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Apresentou-se ontem mais um candidato. Sim, não é o primeiro. É o segundo. Azevedo de Carvalho declarou-se como tal em Março de 2014 e reafirmou-se como tal em Março de 2015. A 24 e 12 meses do acto eleitoral respectivamente. Mas apresentou-se um candidato. Apenas e só. Não se apresentou, nem teria que se apresentar, uma lista ou um programa. Há 3 meses pela frente e ainda nem a convocatória que marca a data da AGE foi publicada.
Madeira Rodrigues, aos 45 anos é sócio de 35, ex-atleta e merecedor de prémio Stromp. Profissionalmente é formado em administração de empresas e recursos humanos pela UTL, tem um MBA pela UNL e a frequência de um programa para o desenvolvimento de liderança em Harvard. Trabalhou na administração central com chefe de gabinete ministerial e no sector provado para pelo menos duas empresas de relevo no tecido económico e empresarial nacional, sendo desde 2005 secretário geral da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa. Função e respectiva remuneração que não teve problemas em abdicar para se envolver a tempo inteiro nesta disputa.
Madeira Rodrigues não faz exactamente parte do "star system" político de Alvalade. Não é notável, é quase um desconhecido e isso para mim é significativamente bom.
Madeira Rodrigues apresentou-se no mesmo hotel onde foi festejado a ultima vitória num campeonato nacional, bem perto do Estádio José Alvalade, numa declaração com posterior fase de perguntas e respostas.
Na declaração, mostrou-se algo nervoso. Demonstrou-se convicto e positivo, mas por vezes titubeante, num discurso com elevação mas porventura pouco preparado para o momento em que iria ser dito, com alguns "soluços" pelo meio. Não posso dizer que me tenha cativado ou entusiasmado pela oralidade do mesmo. Bem sei que é apenas o inicio, mas as primeiras impressões contam muito.
Mas como gosto de cavar mais fundo do que a superfície, olhei para o conteúdo pelo conteúdo e não pela sua forma de transmissão e ressaltam ideias que obviamente partilho. Desde identificação da necessidade de mudar o rumo, à necessidade de tornar o Clube um todo inclusivo, à necessidade de repor a reputação social do Clube em patamares de normalidade, à necessidade de retomar o ADN desportivo do Clube, foram várias as ideias que, devendo ter tido mais realce, estiveram claramente lá.
Já na fase de perguntas e respostas, esteve melhor, bem melhor, ainda que tenha tido novamente alguns "soluços" pouco recomendáveis como foi o caso da resposta à remuneração. Sim que a resposta sobre as relações com o rival de Lisboa, não me fazem qualquer confusão.
Posto isto, bem vindo Madeira Rodrigues, seguirei com atenção o desenvolvimento das ideias e propostas, bem como a formação da lista da candidatura.