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Não, não há engano no titulo desta prosa.
Aos dias intermináveis de uma pandemia que mudou o Mundo, embora ainda não haja noção dos efeitos da mesma, para muitos, ao Sporting juntou-se a pandemia da Açorda.
Açorda, que " gastronomicamente", é um dos pratos mais apreciados no país, no Sporting é o dia a dia esquizofrénico e de loucura .
Existem enumeras formas de fazer açorda, desde a de alho à de gambas, passando pelas alentejanas, etc..
Mas o Sporting, como Clube sui generis que é, cria as suas próprias açordas. E todos os dias há uma açorda nova.
Vamos então a algumas iguarias preparadas pelos sportinguistas:
Açorda de poder : É a açorda preferida de pseudo-notáveis, de pseudo-reservas morais, de pseudo-donos do Clube. Os ingredientes principais desta açorda são a vaidade, os egos, os interesses, o emprego, as mordomias, tudo em doses industriais. Desta açorda, e só falando em ex-Presidentes, apenas um ficou dependente.
Açorda de escolhas : as más opções constantes de todas as direcções, no que ao futebol diz respeito, desde técnicos a jogadores, passando por dirigentes sem preparação para os cargos que ocuparam e ocupam. Os ingredientes são também à escolha do leitor e em doses monstruosas. Também se podia chamar de "açorda pecado capital".
Açorda de claques : só no Sporting o poder das claques foi até há pouco tempo o poder de um órgão social. Despedem treinadores, agridem jogadores e dirigentes, com o beneplácito de alguns, que os "controlavam" com ofertas de bilhetes. Ao género de "uma mão lava a outra". Ingredientes usados na receita, também em doses generosas, várias doses de vergonha e medo.
Açorda de núcleos : Alguns núcleos não passam de centros de dia ou de cafés, não cumprem o regulamento aprovado para os mesmos, quer na composição dos seus órgãos sociais, quer nas obrigações perante o Clube. Neste particular, culpa do Conselho Directivo que não faz cumprir o regulamento. Quantos Presidentes de núcleo participam em Assembleias Gerais do Clube? Os ingredientes desta açorda são vários, desde a falta de vergonha, aos ex-dirigentes que passam horas com os núcleos na tentativa de minar a relação núcleo/clube, com várias pitadas de falta de noção.
Açorda de comunicados : No Sporting toda a gente faz comunicados, claques, núcleos, ex-presidentes, ex-candidatos, ex-qualquer coisa e ex-coisa nenhuma. Quem devia fazer mais, e não o faz, por manifesta incapacidade de comunicar, é o C.D.. Qualquer gato pingado faz um comunicado, normalmente contra os interesses do Clube e em causa própria.
Ingredientes, para além dos atentados à língua portuguesa, desespero, incongruência, vaidade pessoal, e o ser serviçal. Raros são os comunicados que acrescentam valor ao Clube. Mas é a democracia, um bem nem sempre bem aproveitado.
Açorda de votações : Uma oposição sedenta de poder, que nem sequer sabe explicar o porquê de ser contra novas formas de participação na vida do Clube, núcleos que se queixam de abandono, mas que são contra a abertura à participação massiva de sócios nas decisões, no Sporting tudo serve para discordar, é uma moda. Pode-se utilizar a estupidez humana como ingrediente principal na elaboração desta receita.
Açorda de reserva moral : vivem alguns na ilusão de se reserva moral do Clube, ou conhecer alguém que ache que é uma reserva moral. Nestes casos, ficam sempre em casa, nunca dão a cara. Outros ainda não perceberam que o seu tempo já passou há muito, com votações ridículas e em julgamentos pelos sócios do Clube. Nesta receita podemos usar o saudosismo como ingrediente principal e algum mau perder.
Açorda verde : O actual C.D. ainda não conseguiu deixar a aura de ser "muito verdinha", tendo falta de capacidade de reacção aos constantes ataques internos e externos. Ainda não percebi se é estratégia, se é incapacidade, ou se é cansaço. Ou tudo junto. São estes os ingredientes.
Aguardemos que a "gastronomia leonina " seja capaz de nos servir outros pratos, mais saudáveis e que a inteligência de colocar o Sporting em primeiro seja o principal ingrediente, em vez de açordas azedas.
SL