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A gente vai continuar

por Trinco, em 28.02.17

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Deve fazer muita confusão a alguns, por não procederem de forma igual e estarem amarrados à voz de um dono que outros não estejam e sigam livres, independentes e a pensar pela própria cabeça.

 

Não somos avençados de ninguém, não recebemos benefícios de ninguém, não temos relações próximas com ninguém, não temos projectos de poder, não temos ambições dentro do Clube, não procuramos o lucro pessoal, não fazemos parte de uma estrutura maior, não somos briefados, não recebemos ordens, não somos coordenados no que escrevemos e quando o fazemos, não estamos condicionados, não obedecemos a uma hierarquia.

 

Obedecemos apenas à nossa consciência. E isso, para alguns custa. Mas vai continuar assim.

 

Pensamos por nós e assim continuaremos. Sempre que encontrámos razão, fomos críticos de Roquette, fomos críticos de Cunha, fomos críticos de Franco, fomos críticos de Bettencourt, fomos críticos de Lopes, fomos críticos de Carvalho e seremos críticos de quem quer que seja o presidente a partir de dia 4.

 

Porque isto não é sobre nós. Não é sobre fulano ou sicrano. É sobre o Sporting. Apenas! Só!

 

Atenção e exigência!

 

Questionar e criticar, poderá causar controvérsia, mas também promove a discussão, promove a melhoria e fará crescer. Assim haja humildade e capacidade de entender e aprender o que se escreve. E o que se escreve é o que se escreve. Não é decididamente o que outros possam querer inferir e extrapolar.

 

Por aqui, mantivemo-nos razoavelmente afastados do período eleitoral. Fomos escrevendo de maneira razoavelmente superficial sem campanhas de preferência e enviesamentos. Aquilo que nos acusam, de estarmos ao serviço de um candidato, desmonta-se com desconcertante facilidade. De 66 posts desde a data em que esse candidato surge, em apenas 20 ele é referido. E na maior parte sem grande foco nele, e até com algumas referencias aos erros e seus pontos negativos.

 

Se escrevemos sobre o outro? Sim escrevemos. Como escrevemos durante a vida deste Blog e antes escrevíamos noutros meios. Como escrevemos sobre outras pessoas e outros acontecimentos. Acontece que ele é Presidente. Que tem 4 anos de mandato e acção e que por essa via tem a nossa atenção e foco na avaliação do que vai fazendo e desfazendo.

 

E lendo retrospectivamente, não nos arrependemos do que escrevemos. Não errámos muitas vezes e na maior parte das opiniões que demos, tivemos factos a sustentá-las ou a realidade a confirma-las.

 

E ainda bem que assim o fizemos. Não fizemos campanha e poupámos ruído num das piores períodos eleitorais que tenho memória. Uma campanha negativa, sem ideias e sem princípios, de ataques e ofensas, sem que o Sporting tenha sido enaltecido ou debatido. Um período de jogos de sombras, de mascarados, de tácticas e de cinismos. De posicionamentos estratégicos, de projectos pessoais e de dissimulações.

 

Se dum lado tivemos a confusão, alguma inacção, golpes auto-infligidos e o falhanço em ser a alternativa melhor que o Clube merecia, do outro lado os o habitual "way of being" com os ataques, a simulação, o uso abusivo da posição e dos meios a que a mesma lhe dão acesso. Resultado? Um rotundo nada! Minto! O baixar ainda mais da fasquia.

 

Obrigamo-nos a acreditar na capacidade e discernimento de cada um. Não endossámos nem recomendámos ninguém. Temos as nossas opções, como cada um terá as suas. Presume-se que tomadas em consciência e convicção, ainda que pessoalmente tema que menos baseadas em conhecimento e mais em simpatia de arrasto. Respeitam-se. Democraticamente. Como se respeitarão os resultados e também, democraticamente, se continuará a exercer o direito a pensar e questionar, sejam eles quais forem.

 

Continuaremos!

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publicado às 10:13

As eleições e o dia seguinte.

por O 6º Violino, em 27.02.17

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Por falta de tempo e de paciência, não tenho passado as minhas ideias sobre o processo eleitoral e as escolhas dos associados do Sporting Clube de Portugal.

Confesso que esperava muito mais do que tenho assistido, de ambas as candidaturas.

Comecemos pela candidatura da lista B de Azevedo de Carvalho (AdC), então:

Desde muito cedo, AdC julgou estar de cavalinho e que nem sequer necessitava de acelerar a sua campanha eleitoral, coisa que tem feito desde 2011. Propaganda barata e areia para os olhos dos adeptos e associados mais crentes, que após 4 longos anos, ainda acreditam nas falsas promessas de um Deus menor.

Tudo lhe corria de feição até ao dia do debate. 

Aconselhado pela empresa de de comunicação do seu colega de direcção, Quintela, tentou assumir um papel mais institucional, com o qual não sabe viver. É a mesma coisa que dizer à Maria Leal para cantar Amália Rodrigues.

Confuso, furioso, de olhos esbugalhados, sem olhar olhos nos olhos o seu opositor, preferiu olhar para o chão e para o lado contrário ao seu colega moderador, parecendo estar a ter visões.

Um enorme problema de personalidade quando se trata de debater como uma pessoa crescida, e não como um lider de claque, às quais paga para não o deixarem cair. AdC é isto na vida real. Um actor secundário, uma marioneta dos elitistas Ricciardis,dos Sobrinhos,dos Mosquitos, e de outras feras que têm levado o Clube àquilo que é hoje. 

Por muita falsa propaganda que faça, só engana quem anda distraído.

O debate correu-lhe mesmo mal. Ao inicio queria apenas 80 minutos, ao contrário dos 100 pedidos pelo outro candidato. Às tantas o seu colega moderador deu 30 minutos de tempo-extra para que AdC conseguisse virar um resultado que manifestamente lhe era desfavorável. Não consegui, tendo ficado "verde" de raiva. Acontece.

Gráficos, folhas rasuradas, a fazer lembrar o lampião Ventura, mostraram aquilo qua mais sabe fazer. Usar da demagogia, comparando apenas com o mandato de Godinho Lopes os seus martelados resultados. (VMOC'S são passivo, Azevedo!)

Parece que nada importa a um número exagerado de Sportinguistas que nada questionam,fazendo lembrar outros tempos os do "Roquettismo". Depois vemos onde chegámos. É cíclico, o adormecimento.

O que é novidade nestas eleições é o surgimento de novos adoradores de Ricciardi. Esses estão na comissão de honra de AdC, e nos candidatos ao Conselho Fiscal, Vicente Caldeira Pires, o primeiro elemento de órgão social da era Carvalhista a ser alvo de processo disciplinar (encapotado) e que saiu da antiga lista independente(?). Outro ginasta é o famoso (na terra dele) "Chirola dos fóruns", ex-devedor encartado de quotas ao Clube e que tantas vezes ameaçou os seus actuais amigos. Sim, volto a repetir, foi este cavalheiro, Fernando de Carvalho que agrediu Godinho Lopes em 2011. Um herói. Convertido, agora.

Durante o debate nada de novo apresentou para o futuro. Mais promessas, mais areia para os olhos, mais do mesmo. Gráficos repetidos, a fazer lembrar Nobre Guedes.

Nem a ajuda do colega moderador foi suficiente para que dali viesse algo de novo.

Ficou por responder a:

Se o inenarrável Geraldes fará parte da estrutura do futebol.

O motivo da venda de Montero.

A antecipação de receitas.

Quem é o comissionista Costa Aguiar.

Quem pagou aos advogados do Sporting para o representar nos processos cíveis a sócios.

E tantas outra coisas que Pedro Madeira Rodrigues (PMR) não teve arte nem engenho de fazer.

Sobre o candidato PMR, as primeiras notas vão no sentido de reconhecer coragem e ter escolhido o "timing" certo para manifestar a sua intenção de se candidatar.

Alguém completamente alheado do status quo actual que decidiu interromper a sua carreira profissional por uma causa.

Apresentou-se titubeante no discurso e vago no que pretendia. Aos poucos foi-se dando a conhecer, apesar de alguns tiros nos pés, talvez por inexperiência e por muitas "portas fechadas" por aqueles que julgam poder escolher candidatos a seu belo prazer.

Aceitar o apoio de Carlos Severino, a escolha do mandatário, apenas por ser neto de um dos mais "titulados" ex-Presidentes, foram um arranque "em seco" que em nada favoreceu a sua candidatura.

O seu programa eleitoral apresenta algumas propostas mal explicadas, como por exemplo, o Velódromo e o Clube Naval. Não soube explicar, muito menos o seu responsável pelo património quais as mais-valias desses projectos.

Rodeou-se de alguns elementos com vasta experiência e com provas dadas, e ainda assim não os soube capitalizar em prol da sua candidatura.

Apresentou Boloni para coordenador de toda a área do futebol, um bom nome, muito superior aos actuais responsáveis da Academia. Delfim será uma incógnita. Mas como pessoa dá 50-0 a André Geraldes. Pelo menos percebe de futebol.

Esteve bem no debate, excedendo as piores expectativas. Assertivo e singular na forma de enfrentar um adversário preso na sua capa institucional. Corajoso na forma como olhou nos olhos do mesmo, ou melhor, tentou, porque o adversário estava entretido com as suas visões.

Como projectos para o futuro pouco apresentou, também. Falar apenas da estrutura para o futebol não chega.

Bem no desafio de mostrar as declarações fiscais, coisa que AdC tinha feito em 2013, quando se dirigiu a Carlos Severino num debate.

Os sócios do Sporting querem saber de muito mais de ambos os candidatos. Dos dois, e no dia do debate, um fiasco total.

PMR venceu claramente o debate, não pelas ideias que apresentou, mas porque meteu AdC em sentido.

Passado o debate o que vemos? Um candidato/presidente, qual vitima de "bullyng" voltar à sua praia preferida, ao berço do seu aparecimento, o facebook. Mais de uma dúzia de posts dedicados a PMR, mostrando que o debate deixou marcas psicológicas quase insuportáveis. Um candidato/presidente que passa um fim de semana agarrado ao teclado não pode justificar o seu, agora, abastado ordenado. Um candidato/presidente calimero que tenta passar uma borracha em todos os insultos que proferiu aos associados, Presidentes de Núcleos, bem como das ordinarices relativas a árbitros. 

PMR ainda não aprendeu que não pode dar conversa a toda a gente, nem entrar em diálogo. O que se passou no Estoril prova que não aprendeu com o que se passou com o associado Baeta (mais uma vez candidato a conselheiro pela lista de Azevedo) no dia da apresentação da sua lista, no Auditório Artur Agostinho. Ainda não percebeu que vale tudo para o provocar e para o levar ao nível do Azevedo...

Posto isto, e perante tal pobreza, resta-me votar no menos mau, porque de AdC já estamos cheios destes 4 anos de zero títulos e de ser alvo de chacota alheia. Não há como lhe oferecer uma segunda oportunidade.

Quanto aos eleitores que pensam votar em branco, ou ficar em casa, com todo o direito, relembro que será passarem um novo cheque em branco a quem já provou não merecer.

O Sporting é que merecia muito mais do que isto, e no dia 5 cá estaremos para continuar a lutar por um Clube digno dos seus fundadores, sem aqueles que hoje se esconderam. Sim, falo em Pedro Baltazar, Rogério Alves, João Benedito, Tomás Froes, Mário Patrício e outros que continuam na sombra à espera que a presa morra.

SL

 

 

 

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publicado às 13:51

Este Clube não é para coerentes!

por Trinco, em 27.02.17

img_770x433$2017_02_26_23_47_37_1230219.jpgFoto: Vítor Chi/Record

 

 

Quem quiser que entenda...
(e não se fiquem pelos actores em 1º plano)

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publicado às 09:46

Ó José embala o menino

por Trinco, em 26.02.17

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É o que parece fazer Ricciardi aos Sportinguistas.

 

Depois de conhecida a gravação, é degradante, e ao mesmo tempo sintomático, ver o spinning que muitos adeptos do Azevedo de Carvalho Futebol Clube fazem da mesma conversa. Uns optam por assobiar para o lado, outros que há que dar o beneficio da dúvida, outros que o adversário é fraco, que é um xoninhas e que está ao serviço de tudo e mais alguma coisa, sendo o maior dos escudos deflectores a data da gravação.

 

Falar do que lá está, do conteúdo do que está planeado é que não dá muito jeito.

 

É que o momento pouco mais é que irrelevante para a gravidade do que ali é dito. Aquilo é a certidão de óbito do Clube e a prova que existe uma casta de illuminati que põe e dispõe do Clube e da sua identidade, derrotando qualquer veleidade de auto-determinação, logo à nascença. O Clube, para eles é apenas o que eles,caprichosamente, deixarem e quiserem que seja. Como um brinquedo. Era assim antes, foi assim até agora, será assim daqui para a frente. E não tem muito a ver com eleições. Com estas eleições. Tem a ver com a identidade do Clube e com o Clube que queremos.

 

Na gravação, o plano está explicado e os seus autores identificados. Como estão explícitos os seus alinhamentos actuais de braço dado com o actual Presidente. Ambos. Ricciardi e Satar. Como algo que pode fazer o plano acontecer está também já aprovado em AG pelos sócios. Bem no meio da reestruturação apresentada num contexto de inevitabilidade. E não há volta que se lhe dê ou manobras de diversão que se criem para esconder isto.

 

Há apenas um argumento que poderei respeitar, O argumento daqueles que acham que efectivamente a maioria do capital da SAD e o seu controle deva sair da esfera do Clube permitindo a sua gestão por terceiros. Não concordo, e o dia que isso aconteça será o dia em que o Clube para mim morre, mas respeito a convicção.

 

Mas mesmo para estes pergunto: É mesmo a Ricciardi ou a alguém que ele manipule, qual "master puppeteer", que querem entregar a SAD e o futebol do Clube? Arguido por negligencia no caso GES, conhecedor e por isso mesmo cúmplice das ilegalidades, conforme a sua delação premiada o confirma e elemento constante desde 1995 nas sucessivas gestões do Clube que nos levam ao ponto em que nos encontramos?

 

Ainda há dias se soube que o o dono do Mónaco pretende comprar um clube belga. Já faltou mais...

 

P.S. Noutra frente, ver Azevedo de Carvalho a acenar com o medo da Doyen depois de ter assinado um protocolo com a Traffic, empresa epicentro do enorme escandalo de corrupção na FIFA, é algo que só nos pode fazer perguntar até onde vai a desfaçatez?

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publicado às 19:32

O Master Plan

por Trinco, em 26.02.17

Caiu ontem ao fim da noite como uma bomba, este vídeo com a gravação de uma conversa onde são facilmente reconhecíveis alguns apoiantes do actual presidente.

 

Isto já não se trata de uma luta eleitoral (até porque o que se dispõem a fazer, afirmam-no para ambos os candidatos). Isto trata-se do fim do Clube tal como o conhecemos.

 

É bom que os Sportinguistas percebam o que verdadeiramente está e estará nos próximos anos em causa!

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publicado às 08:39

Os heróis do teclado

por Trinco, em 25.02.17

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Os heróis do teclado é uma expressão generalizada que identifica todos aqueles que se escondem no conforto da distancia provocada por uma  rede social para anonimamente ou não, tecerem comentários ou proferirem insultos acerca de outrem.

 

São um fenómeno em deprimente crescendo, que usa e abusa das pós-verdades para alterar factos com as suas opiniões. E quando tudo falha, e falha mais vezes que poucas, optam pelo simples, directo e boçal insulto e assassínio de carácter.

 

O que se esperaria menos é que alguém, que se afirma líder nato, com uma qualquer capacidade sobrenatural para comandar tudo e uma inteligência e conhecimentos superiores opte também ela por esta via.

 

Depois de num debate frente a frente ter apenas bufado e olhado para baixo, transmitido o desconforto sentido, levando inclusive o árbitro do encontro a dar prolongamento para ver se a equipa da casa equilibrava a coisa (e nem sou dos que têm a opinião que tenha perdido de goleada, note-se), escolhe o bom velho teclado para insinuar por interpostos bytes aquilo que declaradamente não teve coragem de fazer na cara.

 

E nem a narrativa da posição presidencial serve, pois não só ali era candidato (apesar do momento "eu é que sou o presidente da junta") como se alega isso, de cada vez que faz o login na dita plataforma não deixa de o ser.

 

Foram, ao longo do dia de ontem 6 intervenções de vitimização (logo ele...) e de critica e insulto insinuado ao adversário.

 

Mas faz mais. Usando a sua posição presidencial de "patrão", faz o canal do Clube, numa demonstração de falta de isenção tremenda, transmitir um discurso em directo em que tenta repetir o debate do dia anterior, mas desta vez sem contraditório, que é bem mais confortável.

 

Azevedo de Carvalho ruge quando está confortável. Quando tem as costas quentes decorrentes da sua posição no contexto em que se transmite. Quando fala de púlpito e não sofre o contraditório. Em debate esboroa-se-lhe a máscara de "chosen one" e mostra o seu real valor.

 

P.S. Dirão alguns que não tenho moral para falar de heróis do teclado uma vez que escrevo sob anonimato, mas lembro duas coisas. Nem eu insulto ou insinuo insultos, criticando e dando a minha opinião, na maior parte das vezes sustentada em factos que apresento como, exactamente para evitar esses mesmos heróis, pela primeira vez na minha vida optei por esta via de anonimato.

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publicado às 08:25

Distorções

por Trinco, em 23.02.17

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O omnipresente de há umas décadas a esta parte na gestão do Clube, José Maria Ricciardi, afirmou há dias em entrevista ao sempre muito simpático Record, que "O ambiente não era propício a qualquer espécie de reestruturação, que aliás não se fez.", referindo-se à reestruturação de Godinho Lopes.

 

Tal, será factualmente verdade. Como é verdade que a reestruturação de Julho de 2013, levada a cabo por Azevedo de Carvalho seria na sua essência plasmada do projecto apresentado e aprovado em Abril de 2012 (a mesma AG que viu Azevedo de Carvalho apresentar o fundo americano de Baptista da Silva e aprovar o regulamento das Assembleias Gerais com base também em propostas suas).

 

Em ambas, o plano assentava na fusão da SPM com a SAD, transportando activos como o direito de superfície do estádio para esta de maneira a promover as contas para limiares mais aceitáveis. Para tal, quer uma, que outra, prorrogavam os prazos do direito de superfície, promoviam o aumento de capital da SPM por via da valorização desta prorrogação, limpavam a divida do Clube à SAD e de Clube e SAD à banca através dum empréstimo suportado pelo Clube de €68M, estabeleciam novas hipotecas.

 

A de 2013 foi mais adiante (como a de 2012 seria obrigada a ir) transformando divida em capital, promovendo outro aumento de capital (o tal investidor de €18M que já terá entrado mas a ninguém se apresenta), bem como a emissão de dois novos lotes de VMOC's que absorvessem passivos uma vez que são contabilizadas como capital próprio.

 

Acontece que, como o tal omnipresente afirma, a gestão de Godinho Lopes nunca conseguiu cumprir os pressupostos e finalizar o restante das negociações que permitisse colocar em prática a dita reestruturação, pelo que é legitimo afirmar que não foi ele que a fez ao não conseguir colocá-la em prática. No entanto é indesmentível que a mesma foi na sua base e essência, a origem da posteriormente aprovada.

 

Aliás, o que impediu a sua colocação em prática, como reconhecido na citação, foi o ambiente menos propicio. Ambiente esse que tem evidente e maior responsabilidade do Conselho Directivo de Godinho Lopes, mas também do que foram dois anos de fogo cerrado num clima quase de guerra civil, do exercício de contra-poder e de uma cisma de alguns influentes, descontentes, além do desnorte que se verificava, com o alheamento que iam sentido dos responsáveis do Clube em relação ao que se achavam em condições de impor. Tanto que promoveram reuniões preparatórias ao estilo de concilio papal para decidir, sim, decidir quem deveria tomar a presidência do Clube. Vários dos promotores e presentes nessas reuniões, estão, seja na comissão pela honra de Azevedo de Carvalho, seja até nas listas aos órgãos sociais, com o actual presidente e candidato. Sintomático!

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publicado às 13:30

Os pagantes

por Trinco, em 23.02.17

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Este não será um post fácil, nem interessante para a maior parte. Não será (ou não é essa a intenção) um post de critica eleitoral, mas antes o apontar de uma dificuldade que o Sporting associativo atravessa há décadas e que tarda em ser verdadeiramente abordado que é o rácio de pagantes. Aqueles que verdadeiramente contribuem.

 

Mesmo podendo haver um aumento por escala das receitas, de pouco esta serve se não se perceber o problema que é a (in)fidelização dos sócios do Clube. Do desperdicio potencial que é.

 

Segundo a "Radiografia ao grupo Sporting" apresentada pelo CFeD em AG de junho de 2013 temos que:

 

em Maio de 2010 existiam 87.677 sócios em que só 47,26% (41.432) apresentavam as quotas em dia produzindo um valor de quotização de €4.93M (valor ponderado pela distribuição SCP/SAD)
em Maio de 2011 existiam 91.388 sócios em que só 47,47% (43.384)apresentavam as quotas em dia produzindo um valor de quotização de €4.38M (valor ponderado pela distribuição SCP/SAD)
em Maio de 2012 existiam 95.286 sócios em que só 49,50% (47.166) apresentavam as quotas em dia produzindo um valor de quotização de €4.23M (valor ponderado pela distribuição SCP/SAD)
em Maio de 2013 existiam 100.956 sócios em que só 49,50% (47.166) apresentavam as quotas em dia produzindo um valor de quotização de €5.03M

 

Em 2017, utilizando e relacionando os dados dos votantes com o que se verificou no último acto eleitoral para extrapolar o numero de pagantes, poderemos ter perto de 150.000 sócios, em que só 42% (63.000) apresentam as quotas em dia produzindo um valor de quotização de €7.72M

 

Daqui, retira-se também que cada sócio pagante contribuiu anualmente e em cada um destes anos com um valor à volta dos €110.

 

Como se retira a identificação de potencial desperdiçado nos sócios que o Clube não consegue motivar a contribuir, por pouco que seja.

 

Usando a extrapolação anteriormente referida, teremos neste momento 87.000 não pagantes onde, retirando os que já há muito se desligaram e apenas foram mantidos como numero por questões meramente comerciais, estão os que, conjugadamente com a angariação de novos associados, urge cativar e trazer de volta para o Clube. Em abstracto, uma recuperação de metade desses 87.000 poderia significar uma receita anual acrescida de €4.78M. E isto sim, podeia catapultar sustentadamente o Clube para outros niveis.

 

Tanto como fazer sócios, é preciso estabelecer estratégias e mecanismos que os vinculem. Que os motivem a participar e que vão de encontro às suas necessidades. Não basta ver o sócio como um numero para a estatistica e peso comercial, mas como alguem que precisa permanentemente ser enquadrado para se sentir verdadeiramente pertencente.

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publicado às 10:16

O regulamento eleitoral

por Trinco, em 20.02.17

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Em 27 de Maio de 2011, Bruno Miguel Azevedo Gaspar de Carvalho, Sócio nº 15.531, no seguimento dos acontecimentos de Março anterior que lhe levantaram dúvidas em relação ao resultado das eleições e lisura dos seus processos apresenta uma proposta de Regulamento Eleitoral onde, no nº2 do Artigo 8º, correspondente ao tema dos Cadernos Eleitorais previa:

 

Tais cadernos, de que constam todos os sócios com capacidade eleitoral activa, estarão concluídos e disponíveis até 96 (noventa e seis) horas antes do início do acto eleitoral, devendo ser imediatamente afixados na sede do Sporting Clube de Portugal e publicados no sítio oficial do Sporting Clube de Portugal na Internet.

 

Em 24 de Abril de 2012, é aprovado e entra em vigência o Regulamento das Assembleias Gerais do Sporting Clube de Portugal onde , no º2 do Artigo 30º , igualmente sobre o tema dos Cadernos Eleitorais está previsto:

 

Tais cadernos, de que constam todos os sócios com capacidade eleitoral activa, estarão concluídos e disponíveis até 15 (quinze) dias antes do início do acto eleitoral, devendo ser imediatamente afixados na sede do Sporting Clube de Portugal e publicados no sítio oficial do Sporting Clube de Portugal na Internet.

 

Mais uma vez a incoerência a demonstrar-se um valor forte nos actuais órgãos sociais.

 

E nem a alegação do "o inalienável direito dos sócios do Sporting Clube de Portugal à não divulgação pública dos seus dados pessoais" colhe, pois não só é permitido explicitamente na Lei de Protecção de Dados Pessoais, como existe o consentimento pelos sócios ao aprovarem o dito Regulamento em Assembleia Geral.

 

Mas se ainda assim, consideravam a norma abusiva, tiveram 4 anos de mandato para a alterar, não o tendo feito, assumindo-se assim a sua concordância.

 

Perante tudo isto, qualquer interpretação sobre as reais razões desta recusa, com desculpas cada uma menos sustentada que a outra, o incumprimento das suas obrigações e o incorrer na ilegalidade será válida.

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publicado às 14:33

Conversa da treta

por Trinco, em 20.02.17

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Tenho, neste espaço e por opção própria, me afastado de grandes comentários sobre as tricas e discussões eleitorais. No entanto, algo me parece impossível deixar passar em branco.

 

Azevedo de Carvalho, num discurso no Núcleo Sportinguista de Moura, onde mimetizou Paulo Futre (sim, esse que fugiu para o Porto alegando razões psicológicas e preferiu o Benfica ao Sporting no regresso a Portugal, festejando efusivamente golos contra este), tratando os presentes como catraios, afirmou que Madeira Rodrigues "andava a vender o Clube lá fora".

 

Será que a memória é tão curta que se esquece que apareceu lado a lado com (e nem vou fazer comentários à origem e honorabilidade do dinheiro ou seus detentores Leonid Tyagachyev, ex-presidente do Comité Olímpico Russo e ex-agente do KGB, Alexander Nazarov, ex-governador da Chukotka e Yuri Pachechnik, dono da empresa de construção civil Stroi Center,  apresentando estes como investidores num fundo de capital de risco (do mesmo tipo aos quais agora faz peito) de €50M que seguramente não seriam isentos de contrapartidas?

 

Ou que a 24 de Abril de 2012, em Assembleia Geral em Odivelas, apresentou a garantia da entrada de €70M na SAD provenientes de um fundo norte-americano que lhe tinha sido proposto por essa tão idónea personagem, Artur Baptista da Silva (sim, o mesmo que se fazia passar por economista, professor de uma universidade americana inexistente e consultor da ONU)?

 

Não contente com isso, ainda consegue afirmar que não adianta pôr dinheiro no Clube pois "o investimento vai logo parar aos bancos". Isto quando ainda há meses afirmou a entrada de um, sem que ainda o tenha identificado e quando o plano de reestruturação assim obriga, apresentando inclusive uma medida, o naming de Estádio, Multidesportivo (que até já tem, mas em frente...), Academia e Pavilhão que não só é repetida do programa de 2013, sem que nada tenha conseguido ser alcançado (quem consegue o naming se nem metade das bancadas têm patrocínio) como é base do que Madeira Rodrigues tenta "vender".

 

Garantidamente a incoerência é valor de alto significado para Azevedo de Carvalho, apostando em consonância com a indiferença critica e falta de memória e conhecimento de muitos Sportinguistas de olhos enevoados com o auto-proclamado D. Sebastião.

 

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publicado às 09:48

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