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E eis que ainda nem sequer tinha ressacado da derrota de ontem, o acto eleitoral de Março/2017 passou a tema quente no Sporting.
Paulo Paiva dos Santos anunciou na sua conta de facebook que era candidato ao acto eleitoral, mas poucos minutos depois suspendeu a sua conta na referida rede social.
Hoje de manhã os meios de comunicação social anunciam a sua desistência. Algo de muito estranho. Tanto o anúncio imediatamente após uma derrota da equipa principal de futebol, bem como a sua desistência.
Tenho para mim que uma candidatura não se move por impulsos.
Não duvido do Sportinguismo de Paulo Paiva dos Santos, espelhado nas décadas que leva de associado. Tenho seguro também, de que não precisa do Clube para se promover. Tem uma vida empresarial estável e que lhe corre bem. Soará, esta sua rápida aparição à maioria dos Sportinguistas, um sinal de instabilidade emocional.
Muita gente fala em "timing" mal escolhido, também. Até pode ser. No entanto recordo a festa rija, após um empate com a União de Leiria, na sede de candidatura de Azevedo de Carvalho, primeiro com o resultado e depois com a apresentação de Van Basten. Sim, o actual presidente festejava as derrotas do Sporting.
Para isso já estamos bem servidos com o Azevedo de Carvalho. Mais uma vez fugiu após uma derrota, sem direito a volta olímpica, sem agradecimento à "sua curva", arrastando toda a equipa neste gesto que, não só caiu mal, como prova a sua cobardia em enfrentar as adversidades. Estará na categoria dos "híbridos" ou dos "ratos"?
Voltando às eleições, defendo que este presidente não pode ir só às urnas. Como tenho afirmado, também não é qualquer pessoa que estará disponível para o jogo sujo que Azevedo de Carvalho tanto gosta, e do qual precisa para respirar.
Quem se apresentar deve estar preparado para noites sem dormir, para instabilidade familiar e profissional. O actual presidente não tem mais nada para além deste emprego.
Quem se apresentar deve, acima de tudo, não depender do salário de Presidente, não deve estar dentro do paradigma de dirigente das últimas décadas, não pode deixar que o "caruncho" se aproxime.
Deve ter elevação, valores, que nos distinguem dos demais emblemas, juventude e classe. Sportinguismo todos temos, uns mais do que outros.
Sim, o Azevedo está a transformar o nosso querido Clube em algo muito parecido com a agremiação do outro lado da segunda circular, e isso enerva a maioria dos Sportinguistas.
O Sporting precisa de voltar a respirar um ar saudável, não o vivido nestes 3/4 anos, nem o vivido na maioria dos Presidentes do chamado "projecto Roquette".
O Sporting é um Clube transversal a todas as classes sociais, mas é um Clube com valores. Foi isso que os nossos pais nos passaram, foi isso que os nossos fundadores defendiam. O que se passa hoje é algo inimaginável, nunca passou pela cabeça da maioria que fosse possível descermos tão baixo.
Se há coisas positivas? Óbvio! Ninguém faz tudo bem, ninguém faz tudo mal. Sempre assim foi, até com o inenarrável Godinho Lopes.
Venham de lá esses candidatos, s.f.f..
SL