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Ontem vencemos em Arouca. Para uns foi a estrelinha de campeão, para outros o colinho e ainda para outros a insistência e a atitude que este tipo de jogos obrigam a ter para conseguir vencer.
E fiquei bastante feliz com a vitória. Extremamente importante para acalmar o plantel, agora que temos uma paragem, e acima de tudo, para recuperar baterias e recuperar animicamente alguns dos jogadores que vergonhosamente saíram derrotados do jogo na Albânia.
Voltando ao jogo dentro das quatro linhas, foi fraco, mas já se sabia que não seria um jogo bem disputado, muito por culpa da filosofia de jogo do Arouca. Que sinceramente não critico, pois sabem defender, sem somente destruir e sabem sair a jogar, pois criaram alguns dissabores à defesa do Sporting.
Dentro de campo o rendimento de alguns jogadores muito deixou a desejar, e de alguma forma incompreensível pois foram todos poupados para este jogo, à exceção de Adrien Silva.
Jefferson saiu ao intervalo, supostamente lesionado, João Pereira voltou às exibições negativas, o meio campo teve dificuldades em criar jogo, Teo foi de uma nulidade assustadora, Brian Ruiz a espaços animava as bancadas e Slimani fez um jogo de desgaste da defesa. Na minha opinião, os melhores, Esgaio e o João Mário.
Pouco interessa agora quem jogou bem ou mal, vencemos e na minha opinião vencemos bem, pois fomos a única equipa que em 90 minutos procurou vencer o jogo de forma constante. Somos claramente superiores a esta equipa do Arouca.
Ao árbitro um cartão amarelo pela forma como geriu a partida. Continua a acontecer no futebol nacional, e de forma recorrente, a amostragem de cartões amarelos completamente desenquadrados. Uma falta junto à linha lateral antes ou perto do meio campo, só é passível de sanção disciplinar no campeonato nacional.
A Lito Vidigal os parabéns pois prova ser um bom treinador, mas duvido que algum dia chegue a ser um grande treinador. Esta filosofia de jogo só se enquadra em Clubes que jogam pela manutenção.
Sobre os casos, bem aqui reside o título deste texto, Homens de palavra.
Ontem fomos claramente beneficiados. A grande penalidade cometida por Naldo é maior que o milagre de Fátima. Podem os católicos dizer que o milagre não tem medida, e para Cosme Machado e para o fiscal de linha também não teve. Mas é um lance, daqueles que um espetador, dos poucos mais de 2.500 viram logo sem necessidade a repetição na TV.
Os Homens de Palavra são aqueles que se queixam quando são prejudicados, e os primeiros a falar quando são beneficiados.
É muito fácil aludir com a verdade desportiva sempre que é conveniente. Mas quando nos bate à porta os favorecimentos, esquecemos rapidamente. E a história do futebol português é prodiga neste tipos de acontecimentos.
Os três grandes são, há décadas, favorecidos de forma sistemática. Se há entre os três um mais prejudicado, também não tenho dúvidas, e é aqui que deveria residir a inteligência dos Homens de Palavra, que agora, curiosamente andam mudos que nem estátuas, calados que nem ratos, escondidos que nem sombras.
Ontem quer o Presidente quer o Treinador deveriam ter focado o lance de Naldo na nossa área, e transformar esse lance em nosso favor. Pois são estes tipos de lances que nos últimos anos nos têm empurrado para longe dos títulos. Ontem o Presidente deveria ter voltado a apontar a falta de qualidade da equipa de arbitragem, e este lance deveria ser a bandeira.
Os grandes Homens, ontem, deveriam saír de Arouca com duas vitórias, a do campo e a do caráter.
Ficámos, uma vez mais, com a vitória do campo. Com muita pena de muitos Sportinguistas que rapidamente se apressaram a sair à rua ou para as redes sociais a afirmar de viva voz que sim, fomos beneficiados num lance ridículo onde não se conseguem encontrar explicações para que não tenha sido validado.
Como Sportinguista gosto e vivo para comemorar vitórias. Mas cresci com o meu pai e outros grandes Sportinguistas a dizer que eramos diferentes, e era e foi essa diferença que hoje me faz ser um grande Sportinguista e andar tão agastado com certas e determinadas atitudes.
A falta de palavra não revela só a falta de educação, revela que não há sapiência, e acima de tudo, revela algo muito pior, a mentira que nos é vendida pela frente e que em nada se evidencia na realidade do dia-a-dia.
Agora é tempo de pausa. Espero que assim continue o silêncio. Para o bem de todos, em especial da sanidade mental de todos nós Sócios do Sporting.
Os Homens de Palavra são um bem escasso, tão escasso como a qualidade do nosso futebol.