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Hoje temos um jogo muito importante para o Sporting. Não só pela permanência na Liga Europa, pela notoriedade leonina no mundo do futebol, os pontos que Portugal necessita no seu ranking, e claro, para colocar serenidade num Clube que, historicamente, vive num autêntico furacão há várias décadas.
Peseiro, o menos culpado de tudo o que acontece, não tenho dúvidas será o primeiro a cair. A história repete-se de forma cíclica, com as devidas nuances, mas está cada vez mais fragilizado. E se ainda existia alguma esperança na sua permanência, depois da triste e vergonhosa entrevista de Sousa Cintra, Peseiro está, assumidamente morto, falta fazer as devidas cerimonias fúnebres.
Mas se tudo isto é triste, o fado que nos leva às lágrimas são os episódios regulares que envergonham Sócios, Adeptos e claro, o Clube no panorama nacional e internacional.
Se os pouco inteligentes, e assumidamente estúpidos apoiantes do deposto Presidente Bruno de Carvalho continuam a sua saga persecutória contra tudo e contra todos, celebrando maus resultados e num contínuo disseminar de notícias falsas, pós-verdades e tentativas, estupidas, como eles, de manipular a opinião, não posso também parabenizar o que têm sido estes primeiros tempos da gestão de Frederico Varandas.
Sim, herdou a mais difícil situação da nossa história centenária. Nunca, nem em 2012 o Sporting estava tão mal financeiramente, tão mal desportivamente e tão mal no plano da notoriedade no que toca a reunir apoios e patrocínios, e claro, a nossa joia da coroa, que está pelas horas da morte, e não não é piada a Luís Boa Morte, a formação está a anos luz dos rivais nacionais e internacionais e muitos anos levará a recuperar os níveis que habituou o mundo do futebol.
Frederico Varandas relativizou o problema financeiro. Se Ricciardi o empolou em demasia, também é facto, mas a realidade é que o empréstimo continua a ser difícil de garantir. O plantel de futebol é assumidamente deficitário e dos mais fracos das últimas décadas.
E se tudo isto é um pesadelo, muito mais haveria para debater. Posto isto, como se tem apresentado este novo Sporting? Que tom, que atitude, que posicionamento assumiu com a entrada da nova direção? Silêncio. É positivo, mas é positivo quando se vence nos campos, é positivo quando não há, diariamente, ruído em redor do Clube, dos treinadores, jogadores e adeptos.
Frederico Varandas tem que ter uma estratégia e eu acredito que a tem. Que irá surgir para, de uma só vez, resolver vários assuntos. Assuntos esses que são um corte radical com o passado recente, para acabar com a especulação de corrupção, fraude, abusos, violência. E tem que ser rápido. O Sporting não aguenta este clima constante de guerrilha interna. De desconfiança, de mentiras que ganham expressão e quase se tornam verdades.
Este ambiente, este permitir este estado origina a que novos Brunos surjam no horizonte. Frederico Varandas tem que se fazer ouvir, e mais que gritar, esclarecer e agir o mais rápido possível.
Se continuar assim, deixo aqui a aposta, que muito em breve estaremos novamente em eleições, com mais um conjunto de promessas sem sentido, vários jogadores pernetas pagos a peso de ouro e garantias de pacificação.
O Sporting tem que olhar para Si, lógico. Mas o Sporting continua, e é um erro com décadas, fechado sobre Si mesmo, sem perceber as realidade que acontecem, que evoluem e que socialmente obrigam o Clube a mover-se e a agir de outras maneiras.
Se vomitamos e repudiamos o populismo que vivemos nos últimos cinco vergonhosos anos, regurgitamos este silêncio de paz podre que continua a corroer as bases e os alicerces do Sporting, os seus Sócios e o seu bom nome.
Frederico Varandas, é tempo de revelar nomes, contas. É tempo de apresentar mudanças, estratégias. Um soldado não se esconde nem vence sozinho uma batalha.
Cada dia que passa é um dia a menos na vida do Sporting.
Há muito que não escrevo! Há muito que reservo as minhas opiniões para um circulo extremamente restrito de pessoas. Há muito que me venho afastando duma vertente mais activa de participação na vida do Clube.
Na realidade, desde as eleições de 2017 e consequentes meses, que me venho afastando por começar a ter dificuldades de encontrar no Clube os identificadores em que me revia.
Não votei. Também não escolheria o candidato Varandas como presidente. Foi eleito, é o presidente!
No entanto o silencio e o afastamento não impede que, de vez em quando, me "caírem no colo" algumas teorias conspirativas de um passado recente, alimentadas em revanchismos. Umas, admito, conseguem ter um fluxo de racionalidade e linha de possibilidade, outras são um espernear absurdo dos que perderam o seu confortável chão.
E com essas, algumas, que outras de tão disparatadas são imediatamente arquivadas no lixo, tenho alguma dificuldade em deixá-las sem resposta. Mesmo que me faça vir esclarecer e "defender" uma MAG que me deixou muito mal impressionado com a sua ineptidão de 5 anos.
É o caso duma teoria de golpada nos estatutos, trazidas à luz por um ex-comentador da Sporting TV num blog que me inibo de nomear e que tem vindo a ser reproduzido em partilhas por muitos dos le(t)ais com o alarmante "Os sócios precisam de explicações!".
Ora segundo este ex-comentador da Sporting TV, teria havido uma alteração estatutária martelada, que exigiria explicação da anterior MAG, sobre os prorrogação de prazos. Alega ele que houve alteração da redacção do artigo 66º de modo a "auxiliar" o novo Conselho Directivo.
Dá como exemplo o que foi apresentado aos sócios na AG de 17 de Fevereiro para informar que afinal alteraram a referencia dos artigos mencionados, para outros mais convenientes (é esta a expressão utilizada), documentando profusamente a teoria, o que leva aos incautos a assumirem-na como real.
Acontece que, a própria proposta incorria no erro na menção dos ditos artigos. A redacção que constava nos estatutos em vigor à data da AG para alteração dos mesmos era:
Número 1 do artigo 31º e número 1 do artigo 34º.
E o que consta actualmente dos estatutos? Isto:
Mas porque é que menciona então artigos diferentes? Porque houve a introdução do artigo 25º - Prémios e galardões Honoris Sporting que obrigou ao óbvio acerto na consolidação dos estatutos. Simples e nada conspirativo nem a necessitar de alarmante justificação. Convém é saber do que se fala!
Quando vivemos um momento em que os verdadeiros Sportinguistas estamos, compreensivelmente, tristes com o mais recente resultado da equipa de futebol profissional, uma derrota totalmente inesperada perante um adversário teoricamente mais fraco, fico mais triste ainda por perceber que o mau perder assola quem não perdeu no domingo, mas sim há um mês.
Desde a realização das eleições no Clube, e à exceção de comentários sem qualquer relevância por parte de alguns (poucos e cada vez menos) que já demonstraram não ter qualquer pingo de Sportinguismo, temos vivido um clima de paz, sem criticismos exacerbados, apoiando ou, pelo menos, deixando trabalhar com serenidade a nova direção democrática e expressivamente eleita, dando-lhe o espaço e o tempo imprescindíveis a apreender a real situação do Clube e à procura das soluções de curto e médio prazo que sejam necessárias à sua reabilitação.
Para minha satisfação e esperança na união no nosso Clube, a frase que mais se tem ouvido é “Varandas é o meu Presidente”, mesmo por quem assume que nele não votou.
Eis senão quando aparece alguém, a quem, de facto, ainda nada de similar se havia ouvido, alguém a quem não parece agradar essa pacificação, e por isso trata de disparar tiros, e se assume como oposição.
Estou a referir-me à recente intervenção pública de José Maria Ricciardi, candidato derrotado (e muito derrotado) nas últimas eleições. Não que me tenha surpreendido, ou dececionado, porque nunca estive iludido quanto aos seus objetivos ou quanto ao seu caráter. Seria mesmo expectável que nalgum momento, não conseguindo ser nem presidente real, nem o presidente sombra que sempre se habituou a ser, encontrasse outra forma de voltar às luzes da ribalta.
Mas, José Maria, um mês depois?! Oposição, um mês depois?! Lembre-se do resultado eleitoral que obteve, que os menos de 15% que votaram em si, já se esqueceram seguramente. Se tem tantos meios e capacidades como diz, mas não quer ajudar o Sporting, então ao menos não desajude. Dedique-se à sua vida de empresário, banqueiro ou lá o que seja, e guarde para si e para quem o rodeia e tenha mesmo que o aturar, essas suas atitudes arrogantes de paladino da verdade absoluta, em que deixa cair todo o seu suposto charme de senhor de cabelos brancos, e parte com facilidade para o insulto gratuito contra tudo e todos aqueles que se atreveram a de si discordar.
Essa é uma atitude, dito de forma simples, de mau perder.
Mau perder é do pior que há no desporto e na vida em geral. E quem não souber, na vida, perder com dignidade, jamais poderá ter a pretensão de ter qualquer cargo no mundo do desporto. José Maria, se é Sportinguista, perceba isso e deixe o Sporting em paz!