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Está hoje lançado o alarme por causa da garantia de €5M da GALP.
Que estava escondida, que não se conhecia até à ultima fase da auditoria, que a responsabilidade é, mais uma vez, de Godinho Lopes (que cometeu erros atrás de erros, mas não é seguramente o responsável único, como querem agora fazer passar, pelo estado a que o Clube chegou) e que acima de tudo compromete gravemente a exequibilidade da reestruturação.
Sinceramente, custa-me a acreditar neste desconhecimento total e absoluto desta garantia.
O caso diz respeito à instalação das bombas da Galp nos terrenos fronteiros ao topo Norte do antigo estádio, às quais nunca foi dada autorização de exploração e uso por se considerar estarem instaladas em terrenos de donos diferentes (SCP e CML) tendo havido necessidade de juntar os mesmos de modo a conseguir um lote unificado. Por nunca ter acontecido, a GALP nunca terá pago as rendas devidas mas teria uma garantia de €5M sobre a assinatura do acordo.
O caso foi a AG em 14 de Outubro de 2011 (ponto dois), tendo sido aprovada a operação imobiliária que possibilitaria completar o lote e finalizar o processo. E voltou a 30 de Junho de 2014 (ponto quatro), já sob a vigência deste Conselho Directivo.
E este é um dos factores que me faz custar acreditar nesse desconhecimento. Esse e o facto de a auditoria já ir na fase 3, com muita pedra virada, nomeadamente na fase 1, de a própria reestruturação ter tido obrigatoriamente que fazer uma auditoria sumária que possibilitasse definir os termos em que poderia ser feita.
Por outro lado, custa-me a acreditar no peso condicional de €5M numa reestruturação de quase 10 vezes mais. Mais a mais num momento em que os orçamentos crescem significativamente (e ainda bem desde que este aumento seja consciente e coerente e acima de tudo bem aplicado em objectivos estratégicos e não no estrito imediato), já com o conhecimento desta condicionante, quer no futebol quer nas modalidades.
Entendo a vertente emocional desta dramatização, mas falta a componente racional que a sustente. Ou então as coisas foram feitas, pouco ligando a estas reservas, e agora percebe-se que o problema estoirou e que a coisa se complica. E isto está longe de ser uma gestão de excelência como foi anunciada.
Ou ainda a garantia já ter sido "trespassada" para garantia de outros serviços e/ou trabalhos a terceiros e agora se ficar de mãos atadas sem dinheiro para a obra a mostrar...
P.S. Sobre o desconhecimento total e absoluto, aconselhava a leitura do R&C do Exercício de 2012/2013 do SCP (e admito que já lá estariam nos anteriores), páginas 93 e 94. Isto não quer dizer que a garantia não seja um problema, que é, mas não é um problema desconhecido, descoberto em 2015!