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O universo Sportinguista volta a viver dias agitados, apesar de a sua equipa principal de futebol ser uma das lideres do campeonato. Imagine-se se não fosse.
Os últimos dias de mercado são o rebuliço habitual, entradas e saídas de última hora, até que as instâncias europeias decidam de uma vez por todas que as datas de abertura e fecho de mercado sejam comuns a todos os países. Já tarda.
O Sporting sofre da conjuntura do maior ataque desportivo/financeiro de que foi alvo em Maio de 2018. Vejamos então: na temporada 2018/19 o Clube não fez nenhuma venda avultada como nas temporadas anteriores, o que permitiu o equilíbrio financeiro baseado em receitas extraordinárias. Sem a venda de activos, e com o consequente aumento de despesas (vide orçamentos para o futebol) nenhuma das temporadas desportivo/financeiras teria dado lucros, fruto de um desequilíbrio orçamental entre despesas e receitas correntes.
Como seria diferente podermos negociar jogadores como Rui Patrício, William Carvalho e Gelson na temporada passada ou nesta que decorre. Vendendo ao preço justo e não sob pressão.
Como seria diferente não ter de resgatar Bas Dost, Bruno Fernandes e Battaglia. Sousa Cintra fez o que tinha a fazer, mas mentiu.
Mentiu quando disse que os jogadores regressariam com o mesmo contrato. Quando escondeu um prémio de assinatura ao empresário de Bruno Fernandes, quando colocou uma cláusula indemnizatória em que o Sporting teria de aceitar uma venda por 30 milhões sob pena de ter de pagar 5 ao jogador, em caso de não aceitar a venda por esses números. Acresce o facto de, se Bruno Fernandes não sair, o seu salário triplicará, mesmo que o jogador fique contrariado. E é aqui que bate o ponto. Bruno Fernandes e o seu empresário sempre se convenceram que durante o defeso, um Clube apresentasse uma proposta com os valores exigidos pelo Sporting. Debalde. Quer queiramos, quer não, o mercado dita leis, e quer se goste ou não de Jorge Mendes e dos seus negócios, é este empresário que dita leis nos negócios que se fazem e nos que não se fazem.
Mentiu Sousa Cintra, porque nunca disse aos sócios do Sporting que Bas Dost passava a ser o jogador mais bem pago em Portugal, com um custo a rondar os 6 milhões anuais mais 500 mil para o seu empresário por cada época de contrato. Incomportável. Acresce ao facto de que desde o ataque à Academia o jogador não mais teve o mesmo rendimento, tendo terminado a temporada como suplente, mesmo que vindo de uma "lesão", ainda por explicar.
O Sporting tem hoje 6/7 jogadores com os quais não conta para colocar, com ordenados que nenhum outro Clube quer igualar. Obviamente os jogadores em questão estão no seu direito de querer cumprir os contratos.
O Sporting não tem outro jogador com valor considerável de mercado. Mas o Sporting tem compromissos a pagar após uma gestão tresloucada desde 2015/16.
Olhando para dentro, e em caso de saída do capitão, a Direcção tem de ter um substituto em altura, um plano B, rápido de executar, sob pena de hipotecar a época desportiva com a saída do nosso melhor jogador. Será um teste a esta Direcção e ao Departamento de scouting.
Nas últimas semanas surgiram nos órgãos de comunicação social alguns sócios, que se acham notáveis a manifestarem o seu desagrado sobre o actual estado do Clube.
Vamos a eles, um a um:
José Eugénio Dias Ferreira, o sócio com menos noção do ridículo. Defende a venda da maioria da SAD. Andou cinco longos anos calado, assistindo e apoiando uma gestão doentia, e arrasadora para o Clube. Não tem a noção de que teve nas últimas eleições pouco mais de 500 votantes? José Eugénio, qual papagaio na comunicação social, fugiu ao esclarecimento de dúvidas na Assembleia Geral, à qual enviou o seu filho, e faltou a um jantar do Grupo Stromp onde estiveram membros da Direcção à sua espera para o esclarecer.
Pedro Madeira Rodrigues, o homem dos 10% de 2017 e que se juntou a Ricciardi porque sabia que nem pessoas para formar uma lista conseguia. Falava de uma liderança jovem e agora fala que o Sporting precisava de um homem experiente. Se isto fosse uma qualquer tasca era esta a altura de utilizar vernáculo. Um deslumbrado.
José Eduardo, também conhecido pelos 18 milhões que facturou durante vários anos por serviços prestados ao Clube, incluindo a compra de um camião/cozinha. Cinco anos na sombra, tendo saído da toca apenas para colaborar na saída de um treinador. De resto, para ele sempre esteve tudo bem. Juntou-se a Ricciardi, também.
Zeferino Boal, porra, a este já nem vale a pena dispensar tempo, mas também se juntou a Ricciardi.
Bruno Mascarenhas, também com Ricciardi, um dos maiores responsáveis da tragédia circence de cinco anos em que foi dirigente. Esta malta não tem mesmo a noção...
Abílio Fernandes, ex-dirigente da direcção de Sousa Cintra. Não é preciso acrescentar nada sobre esse tempo. Abílio Fernandes e o seu filho são proprietários de vários restaurantes que serviram de salão de festas no tempo do destituído e festas de aniversário do mesmo, antes de ser eleito em 2013. O seu filho sempre acompanhou com os avençados da Young Network e era presença assídua na Sporting TV, tal como o filho de Dias Ferreira. Mais um que durante cinco anos andou caladinho.
Tirando Madeira Rodrigues, foram todos uns cobardes, foram e são também responsáveis por tudo o que se passou nestes tempos no Clube, com José Maria Ricciardi à cabeça, esse que agora colocou os seu peões no terreno.
A história encarregar-se-á de os castigar a todos, enquanto sócios do Clube.
O Sporting sairá mais forte disto tudo, faço votos.
SL