitamento dos quadros, dos jogadores estrangeiros adaptados e apenas se fossem mais-valias, ou até da comunicação dos "actos cirúrgicos".
Quantos dos contratados desde 2013, têm hipotese de realizar reais mais-valias?...