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No seguimento do post sobre as falácias utilizadas em vazio argumentativo quando e contra quem quer que seja ouse criticar ou discordar do actual status quo, surge a criação do conceito de oposição ou oposições aplicado ao contexto do Clube.
Mais uma vez, este conceito é, neste contexto, uma aberração de quem vê sombras a cada esquina, pois precisa delas como combustível para o seu modo de estar. Poderia ser mais confortável compartimentar e identificar alvos, mas não existe!
Não existe essa oposição que teima em ser apontada. O Sporting não é uma democracia parlamentar, não tem correspondência proporcional dos resultados eleitorais. Nem sequer é, na maior parte das suas decisões uma democracia participada. É uma espécie de democracia indirecta, onde a lista mais votada adquire a legitimidade total para dirigir o Clube durante o mandato que que lhe é atribuído sem que os vencidos tenham interferência funcional nessa gestão. E é assim, seja por um voto, seja por 10.000 votos.
E não existindo, a reclamação da sua existência como condição para legitimar quem critica é absurda. apenas e só!
No limite, o mais próximo que temos dessa representatividade, encontra-se num órgão moribundo e vazio de conteúdo, que opera sabe-se lá como e quando, num quase secretismo "maçonico", que é o Conselho Leonino.
Por outro lado, por mais que queiram acreditar e fazer acreditar o contrário, não existem evidencias grupos organizados nesse objectivo, homogéneos e com pensamento doutrinário comum consolidado. Existiu, circunstancialmente dos dois anos que antecederam as últimas eleições, mas essa não é a norma e seguramente, pelo que me é dado a assistir, não é a realidade.
Existirão grupos de familiaridade, tertúlias, que tenderão a ter as mesmas ideias e desejos, mas longe de serem projectos de poder, e mesmo entre eles, bastante heterogéneos na profundidade e extensão da abordagem critica.
Como sempre houve aliás.
No Sporting, no que à gestão e linhas de rumo diz respeito, cada um é oposição e apoio. No sentido que cada um pensa por si, estabelece juízos por si e decide quando assim é chamado em consciência. Pelo menos assim deveria ser, embora o seguidismo, a omissão de raciocínio e a opinião de eco cada mais vez seja a regra.
Por mim sou, como era e continuarei a ser, em nome pessoal e independente, oposição a tudo o que considerar contrarie o que é a essência do Clube, que desrespeite a sua identidade, que ignore o seu paradigma de fundação, que o limite no seu futuro e que o descaracterize a ponto de o tornar igual ao resto.
Fui, sou e serei, com maior ou menor acção, entre outras coisas, oposição à repetição de erros, à descaracterização, à manipulação, à ignorância, à mentira, à calúnia, à perseguição, aos compromissos pessoais, a alianças voláteis e a interesses escondidos.
Pelo menos até ao momento que me considere total e irremediavelmente estranho numa qualquer realidade que torne este Clube noutra coisa qualquer, com que não me identifique e no qual não me reveja ou não veja possibilidade de reverter.