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Escrita em dia

por Trinco, em 28.12.15

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Passado o Natal, com um pouco mais de disponibilidade, dou por mim a pensar que houve uns quantos assuntos que me ficaram para trás. Uns com mais tempo, outros com menos, mas ficaram para trás. Como não gosto de deixar pendentes, vou tentar pôr a "escrita em dia", sendo o mais sucinto possível e tentando desprezar os casos "sociais".

 

Foi anunciada a 17 a proposta de extensão de prazo da conversão de VMOCS que venciam a meados de Janeiro de 2016 por mais 10 anos a 4% dependentes dos resultados distribuíveis pela Sporting SAD. Retirando da equação, para já, esta colossal condicionante (que certamente deixará de pé atrás grande parte dos subscritores não institucionais), fica o recurso, outra vez, a tácticas antigas e criticadas de empurrar com a barriga os problemas. O que mudou então verdadeiramente?... 

 

Soube-se dia 21 que o TAS decidiu em favor da Doyen o diferendo referente ao caso Rojo. Nada que qualquer pessoa minimamente esclarecida não equacionasse. Ou no limite colocasse como hipótese, ao contrário das hordas de alienados que sempre tomaram o caso como vitória certa e que, mesmo depois da decisão, conseguiram, "transforma-lo" em vitória. Mesmo não se entendendo como, nem porquê. O que fica, é que o Sporting, por muita razão que lhe assista (e assistirá) na luta contra os TPO, não pode como instituição de direito e de bem, rasgar contratos. A dissolução destes obedece a regras que devem der dirimidas nos sítios certos e não nas páginas de facebook e nas entrevistas combinadas. O que fica também é que o Sporting neste momento tem que pagar mais do que pagaria na altura. O que fica também é mais uma derrota para o departamento jurídico (poderá ser por excesso de trabalho). O que fica é que mesmo assim, contrariamente ao que é a leitura da maior parte dos juristas conhecedores dos procedimentos do TAS, decide recorrer, não se sabendo como. Empurra-se...

 

Foi comunicada também no passado 21, a contratação de José Trindade, para coordenador geral do hóquei. Trindade foi equivalente responsável na estrutura de um rival directo, não sendo crível, até pela nomenclatura do cargo, que tenha aceite ficar subordinado a qualquer uma das peças da estrutura do hóquei. Nem ao director desportivo João Alves, nem ao director da secção e responsável pela formação Gilberto Borges. O que deixa uma interessante (e preocupante) dúvida, nomeadamente em relação ao segundo. Como vão coexistir nesta estrutura remodelada? Ou será que, finalmente, mais uma pedra é removida, do contexto? Empurrada.

 

Foi anunciado no passado 23, pela 2ª vez, o regresso do ciclismo ao Clube. Como já tinha dito noutro post, não sou adepto da modalidade, mas reconheço a sua importância na história do Clube e respeito a alegria de quem faz desta uma das suas modalidades de eleição ao ver o nome do Clube de volta à sua esfera. Mas do ponto de vista desportivo, este regresso diz-me nada! Ou melhor angustia-me por perceber que de projecto desportivo, para o Clube, este regresso tem zero. Seremos um patrocinador, como é ou foi o Bom Petisco, ou a LA Alumínios, com direito a nome e a presença nos equipamentos mas sem Sporting a sério. O Sporting como Clube de desporto. Somos hóspedes! Empurra-se, no caso, areia para muitos olhos.

 

Soube-se também nos últimos dias, que mais um rival terá conseguido um avantajado contrato de direitos de transmissão dos seus jogos (e mais umas quantas coisas paralelas). Soube-se na sequencia, com reservas por não se tratar de fonte oficial (outras fontes apontam para a apresentação de qualquer coisa brevemente), que uma das partes do acordo de um rival terá oferecido €28M, contra os €35M e depois €32M exigidos pelo Clube. Um valor substancialmente menor que o dos outros mas que infelizmente reflecte a realidade. A verdadeira, não aquela que se quer enfiar olhos a dentro, com foguetório de gostos no facebook ou renumerações pouco "reais". E reflecte o valor perdido nos últimos anos (ainda que o último contrato, assinado ainda no tempo de Bettencourt tenha tido valores idênticos ao rival do norte) mas também o valor actual, nomeadamente aquele que avalia o Clube e quem o gere enquanto entidade responsável, cumpridora e estável nas suas decisões. Por outro lado, verifica-se que aparentemente se empurra, mais uma vez e desta vez para o lado, o pressuposto da negociação centralizada como factor valorizador na negociação e beneficiante do negócio. E não vale aceitar que apenas vamos fazer o que os outros já fizeram. Princípios são isso mesmo. Aliás, acredito que a médio prazo o Sporting teria mais a lucrar, económica e desportivamente em encabeçar, mesmo nestas circunstancias, o conglomerado de clubes numa negociação deste tipo.

 

Por fim, ontem, que se saiba sem qualquer pistola apontada à cabeça, o treinador da equipa principal de futebol, afirma que, mesmo estando apaixonado pelo projecto Sporting, que ainda sonha chegar a um grande. E aqui é razoavelmente indiferente se se trata de uma citação com continuação para "grande europeu" ou até se fica por aqui. É que ter um funcionário com contrato por mais 2 anos e meio, a pensar nestes termos é algo que nunca aceitei, nem aceitarei. Aliás,nem aceitaria a maior parte não fosse ele quem é e não fosse ele protegido como é. Havia de ser qualquer um dos treinadores dos últimos 20 anos a dizer isto e não faltaria. Faz lembrar os miúdos sul-americanos nos anos 80 e 90, antes das assessorias de imprensa que mal chegavam à Europa via campeonatos menores declaravam que o sonho era ir para o Real...Este, tem a agravante de já ter idade para não se dar a estes disparates (ao qual até acrescentou que não fecha portas ao rival do norte), mesmo que os conceba na sua cabeça. A não ser que já se esteja a empurrar...para fora

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publicado às 11:11



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Sobre o Sporting, com verdade, exigência e espírito critico. Sem reverencias nem paciência para seitas!






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