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O tempo e as vontades

por Trinco, em 29.05.18

quadro-mudam-se-os-tempos-moldura.jpgO essencial é e sempre será dar a voz aos Sportinguistas e acreditar sempre na sua capacidade de decidir o que é melhor para o Clube

As insinuações de eventual impugnação da Assembleia Geral Extraordinária por parte da direcção só vem evidenciar um conjunto de manobras dilatórias para tentar evitar dar voz aos sócios, o que é indigno e inadmissível numa instituição como o Sporting Clube de Portugal

Perante este estado ditatorial e antidemocrático que se quer instaurar no Sporting Clube de Portugal, não podemos ficar calados e temos que manifestar bem alto a nossa indignação. Apenas exigimos que se cumpram os estatutos, pois não é admissível que estes a mando de quem manda impeçam que a MAG cumpra o seu dever e obrigação com os sportinguistas

Na AGE, os sócios decidirão aquilo que entenderem o que é melhor para o Clube, assim lhes seja dada a oportunidade, que por direito próprio é sua, e que a mesma seja marcada tendo em conta que o prazo de 30 dias não se inicia na data de confirmação da documentação por parte dos serviços, mas sim na data da entrega do requerimento

O Sporting é dos sócios e ninguém os calará

 

Bruno de Carvalho em 22 de janeiro de 2013

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publicado às 17:46

O Dono da Bola

por Lizardo, em 25.05.18

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Quando eramos mais novos, brincávamos na rua com amigos, nesses tempos, onze contra onze e só existia uma bola. O dono da bola tinha vantagem, jogava na posição que queria e muitas eram as vezes que estava livre da baliza, posição tão desprestigiada na infância, pois ali, golos só os que se sofrem. E as miúdas gostam é de quem os marca.

O dono da bola era também quem escolhia a equipa, do outro lado, por vezes, ou o mais velho lá da rua ou o melhor jogador. Mas o dono da redondinha era o primeiro a escolher.

Quando o jogo começava havia logo uma tentativa de ganhar o jogo sozinho. Afinal a bola era dele, e era ele o verdadeiro responsável pela existência de tal jogo.

Mas o futebol, seja no universo profissional ou no plano amador ou lúdico tem a eterna magia de não ser certo. Os favoritos nem sempre ganham.

E era nesse momento que o dono da bola começava o jogo mais duro. Ele podia, pois era também o árbitro do jogo.

 

Quando tudo começava a falhar e não existindo mais alternativas para camuflar o insucesso, rezava várias vezes ao São Pedro para chover ou rematava a bola para as janelas e os carros estacionados, na esperança que os vizinhos se indignassem ou chegasse a polícia, a raiva ia crescendo, a cegueira aumentando e a audição desaparecia.

Chegava a hora de agarrar a bola e ir sozinho para casa, frustrado, com tanto poder e acabar ali, sozinho, a chorar a olhar para o paposeco com tulicreme de marca branca e o leite morno que a mãe obriga religiosamente todos os dias às 16:30h.

O dono da bola é estupido.
O dono da bola é burro.
O dono da bola, que podia agregar, dividia e ficava sozinho.
O dono da bola era o “cromo da bola”.
O dono da bola será para sempre o “anormal”.

Com o tempo, muda-se a bola e passa-se para o computador, as consolas, os livros e os discos, o carro para as boleias até chegar à chefia no trabalho.

Tudo se repete, sem bola, mas eternamente estupido.

O Dono da Bola não verga. O Dono da Bola insiste no seu fracasso.
O dono da bola é a mais fina definição de burro no gíria. Com todo o respeito pelo animal, tão útil no desenvolvimento agropecuário.

E assim, em resumo, o dono da bola continua a ser um ente superior na sua própria e particular realidade. O melhor militar sem nunca ter sido soldado. O melhor jogador sem nunca ter jogado. O melhor amante sem nunca ter amado.

O dono da bola é um faz de conta, que conta muita coisa mas que no fim de contas, não conta para nada!

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publicado às 10:12

Este texto é uma perda de tempo

por Lizardo, em 23.05.18

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Quem escreve sobre o Sporting, pode numa primeira ideia considerar que há muito para dizer, mas na realidade não existe conteúdo que seja novidade.

Os tempos que estamos a viver vêm sendo vaticinados por um grupo de Sócios há vários anos. Que se note, não se adivinhou a tempestade quando começou a trovejar, ou como o saudoso João Pinto, “só depois do jogo”. Desde os primeiros tempos, as primeiras declarações, as primeiras decisões desta Direção que era evidente o desfecho de falência e de violência que estamos agora a viver.

A situação é grave. Muito grave. Bruno de Carvalho continua alegre de harpa na mão enquanto o Sporting arde a bem arder.

Um Clube pobre financeiramente, de rastos na notoriedade e dividido na sua família. A juntar a tudo isto a sempre comum ausência de títulos associados a um despesismo sem critério e sem projeto. Eis o Sporting liderado por Bruno Azevedo de Carvalho.

Os próximos dias trarão somente mais lenha e combustível para o incêndio que lavra descontrolado com um Bombeiro, que assiste, impávido e sem coragem para o atacar, nem que seja com a estratégia mais comum nos grandes fogos, usar o fogo para combater o fogo.

 

Chegamos a um ponto sem retorno. Quem se passeou pelo Vale do Jamor no passado domingo sentiu isso mesmo. A grande maioria dos Associados não está com esta direção. Fartos, envergonhados, desolados e revoltados com tudo o que se está a viver e com o estado em que colocaram um Clube centenário e que sempre se pautou pelos mais nobres e cordiais comportamentos e ações. O Sporting de Bruno Azevedo de Carvalho é um Clube sem eira nem beira. Um Clube com síndrome de Tourette, uma instituição entregue a gente que não tem qualquer capacidade para o representar.

Não restam muitas dúvidas sobre o desfecho deste pesadelo. A principal é o quando. Quando acabará tudo isto? Pois é evidente que Bruno Carvalho e todos os que o seguram na presidência serão destituídos, expulsos de Sócios e muito provavelmente terão que responder na Justiça sobre num vasto e longo processo de várias acusações.

 

O Sporting uma vez mais resistirá, uma vez mais se irá erguer. Mas o preço a pagar será muito grande e durará com toda a certeza muitos anos.

Os grandes culpados? Nós, os Sócios. Os que apoiaram este desnorte. Os que se serviram do Clube e os que sempre e ainda hoje se rebaixam ao ridículo de defender gente que não tem defesa possível.

 

Agora voltou Inácio, chegarão contentores de novos atletas, começará a escolha de um novo treinador, de Scolari a Sá Pinto, de ilustres desconhecidos a Luis Fernandez e Wenger, tudo valerá para voltar a hipnotizar os Sócios e Adeptos. A bem da verdade, quem anda neste mundo do futebol há muitos anos, sabe e sabe da pior forma, venha quem vier o desfecho será inevitavelmente o mesmo. Os adversários a comemorar e nós em conflitos internos a identificar culpados isentando de culpas os verdadeiros criminosos.



Bruno de Carvalho não é somente o pior Presidente da nossa história. É o pior dirigente da história do desporto em Portugal.


Como é evidente, passadas estas linhas, tenho que pedir desculpa aos leitores. Não há uma única novidade. O mesmo de sempre que perdura e se alastra no tempo. Somos vitimas da estupidez e da má-formação. E enquanto existir gente que se sente bem neste clima e nestes estados, o Sporting nunca, jamais será um Clube vencedor.

O tempo urge. Bruno cairá. E nesse dia, será já tarde de mais!




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publicado às 10:05

A equação e a doença

por Trinco, em 19.05.18

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Afastado o dia todo de noticias ou redes sociais, apanhando de leve agora mesmo os abalos de mais uma surreal conferencia de imprensa, afigura-se que a equação é muito, muito simples. Até para uma criança de 3º ou 4º ano.

 

A equação coloca-nos duas e apenas duas opções. Ou Azevedo de Carvalho ou o Clube.

 

Simples.

Se um se torna maior que o outro resulta a menorização deste. E neste momento, Azevedo julga-se maior que o Sporting. Maior que o Mundo.

 

O que nos leva à doença. Não tenho formação clínica ou psiquiatrica e por isso não tenho qualquer legitimidade para estabelecer diagnósticos, mas aconselho a leitura, pensamento critico, retirada de conclusões e ponderação das consequências sobre o síndrome hubrístico em que o neurologista britânico David Owen lista os sintomas, dos quais bastam apenas 3 para se poder afirmar estar-se perante alguém com esse mesmo síndrome:

1 – uma propensão narcísica para ver o mundo em primeiro lugar como uma arena para exercer o poder e procurar a glória; 
2 – predisposição para fazer coisas de forma a melhorar a sua imagem;
3 – uma preocupação desproporcionada com a imagem e a apresentação;
4 – uma forma messiânica de falar daquilo que está a fazer e tendência para a exaltação;
5 – identificação com a nação ou a organização ao ponto de o indivíduo achar que os seus pontos de vista e interesses são idênticos;
6 – tendência para falar de si na terceira pessoa ou uso do plural majestático;
7 – confiança excessiva no seu próprio julgamento e condescendência em relação aos conselhos ou críticas dos outros; 
8 – crença exagerada em si mesmo, na fronteira da sensação da omnipotência;
9 – mais do que ser responsabilizável perante tribunal mundano dos colegas ou da opinião pública, acha que será julgado pela História ou por Deus;
10 – crença inabalável de que nesse tribunal será ilibado;
11 – perda de contacto com a realidade, muitas vezes associado a isolamento progressivo;
12 – inquietude permanente, indiferença, impulsividade;
13 – tendência para que, ao apreciar a rectidão moral de uma determinada opção, considere custos e benefícios;
14 – incompetência hubrística: as coisas começam a correr mal por causa do excesso de confiança e ele nem se preocupa com as dissidências.

in Artigo de Vitor Matos na Revista Sábado de 21.02.2013

 

José Sócrates, afirmam especialistas sofre. Miguel Relvas idem.

 

Não é física nuclear ou teoria das cordas. É simples, muito simples!


 
 

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publicado às 19:23

Carta aberta

por O 6º Violino, em 19.05.18

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Caro Bruno Miguel,

Esperava só ter de te dirigir estas palavras na segunda-feira, depois da final de amanhã. Esperei este tempo todo para não ser acusado de desviar o foco do que é importante. Mas tu não deixaste.

Não estava à espera que tivesses a decência de te demitires. Porque não és um Homem decente.

Não quero saber da tua vida particular para nada. És tu que a chamas para te fazeres de coitadinho. És tu que criticas quem às vezes o faz, mas és o primeiro a usar a tua família. És tu que usas e abusas da tua família. E ninguém quer saber disso para nada. Mas isso é um problema que só a tua família tem de resolver.

Bruno Miguel, eu sei que tu sabes que não tens mercado de trabalho para além do tacho que arranjaste. Tu sabes que os jogadores e os treinadores têm mercado, só tu e os teus "muchachos", tirando o Carlos Vieira, não têm.

És tu e a tua Direcção, os responsáveis por tudo o que se passou na Academia, sabias que ia haver confusão. Todos sabemos que não foi a primeira visita feita pelas claques. Já sabias o que se tinha passado no aeroporto do Funchal e posteriormente na garagem do Estádio. E não protegeste a "tua família", os jogadores, em nenhum desses casos.

És um irresponsável e só queres saber do teu emprego e dos teus familiares e amigos. Em véspera de uma Final de Taça fazes o maior ataque da história do Clube aos jogadores, os teus familiares que escolheste. Então os jogadores é que foram responsáveis? 

Esqueceste-te de dizer que na Academia vivem dezenas de miudos e que só estava um segurança à entrada?

Onde andam as dezenas de câmaras de segurança?

Sabes, já tenho pena por ti, porque estás doente, e temos de ser cuidadosos e carinhosos nas horas más, por muito que não prestes. E já tenho essa opinião há muito tempo, ao contrário dos teus "amigos" que agora te viraram as costas. 

Voltando às claques, tens coragem de acabar com o negócio dos bilhetes? Não tens, porque te serves das claques para fazer serviços em troca dos bilhetes. Acaba com as claques, se fores Homem!

A tua conferência de imprensa de hoje mostra que estás perturbado, que já nem sequer tens a noção do ridículo a que te expões. Mas pior que isso, não queres saber do Sporting para nada, não estás preocupado com o ridículo desta situação. Estás mais agarrado do que o Godinho em 2012, e essa marca vai ficar para sempre em ti.

Não queres saber da profunda divisão que criaste no Clube, porque só te vez ao espelho. És um novo rico que mudou a imagem com o ordenado do Clube, és um deslumbrado com o poder, mas o Sporting não é uma empresa de soalho flutuante nem tu já és mestre de obras.

Vai-te embora de vez! O Sporting agradece-te!
SL

 

 

 

 

 

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publicado às 16:34

Por favor Bruno, sai!

por Lizardo, em 16.05.18

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Por favor Bruno, sai. Sai e leva contigo os que trouxeste. Os putos das redes sociais, a Young Network, os amigos da fundação, o vendedor de cartões do Barclays, os novos empresários de jogadores que estão na fila da frente para agredir jogadores, os comentadores que não defendem o Clube e que defendem a tua pessoa.

Por favor Bruno, sai. Falhaste em toda a escala. Cinco anos de terrorismo. De perseguição a Sócios e Adeptos, de faltas de educação, de ameaças a profissionais, do Clube à Comunicação Social, de insultos a Magistrados e outros Profissionais e fornecedores.

Por favor Bruno, sai. Encara o fracasso que construíste. Encara a miséria que criaste e vais deixar para resolver. Não sairás pela porta pequena, sairás de rastos, prostrado em vergonha e sem capacidade de reação. És a vergonha de mais de três milhões de Sportinguistas e a vergonha de todo um universo de apaixonados pelos reais valores do desporto.

Por favor Bruno, sai. Mas sai rápido. Tu representas o pior que já aconteceu ao desporto em Portugal. És mal formado, incitas à violência recorrentemente, não olhas a meios para atingir os fins.

Por favor Bruno, sai. Sai e deixa a Judiciária resolver as polémicas que envolvem o Andebol, o futebol, comissões e outros exercícios relacionados com o fisco e a gestão financeira.

Por favor Bruno, sai. Sai antes que te expulsem. Pois não merecemos mais um episódio de violência. O Sporting não é isto, nem tem existido Sporting desde que tomaste posse.

Por favor Bruno, sai. Olha para a tua família. A família que tantas vezes citas para mostrar o teu lado mais humano. Sai, também eles querem a tua cura. Estás doente, cego, numa batalha contra Ti mesmo.

Por favor Bruno, sai. Sai sem sobressaltos. Sai, desparece para sempre. E faz-nos um favor, nunca mais comentes e fales sobre o Clube. Jamais entres numa instalação do Clube.

Por favor Bruno, sai. És a vergonha de um Clube. A vergonha de um país. A vergonha do mundo do desporto.

Por favor Bruno, sai!

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publicado às 10:07

Falência

por Trinco, em 16.05.18

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15 de Maio de 2018 será marcado como o dia em que um Clube centenário declarou falência. Não uma falência financeira ou desportiva (embora ambas virão inevitavelmente a ser também vitimas deste surrealismo em que mergulharam o Clube) mas uma falência moral completa e absoluta.

 

Foi um dia, culminar de semanas e meses de ambientes provocados e orquestrados, em que de manhã se sabe que o Clube é acusado de corrupção activa de forma continuada e até agora não negada de forma oficial e clara, à tarde vê as suas instalações violadas e os seus jogadores agredidos por "adeptos", sem que nada tenha feito para os proteger e à noite vê o seu responsável máximo, do Clube mas também do tempestade, afirmar que "Foi chato mas o crime faz parte do dia a dia" e o representante feito barata tonta a meter paninhos quentes e a convocar os órgãos sociais para uma reunião 6 dias depois.

 

Foi uma falência moral completa e absoluta. Uma falência da dignidade, honra e orgulho que sempre pautaram a acção de Sporting e Sportinguistas. Uma falência dos valores, da história de um Clube centenário. A falência da ilusão de sermos melhores. A falência do prazer de ser. A falência do respeito, da responsabilidade e da responsabilização. A falência da solidariedade. A falência da verdade e da transparência. A falência da decência. A falência da ética. A falência da inteligência. A falência do civismo e da urbanidade. A falência do estar e do ser. A falência funcional dos órgãos que autisticamente olham para uma qualquer realidade paralela. A falência do sentimento de pertença, da união e da noção do comum. A falência do associativismo e da tolerância. A falência do "nós" subjugada a um "eu. A falência do raciocínio, da lógica e do bom senso. A falência da postura. A falência da sanidade mental individual e colectiva.

 

Mais que as derrotas desportivas, mesmo as mais humilhantes ou desesperantes, mais que os rumos financeiros ao fio da navalha, mais que a reactividade aos processos de quem nos rege, agora e no passado, este dia marca a falência do Clube enquanto tal. Este dia é, de longe, o mais negro da sua história e temo que possa marcá-lo de forma irreversível e profunda na vida que lhe resta.

 

Por mim, assumindo que esta deverá ser das últimas vezes que escrevo sobre o Sporting sempre digo: Sou e serei do Sporting, mas este Sporting já não é o meu. Parafraseando uma das vitimas da barbárie de ontem: Foi um prazer estar com todos vocês!

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publicado às 09:30

 

 

Domingo, 14 de maio de 2000. Entrava em campo o Sporting. Aquele que nos dá orgulho. Aquele que encheu um campo já a rebentar pelas costuras e venceu um Salgueiros, sempre complicado a jogar na sua casa, por quatro épicos e históricos golos.

Matou-se um jejum de 18 anos. Quase duas décadas de loucura, de promessas vãs e de gestão sem critério e sem projeto. De ano zero em ano zero, contentores de jogadores todas as épocas, dezenas de treinadores, e claro, os Sócios, sempre nós, cegos, sempre a defender o problema e a culpar os que trabalhavam no terreno. Quem viveu estes tempos recorda-se da defesa intransigente a Sousa Cintra, achavam-lhe piada, era “chico-esperto”, um pato-bravo. E no universo do futebol profissional não basta tentar, é preciso saber.

Hoje não vivemos tempos muito diferentes. Por muito que queiram continuar a culpar José Roquette e o seu projeto, que de facto falhou na sua aplicação a longo prazo por razões que até o próprio lutou para que não se implementassem, foi este Presidente que criou um projeto sério, renovou um Clube datado, sem infraestruturas à altura da dimensão e grandeza do Sporting, e foi a sua direção que criou a SAD e que nos levou a quebrar o jejum. Bem diferente do que temos hoje, onde se começou por culpar:

1 – Os Roquettistas
2 – Os Croquetes
3 – O Futebol Clube do Porto
4 – A APAF
5 – A Liga
6 – Os Jornalistas
7 – Os Sócios / Sportingados e Governo Sombra
8 – O Benfica
9 – Treinadores e Jogadores

Começam a faltar alvos, e com tantos problemas já identificados por esta direção, ainda não teve a sapiência de fazer a sua autoavaliação. Pois é evidente que é na pessoa Bruno Carvalho e nos seus escravos ignorantes e fieis seguidistas que está e reside todo o problema.

O Clima criado é insustentável. Esta equipa morreu no relvado dos Barreiros. Este domingo para a Taça de Portugal todos esperamos e desejamos uma vitória, e a acontecer, até a festa da vitória terá um sabor amargo. Sinal do ambiente nojento que se criou e se vive.

Este Presidente cria estes ambientes, escreve posts e identifica pessoas minutos antes de jogos de futebol. Com que objetivo? Será que não quer promover confusão e agressões?

Este Presidente critica jogadores antes dos jogos. Com que objetivo? Criar animosidade nas bancadas?

Este Presidente incendeia Assembleias Gerais e pede uma inquisição à comunicação Social. Os jornalistas que estavam presentes foram ofendidos e quase agredidos. Terá sido leviana a intervenção de Bruno de Carvalho?

Ontem tudo o que se passou ultrapassou os limites da vergonha. Adeptos, os do costume, alguns bem identificados com o regime atual, que se gabam nos seus perfis de serem empresários de jogadores (rir bem alto) e que partilham fotos com os atletas, ontem estavam na linha da frente à espera em Alvalade. A ser verdade que invadiram a Garagem, quem permitiu, quem é a empresa de segurança que tem responsabilidades na gestão do espaço? Como é possível acontecer e com ordens de quem?

Marta Soares, se não for um banana, se não for um bombeiro incendiário tem que tomar decisões rápido e antes da final da Taça de Portugal.

Este clima envergonha o Clube em todo o mundo, fazendo lembrar os épicos momentos de comédia do tempo de Vale e Azevedo onde qualquer equipa vinha vencer ao Estádio da Luz, e depois de dois dedos de conversa, gritavam os adeptos pelo nome do Presidente em delírio, Vale Vale Vale… Similaridades que assustam.

Basta! Rua com esta gente. O Sporting não merece estes vírus e estes cancros que estão a destruir tudo o que de bom foi edificado e implementado desde o inicio do seculo. 

Amanhã será sempre tarde demais. Para Bruno de Carvalho tudo está podre, tudo congemina contra Si, nada está em conformidade. Resta ele, uma ilha deserta linda de morrer no meio de um oceano num planeta de um só continente onde toda a gente se conhece.

 

 

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publicado às 15:22

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Este fim-de-semana mais dois títulos importantes. Andebol e Futebol Feminino, e no futebol, o empate contra o Benfica coloca-nos em vantagem e a depender só de Nós para garantir o lugar da Champions League. Lugar que tem e deve ser nosso por total mérito.

Mas hoje o que me leva a escrever é realmente sobre esta mudança de paradigma nas modalidades ditas amadoras, e a eterna questão, porque se ganha e sempre se ganhou tanto nestas disciplinas, e sempre se ganhou tão pouco no futebol profissional?

Numa primeira apreciação a quente, a palavra “amadora”, explica muito sobre esse tema. Vivemos numa realidade desportiva cada vez mais focada no fenómeno futebol. Há falta de competitividade interna, não há publico, e como não há espetáculo, há pouco investimento de terceiros nas modalidades, ou seja, do Vólei ao Andebol, e até mesmo no Futsal e no Hóquei, não há um retorno financeiro forte e substancial que possa alimentar estas modalidades ao ponto de sermos competitivos e ganhar os principais títulos europeus.

Mas há aqui outro ponto, o amadorismo, ou seja, a carolice, o trabalhar com o coração, com a vontade, o viver uma paixão diária em cada secção. Aqui os melhores têm por hábito sair vencedores, pois são os que melhor trabalham, os que estão melhor organizados e não existe ainda o hábito de existirem intervenções externas de grupos empresariais e o peso sempre oculto de marcas que patrocinam Clubes e Competições.

O Futebol vive exatamente no prisma oposto. O Profissionalismo obriga não só a ter, também os melhores, mas obriga a uma constante evolução. O futebol evolui todos os dias, seja no plano de jogo, no departamento médico e físico, e claro, no plano financeiro. Há todo um sem fim de indivíduos e empresas associados a este fenómeno. E é aqui que reside o problema. É preciso ser não só melhor, mas ser acima de tudo o mais forte. E a força não se conquista sozinha, é o resultado e a aliança de esforços com todos os mais variados agentes e profissionais.

O Sporting sempre foi um exemplo, e todos queremos continuar que assim seja, na realidade das modalidades amadoras. O nosso ADN é esse. Competir e Vencer.

No Futebol vivemos hà décadas uma realidade oposta. Competimos mas não temos o hábito dos campeões, que é vencer consecutivamente. E não é por falta de investimento. Este ano é disso exemplo. Algo que ajudou e foi o fator chave nas conquistas do Vólei e do Andebol e todos esperamos que seja também no Futsal.

O Futebol está industrializado. Está repleto de CEO´s, de Marcas, de interesses, de investimentos bancários, dividas e juros, ações e outros mecanismos financeiros. De empresários que gerem o jogador como um número, onde o humanismo está cada vez mais recolhido e encostado na bancada.

O Sporting não pode continuar a viver e a gerir o seu Futebol como gere as modalidades amadoras.

O Sporting, neste caso a sua SAD, que gere o desporto rei não pode ser gerida pelas mesmas equipas que gerem o andebol ou vólei. São universos distintos. Dimensões opostas. Responsabilidades sem comparação e acima de tudo, a exigência de poderes é muito maior.

O que assistimos é a isso mesmo, pouco poder. Não contamos para nada, da Liga à FPF, da UEFA à FIFA, somos somente um Clube que ladra muito mas não morde.

O Sporting precisa renovar a sua gestão da SAD. Como está, e como se adivinha o futuro, com este fracasso a toda a escala da nossa formação, origem de muitos milhões em vendas nas últimas décadas, que agora secou, o futuro não é de todo brilhante.

Preparem-se, pois será a SAD o grande motor para uma mudança fundamental e urgente.

Em resumo, o amor e a paixão fazem mais que o muito saber sem vontade de o aplicar. Mas depois, feitas as contas, os segundos lugares, sejam com Bruno Carvalho e Jesus, ou com Soares Franco e Paulo Bento, serão sempre os primeiros dos últimos.

 

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publicado às 12:11


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