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Várias fotos publicadas por essa internet fora têm documentado o nascimento e crescimento daquele que virá a ser o Pavilhão João Rocha. Algumas, tiradas dum ponto de vista semelhante, como são as publicadas pela Torcida Verde na sua página, deixam perceber a sua evolução ao longo das semanas.
A construção do Pavilhão terá começado a 3 de Agosto de 2015, com a emissão do Alvará de trabalhos de escavações e contenção periférica. O Alvará para a obra terá sido deferido a 25 de Setembro de 2015.
O prazo definido no cronograma de trabalhos da Ficope, empresa responsável pela fiscalização de obra, é de 16 meses de obra, mais 3 semanas de vistorias e 6 semanas para a obtenção de licenças de utilização, num total de 18.5 meses.
Tomando a data do Alvará de trabalhos de escavações e contenção periférica, teríamos a obra a ser finalizada a meados de Fevereiro, o que, mais uma vez coincide com o previsto pela fiscalização.
Tratam-se de prazos apertados, muito exigentes, mas, correndo tudo bem, exequíveis.
Mas, a verdade é que as imagens mostram uma obra atrasada. Pior que isso. Na sua sequencia, mostram uma obra a ser feita demasiado lentamente para a exigência do prazo assumido. Foram várias semanas em que pouco ou nada se avançou.
Estranhamente, até algumas lajes de bancada foram instaladas antes de Janeiro, mas aparentemente apenas para servir de pano de fundo para umas fotos da visita a obra do presidente, pois nem o lado começado ficou completo de bancadas.
Num cronograma de obra possível e razoável (benevolente até), dum total de 74 semanas, a 1ª fase, a de escavações e contenção periférica e montagem de estaleiro poderia ter durado 12 a 14 semanas. Nesse mesmo cronograma as fundações, superestrutura e cobertura poderiam durar 20 a 24 semanas (da 15 à 38), deixando cerca de metade do prazo para a construção, acabamentos e instalações (e já seria apertado).
Acontece que vamos neste momento na semana 29 e facilmente se percebe que a superestrutura ainda nem sequer arrancou da cota de soleira. Das últimas fotos que vi, tinha-se cofrado a laje norte na cota de soleira. A obra está objectivamente atrasada! E prefiro dizê-lo agora que cobrar no fim, pois foi esse silencio cúmplice que fez as nossas últimas experiencias construtivas terem sido o que foram. Como preferi dizer, quase isoladamente, o que o protocolo de Odivelas realmente era e depois de assinado se veio a verificar.
Será recuperável? Acreditemos que sim e mais não quero dizer.
Não faço ideia porque está atrasada. Podia alvitrar muitas razões. Umas mais técnicas, outras mais económicas, outras mais politicas. Mas abstenho-me de o fazer por não ter factos que comprovem as minhas suspeitas e por considerar esse projecto demasiado importante para sequer conceber que se esteja a "brincar" com ele. Por outro lado, se há entidade na qual confio neste processo é na Ficope, pelo que acredito que tudo esteja a fazer para que os prazos venham a ser cumpridos.
Por mim, resta-me manter atento, desejando que a obra seja bem feita. E este bem feita implica que sirva as necessidades do Clube (embora aqui, derivado do programa, já a saiba um pouco desfasada), que cumpra prazos e que a vertigem para cumprir os mesmos não leva a não cumprir os orçamentos (que são de preço fixo e chave na mão, lembre-se)