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Passadas umas horas mais, e ainda sem qualquer vontade de comentar o auto de fé iniciado na tarde de domingo e prosseguido com passagem directa de informações à comunicação social, essa tão grande inimiga, e continuado por listas colectadas por acólitos fico-me pela constatação que que estavam pouco mais de 200 sócios na Assembleia Geral.
Sim, os apelidados do contra, poucos lá estavam, mas e os outros? E nem falo dos empenhados servos. Onde estavam os sócios normais? A maré verde participativa que nos querem impingir? E aqueles que tudo sabiam e tudo escalpelizavam e que agora se demitem sequer de comparecer, optando por votar por omissão?
Onde está a discussão. Quem ficou a saber os resultados do R&C? Quem ficou a saber as razões do aumento de mais de 13% no empréstimo que o Clube (sim o Clube, não a SAD) para sustentar a reestruturação que salva a SAD? Quem ficou a saber o que a alteração de estatutos previa? Quem ficou a saber os resultados da auditoria ao mandato daquele que era consagrado como o pai do monstro?
Pior que isso, quem se interessou? Quem teve dúvidas? Quem esteve, mais não seja, presente? Não chegavam a 0.2% do universo de sócios oficial. É esta a vitalidade do Clube! As Assembleias Gerais são uma treta!
E se os contestatários, não desculpando, até entendo, pois só quem nunca foi e não conhece o funcionamento de uma Assembleia Geral pode idoneamente reclamar de as criticas feitas cá fora não o serem lá dentro, aos outros, a grande maioria que, aconteça o que acontecer, mais que o Sporting, suporta apenas e só uma pessoa, só entendo se i) não forem sócios, ii) o sejam há menos que 12 meses ou iii) achem que a vida do Clube e o apoio se faça apenas e só nas redes sociais.
Neste momento, estas reuniões pouco mais são que uma mistura entre o comício e a missa, geridas como uma reunião de condóminos, onde a ordem é alterada conforme a encenação necessite, onde para se assistir à apresentação dos pontos na ordem do dia se tem que resistir estoicamente a demorados sermões, onde os estatutos e regulamentos são sempre muito elasticamente interpretados (quando não são mesmo ignorados) e onde as votações não garantem sequer um período de reflexão, sendo votadas em contra-relógio sem qualquer reserva de privacidade ao acto. Qualquer voto contra as pretensões da mesa ou do conselho directivo é recebido com enorme enfado, para não escrever outra coisa
E assim, de quase unanimismo em quase unanimismo, vamos andando até á participação zero, transformando-nos aos poucos num Clube de Adeptos nas vitórias e/ou jogos grandes, sem grande vontade de conhecimento ou capacidade de exercer um pensamento critico que seja.
Mais agradável ou menos agradável, mais corrosivo ou menos corrosivo é isso que vou e vamos tentando contrariar aqui. E pelas reacções e menções que temos, alguma coisa estamos a fazer bem para causar tanto incomodo...