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São as vitórias que unem os Sportinguistas. O que se passou no passado domingo no Estádio da Luz foi uma prova categórica, mais uma, e não é de agora, que o Sporting é um Clube tão grande como os maiores da Europa.
Relembro a vitória no Dragão na época passada para a Taça de Portugal que vencemos em mais um jogo épico contra o Braga, o grande jogo na época de Domingos contra a Lazio, a caminhada de Sá Pinto na Liga Europa, em especial os dois jogos contra Manchester City.
Impossível esquecer os grandes jogos de Peseiro, os jogos de loucos contra Newcastle e um AZ na Holanda, equipa poderosa e que viu muitos jogadores saírem para grandes europeus.
Não podemos esquecer também o jogo de loucos em Alvalade contra o Benfica, onde Paulo Bento recuperou de um resultado negativo e calou Rui Costa enviando cinco golos contra três dos de Carnide.
Nos últimos anos muitos foram os grandes momentos. Mas tem faltado a consistência que nos permita estar no topo e chegar ao final das competições e vencer.
Com Paulo Bento vencemos Taças de Portugal e Supertaças, tal como agora com Marco Silva e Jorge Jesus.
Mas queremos mais. E o mais são os grandes títulos. O campeonato e porque não, ambicionar vencer uma competição europeia como a Liga Europa.
A mudança de mentalidade e de organização com Jorge Jesus é notória. O Sporting num curto espaço de tempo tem um futebol mais cerebral e mais elaborado. Não é uma equipa perfeita mas dá indicadores que o futuro pode ser brilhante e a curto prazo.
Mas para brilhar no futuro é necessário paz e alguma serenidade em torno do Clube. Bem sabemos que nos andamos a divertir bastante com o Benfica. Tudo o que se passa atualmente é exatamente isso, uma brincadeira, e eu adoro brincar com o Benfica, “isso me envaidece”. Mas é necessário saber e bem gerir os tempos de ataque.
Nem quarenta e oitos horas depois do Derby e já o nosso Presidente dava nova entrevista a uma rádio de expressão nacional.
Compreendo que agora tem que continuar a alimentar o monstro que criou, sob pena de cair no ridículo das suas afirmações não terem conteúdo ou qualquer validade.
Lembro os anos de Dias da Cunha, quando declarou guerra contra o Sistema, que destapou e revelou à nação desportiva os podres do futebol. Lembro-me de muitos apoiantes na época, hoje contra, a forma entusiástica com que foram para a guerra. Ganharam minutos e minutos de tempo de antena, davam opiniões, promoviam a contrainformação, e dentro de campo, o grande artista João Pinto centrava para Jardel ir resolvendo. Uma época histórica.
Convém não esquecer que o Sporting marcou várias vezes três golos no novo Estádio da Luz, sem pesquisar tenho na memória alguns jogos, um para o Campeonato que vencemos 3-1 e outro para a Taça que empatámos 3-3 nos 90 minutos e fomos eliminados.
Estas façanhas não devem ser elevadas ao extremos. Já aconteciam, faltava a consistência para depois manter estas exibições contra o Paços de Ferreira em casa ou contra qualquer equipa de segunda linha nas competições europeias. E da euforia à desilusão nem 90 minutos são necessário.
Tudo é efémero no futebol, vamos saborear esta vitória durante o máximo tempo possível, e espero esquece-la na próxima derrota do Sporting ou resultado negativo, que só pode acontecer depois de o título de campeão garantido.
Silêncio, que se vai cantar o fado, e o fado canta-se no relvado. A esses que jogam é que nunca lhes pode doer a voz.