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Mais uma época começa, mais uma pré-época decorre, jogos de preparação, jogadores a retomarem a forma, novos jogadores a conhecerem o seu contexto, experiencias, índices físicos flutuantes, etc.
Nada disto é preocupante. Nem sequer as derrotas em si, ou a (má) qualidade do futebol praticado.
Mas já é mais preocupante um score de 6-14 em golos sofridos, ou perceber que as contratações cirúrgicas, estão longe de o provarem ser, ou que as alternativas não cumprem, ou que os erros e defeitos se repetem e intensificam.
E não vale a pena falar de equipas de Top (que não são) ou estado de preparação avançada (o PSV começou no mesmo dia que nós). O planeamento foi feito assim e assim terá que ser assumido. Como não vale clamar pelas ausências dos 4 campeões europeus. As ausencias não podem explicar tudo e mal de qualquer equipa que dependa exclusivamente de 4 jogadores.
É preocupante perceber que os avançados não marcam golos, que os cinco centrais presentes em estágio falham ao nível de uma divisão inferior, que os laterais tem erros infantis que só a componente física não explica, que o meio campo não existe. Já para não falar dos guarda redes...
Aliás, mesmo ficando os quatro de faltam, o que não é liquido, o que se verifica é que as suas alternativas tardam em provar que o podem efectivamente ser. Patrício não tem alternativa, William tem um Petrovic de €3M que pouco se mostra, e Adrien tem um Aquilani que já não era alternativa na época passada e João Mário não pode ter em Podence a alternativa (sob pena de queimar este). Se estes se lesionam, física ou psicologicamente, por promessas por cumprir, a equipa simplesmente não existe.
Depois é preocupante a narrativa desculpabilizante, que chama ao jogo com o PSV "um bom treino", ou que assume a normalidade da derrota. Aliás essa conversa da "normalidade" contagia os próprios adeptos que após um 0-5 se mantêm felizes e contentes já a garantir vitórias finais no campeonato e a cantar cânticos contra um rival...
Como é preocupante a dicotomia entre a aposta que se quer demonstrar na formação com claros excessos no que se acredita já ter e ainda mais no que se julga estar para aparecer e a forma como estes vão sendo queimados ao serem lançados assim.
Ou como ainda é mais preocupante a desorientação emocional que leva um experiente jogador ser expulso a meio da 1ª parte com quem devia dar o exemplo de cima a fazer ainda pior e a comportar-se como um presidente das distritais nos anos 80, a falar boçal e arrogantemente para quem dirige o jogo, chegando ao ridículo de ameaçar a retirada da equipa do jogo.
Os emigrantes, cuja presença foi tão elogiada, mereciam claramente mais respeito. Como merecia a reputação e prestigio do Clube.
E na realidade, faltam 26 dias para o 1º jogo a sério.
P.S. 1 Corre a teoria que este descalabro que se assistiu neste estágio mais não é que uma estratégia do treinador para fazer a SAD abrir os cordões à bolsa e adquirir mais uma série de jogadores...Nem quero sequer colocar a hipótese de isto ser remotamente verídico.
P.S. 2 Morreu Matos de Oliveira, grande responsável pela Ginástica do Sporting durante o mandato de João Rocha, período onde esta teve um dos crescimentos mais notáveis tendo atingido os sete mil praticantes. Faleceu anteontem deixando o Sporting mais pobre. Da parte do Clube nem uma linha até ao momento.
[Foto: Fernando Ferreira do Record]