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Eclipse Oliveira

por O 6º Violino, em 31.08.16

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Apenas alguns factos, antes do fecho período de entradas e saídas. Hoje calha a Paulo Oliveira.

-Paulo Oliveira foi uma razoável contratação.

-Paulo Oliveira quando chegou fez uma péssima pré-época.

-Não foi utilizado na primeira fase da temporada por Marco Silva.

-Os defensores de Azevedo de Carvalho viam ali um novo "Ricardo Carvalho" e exigiam a convocação para a seleção.

-Serviu de arma de arremesso contra Marco SIlva, à semelhança de outros pseudo-craques de que hoje ninguém se lembra.

-Paulo Oliveira acabou a temporada a titular com Marco Silva.

-Paulo Oliveira pouco conta para Jorge Jesus.

-É apenas a quarta opção (se ficar) do plantel.

-Paulo Oliveira nunca será um enorme central. Nem hoje, nem no passado, dificilmente no futuro.

-Jesus nunca conseguirá potenciar Paulo Oliveira. Nem outros "Paulos Oliveiras".

 

SL

 

 

 

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publicado às 10:21

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Pensei escrever este texto somente no final da janela de transferências. Mas depois do jogo é muito fácil apostar.

Estamos em primeiro lugar, três jornadas, três vitórias que não merecem qualquer contestação.

No passado domingo, em Alvalade, no tão medíocre futebol português, estavam quatro campeões da europa em campo, Adrien, William, Patrício e Danilo, e claro, Campeão da Europa e do Mundo, Casillas.

O Sporting venceu, convenceu e ofereceu garantias para a longa época que se aproxima.

Mas, como é nosso apanágio, nunca conseguimos viver e comemorar vitórias durante muito tempo. A conferência de imprensa de Jorge Jesus, cheia de recados internos, seja para o Presidente, seja para os jogadores, levantou o véu para os problemas, que nem 24 horas passadas da vitória no clássico, iriam surgir.

Slimani está de facto na porta de saída, e Adrien quer sair.

E é sobre o caso Adrien que nos devemos focar.

Adrien é um exemplo. Um jogador formado e bem formado, um exemplo de profissionalismo dentro e fora do campo. Na minha opinião deveria ter evitado a “entrevista” que ofereceu ao Jornal O Jogo, esqueceu no calor do momento que é Capitão de uma grande instituição, esqueceu que é Campeão Europeu e não se comportou com a elevação que estes títulos obrigam.

Mas, e há sempre um mas, o que se retira desta “entrevista” é o facto de ficar evidente e presente no top of mind dos associados e adeptos de futebol que o Presidente Bruno Azevedo de Carvalho lhe tinha prometido, no ato de renovação de contrato, que estaria aberto a negociar caso surgissem propostas vantajosas.

A realidade de hoje é completamente diferente, não podemos esquecer que este episódio não é um caso isolado na gestão de Azevedo de Carvalho, pois Cédric, Rojo, Jefferson, Slimani, William, e agora Adrien, não viram as promessas prometidas serem concretizadas taxativamente.

É uma realidade que o Presidente deve defender os interesses maiores do Sporting Clube de Portugal. E isso é inegável, não há dinheiro no mundo que possa resolver a ausência de Adrien Silva no nosso meio campo.

Mas é também uma realidade que o Presidente continua a cultivar a imagem de ser um homem com “H” pequeno e sem palavra.

Se mentir deliberadamente e até de forma estratégica para o seu rebanho lhe vai dando credibilidade, não deixa de ser preocupante quando se fecha em copas e não cumpre com o prometido com a principal matéria-prima do Sporting, os seus jogadores, e neste caso, um jogador bandeira formado em Alcochete, que representa em Si os principais valores do Clube.

Este tipo de comportamento pode criar no futuro um conjunto de problemas graves no balneário. O Descrédito cada vez maior de Azevedo de Carvalho, ou Babalu, como é carinhosamente apelidado pelos jogadores, vai-lhe retirando margem de manobra. É cada vez mais um homem só na sua cadeira de sonho.

 

É portanto importante perceber que Azevedo cometeu um erro de principiante, erro crasso, tão típico dos ditadores sedentos de poder. Ao prometer sem poder cumprir, ao contratar um treinador como JJ, colocou todo o seu futuro imediato nas mãos destes dois grupos, jogadores e equipa técnica.

 

E todos nós já vimos jogadores despedirem treinadores e presidentes, bem como, treinadores que são alicerces de todo um projeto, que com a sua saída levam toda uma direção.

E em ano de começar a campanha eleitoral, a posição de Azevedo de Carvalho vai ficando mais frágil a cada dia que passa.

Este é um episódio que certamente não irá ficar resolvido no dia 31 de agosto pelas 23:59.

A imagem de mitómano está gravada na sua pele. Os jogadores não o identificam como o líder que ambiciona ser, e Jorge Jesus tem tudo na sua mão.

Estas duas semanas de paragem são fundamentais para o futuro próximo do Sporting. Que se pense e repense, que exista mais dialogo e mais transparência, pois, grandes nomes, contratações sonantes, grandes treinadores e grandes expetativas, são promessas e momentos que todos os Sportinguistas vão vivendo faz muitos anos.

 

Adrien deveria ficar, para o bem do sucesso desportivo.
Adrien deveria sair, para credibilizar Azevedo de Carvalho.

Escolha a sua preferência, a sua escolha revela muito do que será e é o Sporting atualmente e será no futuro.

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publicado às 12:00

Triplo Jackpot

por Trinco, em 28.08.16

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Um bom fim de semana a ser culminado num belo fim de tarde!

Que do lugar em que estamos, até Maio não saiamos!

 

[foto: record.pt]

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publicado às 19:59

Duplo Jackpot

por Trinco, em 28.08.16

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O Sporting, através de Azevedo de Carvalho, conseguirá por estes dias um duplo jackpot.

 

Vende João Mário ao Inter por €40M e venderá, ao que tudo indica, Slimani para o futebol inglês por perto de €30M

 

João Mário, no Clube desde 2006 quando entrou para os Sub11 vindo do Porto (bem dita deslocalização familiar), será, na minha opinião, apenas o melhor produto da formação do Clube desde Cristiano Ronaldo. Depois de um proveitoso empréstimo ao Vitória de Setúbal de Couceiro onde cresceu, conquista o seu espaço com Marco Silva na época seguinte e afirma-se com Jorge Jesus ao ponto de chegar a titular da selecção que se sagra Campeã Europeia.

 

Slimani chega ao Clube em 2013, por um valor irrisório no que é inegavelmente um dos poucos tiros certeiros de Azevedo de Carvalho, etiquetado de tecnicamente pouco evoluído, mas compensando claramente na entrega, tendo sido quase sempre indiscutível com Jardim, Silva e Jesus, muito também por conta de uma persistente falta de alternativas. Tem neste momento 28 anos.

 

Estas vendas são boas. São excelentes negócios. Slimani será mesmo o grande negócio de Azevedo de Carvalho. Infelizmente no meio dos quase 70 jogadores profissionais já contratados será caso quase singular.

 

E João Mário também, mesmo não cumprindo a promessa de só sair pela clausula. É que €40M+€5M por objectivos não é a clausula, por mais que queiram enfeitar o embrulho.

 

E o facto de estas vendas extraordinárias pouco acontecerem em mandatos anteriores, pelas mais variadas razões, não faz delas agora actos de gestão de excelência. Fez o que lhe competia. Apenas e só! E ainda bem! Fez o que fazem quase todos os clubes Portugueses à sua escala. Já vai sendo tempo de mudar de benchmark para avaliar esta gestão...

 

São valores que bem aplicados poderão dar ao Clube boas perspectivas de futuro. Infelizmente, tendo em conta a linha de rumo poderá não ser assim tão linear, verificando as várias apostas falhadas, umas por incompetência na avaliação global dos jogadores, outras por capricho. E temo só de pensar no que acontecerá em ano de eleições...

 

Mas são vendas normais (dentro da anormalidade que são por agora os mercados das transferências) numa gestão de um Clube que infelizmente continua vendedor (e assim terá que continuar a ser) e dependente destas vendas extraordinárias. E como desesperava a SAD e a sua administração por elas acontecerem como prova a abordagem ao mercado, as contas dos trimestres passados e os compromissos assumidos. 

 

E aqui está possivelmente o maior problema, Quase 4 anos depois, continuamos dependo destas receitas extraordinárias, tal como dependemos nos anos anteriores, para manter a actividade dentro dos padrões minimamente exigíveis. Pouco mudou no paradigma do funcionamento económico-financeiro do Clube. O que muda, infelizmente para nós é que infelizmente o filão da formação parece estar a morrer e não é com empréstimos ou contratações de jogadores acima dos 25 anos que estas mais-valias se voltarão a produzir.

 

Já Jorge Jesus fica mal na fotografia, reclamando arrogantemente (o normal...) os louros destas vendas para ele, esquecendo que não fosse o que aconteceu em França neste Verão dificilmente as coisas teriam este desfecho, omitindo uma série de jogadores que ele efectivamente desvalorizou, afirmando que por esta altura no ano passado ninguém queria nenhum dos nossos jogadores o que é pura e simplesmente mentira!

 

P.S. Hoje é dia de vestir a verde-e-branca e esperar que mais logo, se atinja o triplo-jackpot em Alvalade! 

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publicado às 08:53

Cirurgias

por Trinco, em 23.08.16

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Em Abril de 2014, perspectivando-se a época 2014/2015 dizia:

Com certeza absoluta que haverá mexidas cirúrgicas no plantel, perante uma realidade que felizmente é diferente da deste ano, em que não fomos às competições europeias, um dado que foi muito mau para nós, pela segunda vez na história, e não queremos repetir. Haverá de forma cirúrgica uma melhoria, tendo em conta as responsabilidades acrescidas da próxima época

MAIS FUTEBOL - 9 DE ABRIL DE 2014 - 16:30

 

Entraram, apenas para a equipa A: André Geraldes, Paulo Oliveira, Naby Sarr, Ramy Rabia, Jonathan Silva, Nani, Oriol Rosell, Simeon Slavchev e Junya Tanaka com Ewerton a entrar em Dezembro/Janeiro



Em Julho de 2015, perspectivando-se a época 2015/2016, não dizia, mas alimentava os media com a informação nunca desmentida:

O Sporting vai contratar apenas dois ou três reforços ‘cirúrgicos’ e com experiência para a próxima época e conta com Jorge Jesus para potenciar o rendimento e valorizar os jogadores do plantel, segundo fonte da direção do clube.

SAPO DESPORTO C/ LUSA - 9 DE JUNHO DE 2015 - 21:13

 

Entraram, apenas para a equipa A: João Pereira, Azbe Jug, Ezequiel Schelotto, Naldo, Michaël Ciani, Bryan Ruiz, Alberto Aquilani, Bruno Paulista e Teo Gutierrez com Sebastián Coates, Marvin Zeegelaar, Bruno César e Hernán Barcos a entrarem em Dezembro/Janeiro.

 

 

Em Abril de 2015, perspectivando-se a época 2016/2017 dizia:

Vamos manter aquela que é a equipa e os seus valores e faremos unicamente contratações cirúrgicas. Apenas duas ou três e absolutamente cirúrgicas.

TSF - 19 DE ABRIL DE 2016 - 19:55

 

Entraram, apenas para a equipa A: Marcelo Meli, Alan Ruiz, Lukas Spalvis, Beto e Joel Campbell ao que brevemente se juntará André e ainda se deseja um lateral esquerdo, um defesa central e eventualmente mais um médio e outro ponta-de-lança de raiz.

 

Estranho conceito de cirúrgico este...

 

P.S: Se me é permitida uma pergunta ao estilo duma página recentemente criada e que muito incómodo parece estar a gerar, quem representou o Clube nas negociações com o Corinthians pelo André?

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publicado às 09:37

"Saraiva de Carvalho"

por O 6º Violino, em 19.08.16

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Cá estou eu de volta a falar da maldita Comunicação do Sporting Clube de Portugal.

O novo Director (?) de Comunicação do Sporting não aprende. Em mais um dos seus infanto-juvenis escritos utiliza a página pessoal enquanto Director de Comunicação para responder a comentadores de outras agremiações. Alguém ouviu o Director de Comunicação dos lampiões? Não seria esse o nível ao qual devia responder? Mas pior (sim, pior é possível), responde a um gaiato instrumentalizado e sem cara para levar um estalo, que passa horas agarrado aos teclados e sem vida própria. Um boneco. Mas, "Saraiva de Carvalho" consegue descer a este nível, perdendo a noção do ridículo dos seus escritos e dos seus alvos. Só tem uma explicação : é caixa de ressonância do miúdo que preside ao Sporting, o qual quer (sem sucesso óbvio) alterar a sua imagem exterior, sendo que estamos a pouco mais de meio ano do acto eleitoral. Nada nem ninguém consegue apagar da memória os demasiados tristes episódios por si protagonizados. Já é tarde.

Todos sabemos que o objectivo desta triste arte de comunicar é fazer de "encantador de serpentes" para os que vivem ainda alucinados com este tipo de comunicação reles.

O que os sócios e adeptos do Sporting gostavam de saber e de ouvir era novidades sobre:

Qual o motivo de 3 das 4 bancadas estarem sem patrocínio?

Qual o motivo de os bancos de suplentes estarem sem patrocínio?

Há cerca de um ano, o contabilista Carlos Vieira, a propósito da falta de sponsor nas nossas camisolas, chegou a dizer que iríamos negociar "jogo a jogo".... Nem isso aconteceu, como é lógico, nem o contabilista voltou a falar.

Vai dizer o mesmo sobre as bancadas? E sobre os bancos de suplentes?

A Academia já tem "naming" ?

As equipas da formação já têm patrocínios?

Ainda sobre a Academia, qual o papel de Virgilio ? 

Qual o conhecimento que tem Guilherme Pinheiro de formação, para além de ter perdido o Cervi?

E qual o papel do ex-apontador de lances livres do basquetebol, para além de motorista do Guilherme?

Os antigos quadros que trabalhavam e davam a cara pela Comunicação ainda lá estão ou foram dispensados?

Não havendo "tesouraria" para um avançado, há para a frota de BMW's?

Senhor "Saraiva de Carvalho", para fazer este tipo de escrita não é necessário um "Major", basta um "Capitão", nem que seja de meia tigela. Para estar ao nível de um qualquer "Pedro Guerra" ou "Hugo Gil", bastam as ovelhinhas que pastam nas redes sociais.

Lembra-se das fotografias que meteu no último escrito? Eu relembro: Gomes da Silva, Pedro Guerra e Hugo Gil. Acrescentou ainda um ponto de interrogação... Porque será? Era alguma indirecta a quem lhe arranjou este trabalho? Vá...tenha juízo....

Não ridicularize o seu cargo, mas acima de tudo não ridicularize o Sporting.

Uma casa de palha cai com o vento.

SL

 

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publicado às 14:09

Brunistão

por Trinco, em 17.08.16

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O Brunistão é um estado criado na sequência de um período de convulsão e descrença que leva alguém praticamente desconhecido e sem competências conhecidas à liderança de uma nação histórica.

 

O ascender ao poder baseou-se em mensagens de esperança e rigor, que rapidamente descambaram para o populismo. Programa e promessas são reinterpretados e secundarizados por cenários estrategicamente criados para fortalecer o regime.

 

Desde logo se vincou a pretensão de que o estado criado se sobrepusesse à história secular da nação, tornando-se num estado quase totalitarista, centrado no seu líder, numa aproximação quase religiosa ao messianismo. Este revisionismo histórico revela-se, incongruentemente, desde a omissão de feitos anteriores que possam colocar em risco a interpretação de momento único de pujança que se quer difundir, até ao acrescentar batalhas vencidas sem rigor ou sustentação histórica das mesmas ao palmarés nacional.

 

Este estado é agora regido num pressuposto de verdade suprema e única, provenientes exclusivamente das ideias e palavras do seu líder, onde a justiça popular é tida como razoável, aceitável e até desejável na apreciação do passado imediato e de outros proclamados inimigos de estado.

 

Para isso usa várias direcções gerais de propaganda e promoção do regime que se espalham por vários meios de comunicação. Já teve uma direcção de gestão de crise, entretanto dissolvida por desencontros intelectuais e comportamentais, mas mantém desde sempre uma direcção geral de propaganda, responsável pela transmissão da mensagem e da verdade, não se inibindo no entanto o seu líder, de tomar o papel principal nessa frente.

 

Também na dependência destas direcções, mas noutra linha de acção existe a polícia de estado, que conta sempre com o prestimoso auxilio de um exercito de radicalizados e delatores, que vigiam tudo ou que se diz ou escreve reportando aos superiores para posterior procedimento. Este procedimento poderá passar por processos directos em tribunal internacional (que até agora têm redundado em estrondosos fracassos), coação e intimidação por parte do exército atrás referido, ou denúncias tendentes à censura dos pensamentos desviantes.

 

A liderança é autocrática, centralizada exclusivamente no líder, impondo planos diferenciados entre o eu (líder) e o vocês (cidadãos), sendo que as culpas, defeitos e pecados, por definição estão sempre com os segundos.

 

Para a transmissão da mensagem, foram criados canais específicos que se dedicam, no meio de noticias criteriosamente escolhidas, a difundir a mensagem da liderança, bem como na formação e instrução de vários comunicadores trans-nacionais que defendem a visão de estado e dos seus feitos em território inimigo.

 

Nos meios criados, institui-se a realização recorrente de acções de ensino ao povo menos instruído, para que possam saber a verdade escolhida de forma directa e sem intermediários.

 

Além disso, nas assembleias de cidadãos, altera-se o que até agora tinha sido o regimento das mesmas de maneira a acomodar o que se chama de novo paradigma e modernidade. É também aqui que se assiste à dramatização dos extremos riscos que o líder corre em defesa da nação.

 

A liderança procura também auto-afirmação em eventos mais ou menos descomprometidos, seja em visitas aos governos regionais, em galas nacionais ou em publicações de auto-elogio. Também gosta de ser visto com altos dignatários, exponenciando esses encontros bem além do seu real valor

 

A liderança promove constantemente focos de conflito que mantenham as hostes unidas e focadas. Começou com os bancos e agências financeiras internacionais, comunicando a sua intransigência, ainda que depois aceite os termos dos interlocutores, e rapidamente passou para os Califados vizinhos e para os organismos internacionais de regulação onde procura, geralmente por antecipação, encontrar álibis para eventuais derrotas. Mantém no entanto sempre uma frente interna aberta de perseguição aos opositores e críticos ao regime, tentando por todos os meios silencia-los e eliminar a sua presença.

 

Economicamente promete vários investimentos e investidores que tardam em se concretizar, rasga acordos anteriores e difere pagamentos devidos ao limite do legalmente aceitável, quando não os debate em batalhas judiciais perdidas que aumentam o prejuízo nacional.

 

Aproveita jazidas de recursos naturais, que prospecções afirmam estarem a esgotar-se sem que haja novas a serem pesquisadas, para fazer transacções que permitem a gestão dum estado cada vez mais pesado, onde obras são adjudicadas directamente e os lugares-tenente do exército de radicalizados passam a ter lugar na estrutura e a exercer todo o tipo de funções independentemente da sua aptidão.

 

Aponta o ensino como uma das ferramentas de desenvolvimento nacional, mas contrata quadros formados já ultrapassados no seu aproveitamento a preços claramente inflacionados, usando para isso uma restrita carteira de agências de colocação dos mesmos, tratando os locais quase como mercadoria.

 

Promove uma recontagem de cidadãos, aumentando artificial e criativamente o seu numero de maneira a demonstrar poder, promove peditórios e outros eventos socializantes de promoção do estado, e promove um plano de revolução cultural e recondicionamento intelectual geral, baseado na diminuição da exigência e do nível da intervenção, à imagem do que era tradição no Califado mais próximo.

 

Actualmente, a liderança opta por uma espécie de rebranding e reposicionamento perante os seus cidadãos que lhe permita mais facilmente um renovar de mandato em eleições que se aproximam, deixando o esforço de guerra e propaganda, ainda que geridas em proximidade, em outras mãos. A este reposicionamento acrescentam-se uma série de acções encenadas de promoção do seu líder e da sua acção.

 

O futuro desta nação é incerto.

 

Nota: Qualquer semelhança com qualquer realidade é apenas e só uma infeliz coincidência e nem sequer sei porque escrevi isto...

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publicado às 13:03

Sem dinheiro não há palhaços?

por Lizardo, em 17.08.16

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A janela de transferências é um dilema para as Ligas mais pequenas e em especial para os três grandes. Muitos são os jogadores com propostas para sair, muitas delas ridículas, apoiadas em exclusivo na projeção profissional e no glamour de propor aos jogadores a experiência de jogar nos mais competitivos e espetaculares Campeonatos Europeus.

No Sporting vive-se exatamente o mesmo dilema de sempre. Tudo se sabe, todos os jogadores querem sair, todos exigem melhorias de contrato, todos procuram “dar o salto” para Espanha, Inglaterra, Alemanha ou Itália. Portugal é cada vez menos um destino de início de carreira, e como é exemplo disso, muito poucos são os jogadores sul-americanos e em especial os nossos irmãos brasileiros que chegam a Portugal decididos a afirmar o seu futebol e rumar a outros destinos.

E é aqui que reside a questão, o que é hoje a nossa Liga?

Como vê o jogador estrangeiro a liga portuguesa, sabendo à priori que vai jogar numa equipa com pouco impacto mediático na europa, com poucos minutos nas competições europeias, e claro, jogar em campos cheios de cadeiras vazias e muitos completamente datados e afastados do que é a realidade do espetáculo do futebol atual na europa?

O nosso Campeonato está pior. Cada vez mais nivelado por baixo, e está-se a transformar numa Liga de “apoio social” a jogadores que prometeram muito e foram caindo de forma ou que em algum momento da sua carreira tiveram um problema e têm que começar de novo.

Adrian Lopez, Brian Ruiz, Coates, Aquillani, Jonas, Julio César, revelam isso mesmo, um campeonato que inverteu a sua tendência de apresentar futuras estrelas como Duscher ou Di Maria, David Luiz ou Falcão, para se transformar num espaço de final de carreira ou de tentativa de revelar capacidades ainda presentes, trabalhando estes jogadores para um contrato milionário nas Arabias ou nos Estados Unidos.

Estes indicadores revelam uma importante mensagem. É na formação que continua a residir o futuro e a capacidade de encaixe financeiro dos Clubes.

Vencemos um campeonato da europa graças à formação de excelência dos nossos três grandes. E atualmente assistimos exatamente ao aposto, no Porto temos um André Silva a querer apresentar credenciais, no Benfica depois da saída de Renato Sanches temos um Horta e em Alvalade podemos dizer que temos Rubén Semedo na pole position para se afirmar em definitivo. Pois Gelson joga porque não tem concorrência, Matheus está fora do baralho, Podence, Iuri, Palhinha entre outros nem contam para compor o ramalhete.

 

Posto isto, a duas semanas do fecho do mercado é inevitável a chegada de uma mão cheia de jogadores estrangeiros ao Sporting.

A forma como se está a alongar o processo negocial sobre a hipotética venda de João Mário revela muita da dificuldade em negociar deste Sporting.

A ausência de reforços de qualidade revela que não existiam quaisquer almofadas financeiras.

E ontem, falava-se que a Doyen, pode estar envolvida de forma indireta nos negócios do Sporting, atrasando e impondo burocracias, tudo com prejuízo para o Sporting, dificultando e encurtando o prazo negocial para a chegada de novos atletas a Alvalade.

Tudo começa a fazer sentido com o passar dos dias. Notícias de dívidas a jogadores, como foi o caso de Teo, festas e alegrias pela saída como foi o caso de Barcos, a venda surreal pelos valores ainda mais surreais de Montero, e notícias de dividas ainda por saldar, já confirmadas pelo Sporting sobre o negócio Ruiz.

 

Somando tudo isto, olhando para a nossa formação debilitada e sem grandes esperanças nos próximos anos, olhando para o nosso plantel, onde os jogadores portugueses, cada vez menos, são a espinha dorsal de um plantel sem concorrência interna, avaliando a dificuldade em contratar jogadores de qualidade, sem dinheiro, e com vários problemas, recorrentes, no balneário, a próxima época promete ser um circo mediático que vai continuar a ser ocultada com comunicados bacocos contra o rival Benfica.

 

Na gíria popular afirma-se de forma certa que “sem dinheiro não há palhaços”, mas na verdade, neste Sporting, mesmo sem dinheiro o que não faltam são números de circo com periodicidade diária a alimentar a sanha e a conversa de balcão de taberna.

Em ano de campanha eleitoral, o Sporting está de nariz vermelho e na dianteira da comédia.

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publicado às 10:22

Obsessivo-Compulsivo

por Trinco, em 12.08.16

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Todos temos ou tivemos, num dado momento, pensamentos estranhos e deslocados do nosso centro de racionalidade. Na maior parte das vezes, não nos causam grandes transtornos ou incomodos e facilmente os metemos para traz das costas, algumas vezes até com algum humor irónico ou sarcástico.

 

Sendo que o pensamento é um processo cognitivo instantâneo, por vezes incontrolável ou involuntário esta dificuldade ou impossibilidade de escolha do que pensamos, acaba por poder ser revelador de outros traços de personalidade ou tendências. Mas mesmo que acontecendo em picos de stress ou ou ansiedade que tendam a desaparecer quando regressamos a um estado normal em que a racionalização permita recolocar essas projecções no nosso universo de valores, esses pensamentos menos filtrados poderão dizer muito do que somos. O estado de humor é, assim, um elemento influenciador dos nossos modos de pensar mais negativos.

 

Mas quando esses pensamentos, tomam a linha da frente da nossa realidade, quase descontroladamente, de forma intensa e intrusiva, afastando-nos da nossa linha de conduta de forma evidente e quase permanente, obrigando-nos à repetição de de comportamentos e rituais como forma de libertação dos medos, esse estado poderá ser um indicio do Transtorno Obsessivo-Compulsivo.

 

São as preocupações excessivas com as limpezas, com a arrumação, com a segurança, etc. São estas preocupações que adquirem predominância e comandam a nossa vida, aparecendo de  maneira repetida e persistente na nossa consciência, e nos afastam de sermos o que somos e de viver saudavelmente a nossa vida.

 

No Sporting, ou melhor, neste Sporting, parece estar a formar-se paulatinamente um destes transtornos, partindo do topo e contaminando capilarmente uma parte substancial das consciências. A compulsão obsessiva com uma série de agentes do habitat que, obrigatoriamente, partilhamos e com o mal que nos possam fazer, em teorias mais ou menos conspirativas, mais ou menos mirabolantes, afastando-nos das preocupações directas com o que acontece no Clube e retirando-nos o foco sobre o que é a nossa própria obrigação e competência, desenhando sempre novos álibis para os nossos fracassos. São as obsessões com os agentes dos jogadores, com os fundos, com os árbitros, com os media e mais latente e evidente com o Benfica.

 

E se na sua génese até acredito que o transtorno seja genuíno em alguns, a verdade é que se assiste a uma instrumentalização do mesmo como ferramenta de governo, desviando atenções e preocupações que levem a revisões criticas da sua acção, centrando em factores externos a atenção. E quando corre mal, a responsabilidade é sempre alheia.

 

Pessoalmente, acho perniciosa a acção de grande parte dos agentes, nunca concordei com partilhas de passes com fundos especulativos, sou critico em relação ao que se passa na arbitragem, uso sempre da maior das reservas ao ler, ver ou ouvir (o pouco que leio, vejo ou oiço) os media desportivos e quero sempre que o rival perca, reconhecendo alguns factores estranhos que dificultam isso acontecer. Mas não perco o meu tempo e esforço mental com isso. Nem sequer involuntário. E acima de tudo não o uso como desculpa para os nossos fracassos e incompetências.

 

Enquanto tiver com o que me preocupar em casa, só lhes dou atenção digna de ser assinalada quando jogo contra eles.

 

 

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publicado às 14:14

Let the games begin...

por Trinco, em 12.08.16

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Começa hoje a Liga.

 

E amanhã a única que verdadeiramente me interessa! A nossa! É o nosso caminho e apenas esse que me interessa.

 

E para que não haja equívocos, parafraseando o capitão Adrien: "há uma Liga para ganhar" e eu quero ganhar. Independentemente do que acontece em Março e dos meus desejos para esse momento. Nunca me refugiei cinicamente a desejar as derrotas do Clube por politicamente facilitarem determinadas opções ou terem determinadas repercussões.

 

Esta época será porventura uma das mais competitivas (niveladas por baixo ou não se verá) com os adversários por uma razão ou outra a meterem a carne toda no assador. Uns em busca do inédito tetra (que desgraçadamente aconteceria exactamente neste mandato), outros a estarem proibidos de ficarem mais um ano a pão e água. Tenho a convicção que de tudo valerá.

 

O que faz com que esta época, de todas as épocas, devesse ser preparada de forma a atacar o seu inicio de forma avassaladora e sem dúvidas, marcando desde logo posição e criando momento. Esta época precisa de ser a confirmação da anterior e a consolidação das ideias da equipa

 

O que acontece é exactamente o contrário.

 

Uma pré-época em que mais que os resultados, o que se verifica é uma quase confrangedora ideia de equipa, que só quando o meio-campo maravilha está em campo é disfarçado.

 

Um plantel em convulsão de efectivas e putativas saídas e ainda bastante indefinido.

 

Uma dificuldade em colocar os excedentes salariais contratados no ano passado.

 

Um grupo com lacunas identificadas e previsíveis, que não se conseguem colmatar convenientemente (e nem vou especificar para não estender este post para lá do razoável).

 

No meio de algumas alternativas interessantes, uns acrescentos de qualidade duvidosa e uma "aposta" estranha na juventude.

 

E porventura pior. Já começamos a navegar, oficialmente e em ressonancias, em álibis preventivos com as "manigâncias" dos adversários e os "ataques" dos jornais, com discursos de vitimização antecipada e distorcendo completamente o foco que deveria estar em nós e apenas em nós. Façamos o que nos compete, que seguramente estaremos muito mais perto do que queremos alcançar. Pessoalmente, enquanto tiver com que me preocupar com o que se passa na minha casa, os outros só existem quando tiver que jogar com eles!

 

Mas continuamos a sina histórica de preferir a crença à exigência e a vitimização à competência...

 

Se somos candidatos? Sempre fomos. Se somos favoritos? Tenho reservas. Se as coisas melhorarão? Estou certo que sim. Se vai ser suficiente? Espero verdadeiramente que sim, também.

 

Mas esta indefinição e esta entrada condicionada nos jogos a doer era um risco que não precisávamos ter corrido.

 

Assim, o desejo que no fim da 3ª jornada, com maiores ou menores dificuldades tenhamos 9 pontos. Acontecendo, poderá ser uma época feliz!

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publicado às 09:14

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Sobre o Sporting, com verdade, exigência e espírito critico. Sem reverencias nem paciência para seitas!






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