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Quantos Jorges existem em Jesus?

por Lizardo, em 26.02.16

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Jorge Jesus chegou ao Sporting e rapidamente se desfez nos habituais chavões: “é tempo de acordar o Leão adormecido”, “Venho para ganhar tudo”, “O Sporting não contava para o Totobola”.

Criou-se uma grande expetativa em redor da contratação, e não é para menos, estamos a falar de um treinador que venceu três campeonatos nacionais e que esteve em duas finais europeias nos últimos anos.

E o que se exigia e supostamente deveria exigir era a mesma atitude no Sporting.


A realidade tem sido outra. O afastamento da Champions deixou marcas e feridas que ainda não sararam. O Taça da Liga foi encarada com o desprezo habitual, curiosamente pelo Treinador que mais vezes a venceu, a Liga Europa vem sendo encarada com total desinteresse, com a agravante de termos no percurso desta época uma das mais vergonhosas derrotas que há memória na Albânia, curiosamente uma prova europeia que tanto quer vencer JJ. Na Taça de Portugal a ambição foi outra e num grande jogo de futebol fomos eliminados em Braga.

Resta o campeonato e nada mais a um dos mais bem pagos treinadores da Europa.

Mas Jorge Jesus chegou também com a missão de “potenciar” jogadores e de os “valorizar. O que assistimos é ao manter do mesmo registo que tínhamos já na época passada:

Patrício continua igual a Si mesmo;

Esgaio está encostado;

William Carvalho luta contra um sistema tático que não lhe é favorável;

João Mário continua a fazer o seu percurso natural, jogava que se fartava já na época passada, cresce como jogador a cada jogo, mérito também para Jorge Jesus;

Gelson, para quem o acompanha desde os tempos da formação, reconhece que está o mesmo jogador;

Matheus não tem sido muito utilizado;

Paulo Oliveira tem mantido o nível da época passada e vamos ver se volta ao onze;

Slimani tem sido o jogador que mais tem “lucrado” com a mentalidade de Jesus. Mas do ponto de vista técnico e tático é o mesmo jogador da época passada;

Adrien, mantem-se igual a Si mesmo, um grande jogador, na minha opinião o motor de todo o equilíbrio da nossa equipa;

Mané parece ser o novo bode expiatório dos adeptos, depois de André Martins e Teo;

Ruiz joga o que sabe. Quem acompanhou a sua carreira sabe que jogador foi e que jogador está. E aqui dou mérito a Jorge Jesus por estar a recuperar um jogador com muita classe;

Jefferson continua o mesmo jogador dos últimos anos;

João Pereira, depois de uns jogos iniciais muito abaixo da normalidade, estabilizou o seu jogo e tem sido dos melhores, mérito também para Jorge Jesus;

O jogador que mais parecia estar a crescer com JJ era Carrillo, mas esta história já nós a sabemos!


Posto isto, e avaliando o investimento de 6 milhões ano, a questão que se coloca é: Vale a pena?

Há retorno?

Que jogadores realmente potenciou JJ que nos permita fazer um grande encaixe financeiro que não estivessem já observados e identificados no passado?

Na minha opinião nenhum!

A ausência da Champions, onde os jogadores se valorizam, e o desprezo pela Liga Europa não majorou os valores de nenhum jogador do nosso plantel.

E isso é preocupante.


A vitória no campeonato é muito importante, decisiva até, não só para o Treinador mas para a Direção, que num volte face extraordinário, deixou de exigir que os jogadores da Equipa B sejam “reforços” ou que “se entre em campo sempre para ganhar”, a tal “política da exigência”.


Segunda-feira em Guimarães não podem existir desculpas algumas para um mau resultado. Só a vitória interessa. Se Adrien for poupado com medo de levar um amarelo e por consequência ser castigado para o jogo contra o Benfica, e se Slimani também for castigado, há muitas respostas a dar a todos os Sócios e Adeptos.

PS: Ontem escrevi que para esclarecer a Capa do CM não podíamos ter uma resposta do Presidente nas Redes Sociais. Como seria lógico, foi por este canal que Bruno de Carvalho redigiu mais um texto cheio de nada, pleno de nulidades e lugares comuns, onde nada, assumidamente nada é esclarecido. Adianta já, também, que as contas do semestre vão ser escrutinadas e alvo de muitas questões. O que não deixa de ser curioso! Começam a ser demasiados casos, demasiadas suspeitas, demasiadas acusações, demasiado ruído, e não me espantaria que a Judiciária esteja já a movimentar-se em investigações. Aguardo o melhor desfecho possível, sem necessidade de mais auditorias de gestão.


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publicado às 10:27

Desatentos...

por Trinco, em 26.02.16

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Só quem andou muito desatento se pode considerar surpreendido pelo desfecho da eliminatória de ontem. Bastava verificar as opções e narrativa para perceber que esta competição não era mais que uma chatice e um empecilho na preparação para o principal objectivo. O problema é que o principal objectivo, não é apenas o principal. É o único. É mais um episódio no all-in várias vezes referido neste blog. E é um all-in que gera uma exacerbada expectativa de sucesso, não totalmente enquadrada na realidade real (passe o pleonasmo) que se por razões desportivas ou extra-desportivas falhar gerará a proporcional inversa desilusão.

 

Desde cedo na época se percebeu qual era o foco. Desde cedo se percebeu e foi sendo acrescentado na comunicação a relativa irrelevância de tudo perante o campeonato. Acontece que o Sporting é um Clube centenário, com um palmarés e prestigio a defender. Dentro e fora de portas. E se na Taça de Portugal se entende, contextualizando, a eliminação, na Taça da Liga e na Liga Europa, inexplicável gestão de recursos a favorecer o tal objectivo principal é algo pouco dignificante para o património reputacional que o Sporting angariou ao longo de décadas. Sim, o Sporting, contrariamente ao que Azevedo de Carvalho afirma, era conhecido e reconhecido antes de 2013. Se uma Taça das taças, não fosse suficiente, uma recente presença numa final e um acesso a uma meia-final seria. Que raios, não bastasse isso, seria reconhecido como o Clube formador de Figo e Ronaldo...

 

Mas acontece também que este ano houve um investimento substancial. Houve não só um investimentos em jogadores que deveriam reforçar a base existente, aumentando-lhe a competitividade e opções, mas um investimento enorme numa equipa técnica, que ganha ao nível das europeias de topo. E apenas para uma competição como se constata. É pouco. É pouco para o Clube e para a sua história. Não se trataria de vencer tudo, mas seguramente haveria a obrigação de fazer tudo para ganhar. Não aconteceu!

 

Como acontece que a exigência entre Sportinguistas está tão em desuso, inebriados que estão muitos com a possibilidade de ser campeão, que as reacções que se evidenciam imediatamente são um "há que levantar a cabeça" à Moutinho nos seus tempos de Capitão com suas variantes e muitas hashtags com campeão lá pelo meio. É pouco! É pequeno!

 

O que interessa é então o campeonato. Tudo pelo campeonato. Afinal até é ele que dá prémios chorudos a jogadores (e aqui só se pode presumir), a treinadores (€2M ao que se diz, só para Jesus) mas também aos administradores executivos da SAD que fizeram no começo de época aprovar essa remuneração variável indexada ao rendimento e prémios da equipa principal. Mas até neste contexto existem actos de gestão técnica que não se entendem. Havendo muitos outros, o caso mais evidente neste momento são os de Adrien e Slimani, porventura as peças mais importantes do 11 principal que estão à beira do último amarelo antes da respectiva suspensão há 4 e 6 jogos respectivamente.

 

Por mim, é condição de Sportinguista querer ganhar sempre. Reconhecer obstáculos mas verdadeiramente ambicionar ganhar sempre no respeito pela história do Clube. Fi-lo sempre no meu Sportinguismo. Fi-lo com Godinho Lopes, como continuo a fazer com Azevedo de Carvalho, sem que isso me impeça de ter sido e continuar a ser critico. Nesse pressuposto espero estar na frente até Maio. Não estando, muita explicação vai ter que ser dada!

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publicado às 09:15

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pas·quim
(francês pasquin, do italiano antigo pasquino, de Pasquino, nome de uma estátua mutilada sobre a qual os romanos afixavam escritos anónimos)

substantivo masculino

1. Escrito anónimo afixado em lugar público com expressões satíricas contra o governo ou alguma pessoa constituída em dignidade.

2. Publicação difamatória.

3. [Depreciativo]  Jornal de baixa qualidade, sem importância. = JORNALECO



O Correio da Manhã é o Jornal com mais tiragem em Portugal. Nada que nos surpreenda avaliando o interesse que a sociedade nacional deposita sobre os assuntos verdadeiramente fraturantes e decisivos na vida de cada um.

O Correio da Manhã é o pasquim. E como a sua definição explica, é um espaço onde surgem difamações, comunicados, tudo de origem duvidosa ou anónima.

E o Correio da Manhã existe porque interessa e muito aos mais diversos ramos de atividade deste país.

Interessa à política, interessa às empresas, à Justiça e claro está, interessa ao Desporto.

Podíamos com esta leitura afirmar que o Correio da Manhã é uma publicação plural, que comunica vários pontos do interesse dos leitores. Mas na realidade não o é.

O Correio da Manhã existe, e aqui me repito, porque interessa. E no nosso contexto, interessa aos dirigentes e outros agentes desportivos.

Recentemente o Editor desse Pasquim foi fotografado à mesa com outros dois amigos. Nada de mais se este país fosse realmente livre, e entenda-se livre, por livre de misérias, corrupção, e outros cancros que impendem o nosso crescimento.

Mas o que é triste é que todos utilizam este Jornal para seu uso pessoal. Falando do nosso Sporting muitas foram as “notícias” publicadas no passado sobre o resultado das Auditorias, buracos, comissões, abusos de confiança, desvios, tudo serviu para atacar. O Pasquim não investigou nada, recebeu as informações.

E que bom foi este clima durante um período no nosso Sporting. Auditorias essas que curiosamente estão na gaveta, como sempre foi aqui neste Blog afirmado.

Hoje o Pasquim surge com uma chamada de capa muito preocupante. Muito preocupante, aqui me repito, pois de forma clara denuncia que dois (2) milhões foram desviados e criminalmente apropriados por terceiros na transferência de Montero. Se não o afirma, desculpem, insinua de forma "inocente".

Esta acusação é muito grave. Esta acusação merece ser investigada, merece ser esclarecida.

E não tem que ser o Presidente Bruno de Carvalho a fazer comunicados nas Redes Sociais ou a perder uma hora do seu tempo na TV do Regime. É sim necessário provar, de forma cabal e sem motivo algum de duvida, que tudo isto é uma pura campanha de difamação. Que se coloque quem de direito a esclarecer a CMVM, que se esclareçam os sócios, e aqui sim, que se avance para os mecanismos legais e se processe este Pasquim.

Espero que o silêncio não seja de ouro neste caso como o foi no caso Bruno César. Pois quando é necessário gritar e lavar a alma e acima de tudo a cara, não temos sido esclarecidos nos locais e com provas concretas.

Começam a ser demasiados casos. Começam a ser demasiados milhões. Começa a ser tudo demasiado estranho. Três anos passados, mais de 50 jogadores contratados, praticamente sem encaixe financeiro de vendas, com um dos treinadores mais caros da Europa, é razão para dizer que há um toque de Midas em Alvalade.

Que se investigue, que se prove, que se acuse quem merece ser acusado!

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publicado às 11:26

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Na passada 2ª feira, o Sporting anunciou e apresentou a criação de um gabinete olímpico. Este gabinete será responsável pelo apoio nos mais variados campos aos atletas, para que estes se foquem no essencial que é a sua preparação para os eventos onde estarão presentes nas olimpíadas do Rio de Janeiro. O Clube, substitui-se, e bem, ao estado e às federações nesse apoio, consciente que, mesmo sendo atletas do Clube, não é em sua representação que eles estarão, mas sim em representação do país.

 

Do que é perceptível, o novo gabinete será constituído pelo departamento médico, por um psicólogo desportivo e pelo Gabinete de Operações e Apoio aos Atletas (algo de se desconhecia existir, que aparentemente é representado por alguém que acumula com a sua função de OLA, o que explicará um menor cuidado nesta vertente). Percebe-se que a 4 meses dos jogos pouca coisa já poderá ser feita, mas que é intenção que ele se mantenha em funções na preparação dos jogos de Tóquio.

 

Depois das omissões inexplicáveis dos últimos anos, esta criação é das opções mais justas e acertadas que um Clube como o Sporting poderia fazer. É a confirmação que este Clube não é só futebol. Sendo (muito) critico de muito do que se passa nos mais variados quadrantes do Clube, esta acção contra o primado do Futebol, que se enraíza no Sportinguismo, é algo que só posso saudar e aplaudir. Espero sinceramente que este novo gabinete tenha condições de produzir trabalho e que não fique pelo papel e pela acção de apresentação. Como espero que seja acompanhado com uma visão estratégica a longo prazo, que não ceda a objectivos imediatos com apostas casuísticas, que permita um substancial reforço do ecletismo, da representatividade e relevância do Clube nas diversas competições que serão o caminho até ao Japão em 2020.

 

Mas depois, um Silva qualquer, perante a declaração da intenção de manter o estatuto de maior potencia desportiva nacional (que nem encontro confirmação tenha sido dito) resolve, mostrando toda a sua honestidade intelectual fazer um apanhado de factos mais ou menos desconexos sem perceber que a história é um continuo, e que os números são bem diferentes que a sua visão parcial e que não é um período de menor fulgor que retira esse estatuto. É preciso contar os 231 títulos colectivos no Atletismo, os 37 no andebol, os 22 no Futsal, os 17 no hóquei, os 15 no Basquete ou os 14 no Vólei, apenas para referir algumas modalidades. E isto sem sequer entrarem na contabilidade os títulos individuais ao serviço do Clube ou as presenças olímpicas de atletas do Sporting. Como é preciso perceber que um clube não pode vencer algo em que não participa pelo que este tipo de contadores não faz sentido.

 

Obviamente que devemos também ser coerentes e ter a consciência que não temos neste momento a pujança de outros tempos. Entre culpas próprias e a evolução dos adversários, muito se tem perdido. Mas aqui, reside outra consideração e reflexão para dentro que nos responsabiliza por este estado de coisas. Fomos nós, enquanto sócios, que apoiámos o primado do Futebol, que aceitámos desconsiderar um Pavilhão na construção do estádio, que obrigamos os atletas (e pais dos atletas na formação) a serem saltimbancos, que aceitámos sequer votar a extinção de modalidades.

 

Neste momento temos evidente campo e tempo perdido para os adversários e a sustentabilidade das modalidades não passa de um chavão. Temos campo e tempo perdidos naquilo que nos ligava, que era o desporto social e que muitas vezes derivava em atletas para a competição. Temos campo e tempo perdidos na formação de muitas modalidades e se as equipas de topo são competitivas é muito à custa de apostas imediatistas com pouco ou nada de estratégico. Espero pois, que a criação deste gabinete seja um passo decisivo na implementação de uma politica coerente com estratégias definidas e pensadas a prazo, com atribuição razoável e justa dos recursos, entendendo que estes custos deverão ser sempre considerados como investimentos que engrandecerão o Clube.

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publicado às 10:18

A pressão

por Trinco, em 23.02.16

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Todos têm que lidar com ela. Pressão competitiva, pressão intelectual, pressão emocional, pressão física, pressão comunicacional, pressão externa, etc.

 

São os jogadores, relativamente pouco experientes, a terem que lidar com o ir à frente, com a margem de manobra, com as reacções e suas consequencias, com o ruído...

 

São as equipas técnicas a terem que lidar com opções, com cargas, com planeamentos a médio prazo, com decisões com reflexo imediato e decisivo, com as falhas...

 

São as equipas directivas a terem que lidar com expectativas, com a maneira como comunicam, com a maneira como gerem os momentos...

 

E os adeptos? Sim, os adeptos também lidam com a pressão. A pressão social, a pressão para agir e reagir ao impulso comandado, a pressão para estar sempre presente.

 

Mas há uma que estes aparentemente continuam a gerir mal. É a pressão nos jogos, quando a equipa tem momentos (e eles existirão sempre) em que precisa de tempo. E não falo da legitima reacção a uma substituição quando se acha que um jogador não deu nem fez tudo o que devia (pior no caso do Teo quando se verifica a falta de respeito que foi o período natalício alargado), ou até ao grupo na sua globalidade perante um jogo mau. Nem sequer do apoio acrítico tipificado no "bater palminhas" e só porque sim...

 

Falo do que assisti ontem. Dos assobios ao Rui Patrício com pouco mais de 10 minutos de jogo porque ele não despachou a bola imediatamente (não interessava para onde...). Dos assobios e impropérios a um qualquer jogador porque não chutou a bola para a baliza a mais de 40 metros (não interessa que tivesse a equipa adversária quase toda à sua frente). Dos assobios a um jogador por ter falhado um toque claramente por culpa do relvado (um cada vez mais lastimável relvado). Da interacção constante, mais evidente e ruidosa que o apoio com as decisões do árbitro (foi mau, mas convenhamos, irrelevante para o jogo e resultado). Das provocações constantes à claque adversária, feita por avós e netos em moldes muito entendíveis na circunstancia (contra rivais directos até entendo, no calor da emoção, mas contra um Boavista?...).

 

Não são todos. As claques não o são seguramente. Mas já são alguns. E isto é doença que alastra rapidamente quando as coisas correrem menos bem e é ponte que uma vez atravessada se torna num ambiente difícil reverter. Estamos à frente, e queremos estar à frente até Maio. Mas em jogo, devendo ser exigentes, devemos também perceber o nosso papel (e assim os outros percebam os seus) e não contribuir para a pressão negativa exercida sobre aqueles que desejamos sejam os actores da realidade dos nossos sonhos.

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publicado às 10:00

A boa imprensa

por Lizardo, em 19.02.16

 

 

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Corria a época passada e todo um conjunto de subordinados do ilustre João Duarte da Young Network, com a conivência do nosso Presidente e de outro Vice, cuspiam as mais diversas fagulhas e metiam carvão contra Marco Silva.

Dizia-se na época que: “Marco Silva tem boa imprensa”, “Marco Silva é um diabo” que Marco Silva isto e aquilo. O Marco Silva Pim. Um autentico manifesto anti-Marco!

 

Tudo serviu para tirar crédito ao trabalho de um treinador, aposta pessoal do nosso Presidente, a quem ofereceu um contrato de quatro anos.

 

Marco Silva teve dos planteis mais desequilibrados dos últimos anos, e hoje conseguimos constatar isso mesmo, pois se avaliarmos os jogadores contratados no seu ano, poucos ou nenhuns jogam atualmente com Jorge Jesus.

Atualmente na Equipa B já não existem “reforços”, Ryan Gauld caiu no esquecimento e as teorias bacocas como “jogo interior” ou “vontade de ganhar”, hoje em dia não fazem parte das estratégias de muitos rapazes que minaram tudo e todos os meios possíveis.

 

Marco Silva é passado, e como já o disse, para mim Jorge Jesus é melhor treinador que Marco Silva.

Mas não é perfeito. Longe disso.

 

E se há treinador que tem realmente boa imprensa é Jorge Jesus. Ora vejamos:

A nossa pré-época foi desastrosa. Ainda hoje não se percebe muito bem se foi realmente vantajoso ir à Africa do Sul. Sobre esse tema, nem uma palavra. Nem sabemos se foi do agrado de JJ.

Contratámos um central que jogou poucos minutos e rapidamente foi dispensado. Sobre esse tema pouco foi comentado. Foi JJ que o contratou?

Começámos a época em grande com uma vitória contra o principal rival. Durante vários meses JJ andava confundido. Falava mais do Benfica do que do Sporting.

A época interna tem sido positiva o quanto baste. Mas no plano internacional um desastre. Fomos eliminados da Champions por evidente culpa de Jorge Jesus. A gestão que fez nos últimos minutos no jogo em Moscovo, adiando ao máximo as substituições, deitou tudo a perder.

Na Liga Europa sofremos uma das mais vergonhosas derrotas da nossa história, perder na Albânia e pelos números que todos nos recordamos, vai para sempre ficar marcado na nossa memória.

Mas não ficamos por aqui. Jorge Jesus começa a dar a entender que a sua passagem pelo Sporting é efémera. Desdobra-se em entrevistas aos canais de televisão e jornais, onde repete várias vezes que tem o sonho de treinar uma equipa com outras ambições europeias.

E depois contradiz-se várias vezes quando não aposta no Sporting nessas mesmas competições. A nossa atitude em campo nesta prova não dignifica a nossa camisola e a nossa história centenária.

Fala de orçamentos quando está num Clube que tem dos maiores orçamentos da Europa para pagar a um treinador e a toda uma estrutura por ele escolhida para o futebol.

E ontem, a cereja no topo do bolo, depois de uma miserável exibição, já adivinhada pela forma como encarou a conferência de imprensa antes do jogo, vem depois do encontro ameaçar os sócios e praticamente revelar de forma clara que a sua saída pode estar iminente. Estratégias ou agendas? Escolham o que quiserem!

Ecos já se tinham feito ouvir aquando da chegada de Schelloto e a iminente contratação de Diagne, nenhum destes jogadores foi pedido por Jesus. Terá ameaçado bater com a porta?

E Jesus não terá ficado também muito satisfeito com a forma como internamente (não) se resolveu o caso Carrillo.

Jorge Jesus é um grande treinador. Mas tem tido demasiadas falhas. Talvez se sinta enganado, talvez comece a diminuir o grande amor pela sua “alma gémea”.

Os próximos jogos são decisivos, e o discurso derrotista de ontem é vergonhoso e só tenta tapar uma derrota miserável, pois não temos histórico de derrotistas, há bem poucos anos estivemos numa final europeia, meias-finais com o Bilbao e na Champions na época passada não deixámos má imagem. Muito pelo contrário, dignificámos a nossa camisola.

 

Jorge Jesus sabe como ninguém lidar com a imprensa, e tem atualmente no Sporting quem o ajude a organizar as suas ideias.


Mas Jorge Jesus começa a dar demasiados indicadores de estar farto. Normal. Como todos os que se relacionam com Bruno Azevedo de Carvalho. Primeiro é um amor louco sem fim, depois chegam as dúvidas e as primeiras zangas, e os divórcios são claros e certos, e tantos que têm sido na vida do Presidente.

 

Vamos ter outro final de época escaldante. A prova, para quem ainda tem dúvidas, que não há projeto algum para o futebol ou para o Clube ou para a SAD.



Bruno começa a ter a vida complicada. E ele sabe que internamente já se contam espingardas e pistolas. 

 

E aqui, novamente, a BOA IMPRENSA, vai imperar, sobre os erros de JJ nem uma linha, sobre as ameaças de JJ nem uma opinião, sobre o que se sabe e se vai ouvindo, nem um parágrafo. Vale muito ter boa imprensa.

PS: Segunda é para ganhar ao Boavista! Espero que os melhores adeptos do mundo, os que assobiam, os que ficam em casa, ou que não conhecem a história do Clube, apareçam. Juntos somos mais fortes! 

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publicado às 10:28

Próximo...

por Trinco, em 19.02.16

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Em 3 épocas da responsabilidade de Azevedo de Carvalho, 3 treinadores diferentes. Todos apresentados como escolhas pessoais e com projectos, no mínimo, a médio prazo.

 

Todos sairam ao fim da primeira época e do actual, acho que toda a gente já percebeu que anda a preparar (e forçar) rotas de saída.

 

Primeiro foi Leonardo Jardim, de quem foi prometido ficaria pelo menos duas épocas mas que em Março de 2014 já admitia uma saída de Alvalade e que, ainda que de maneira suave, várias vezes entrou em conflito com a narrativa oficial, nomeadamente no que dizia respeito às arbitragens e ainda mais em relação à definição de objectivos e tentativas de alteração durante a época. Perante as condições extremamente difíceis, foi pouco menos que brilhante, conseguindo um 2º lugar e consequente apuramento directo para a CL. Fez o seu empresário mover influencias e saiu para o Mónaco por €3M. Mónaco que dá aos €15M por "pérolas" dum rival mas que nós sempre afiramos ser dinheiro virtual.

 

Depois veio Marco Silva, apresentado como aposta pessoal por 4 épocas, num projecto adjectivado de "de estabilidade", mas que no virar do ano é vilmente atacado na sua honra e profissionalismo por mandatados e nunca defendido pelos mandatantes e alvo de um processo disciplinar com um dos fundamentos a ser a não utilização do fato oficial num jogo. Com jogadores escolhidos por outros, e com reforços de mercado de Inverno a derem as "pérolas" existentes na equipa B, com muitos erros próprios, ainda fez uma interessante fase de grupos da CL, é eliminado da EFL da maneira que seguramente todos lembramos e num ambiente extremamente adverso ainda conquista uma Taça de Portugal. Sai depois de resolvido o procedimento disciplinar para a Liga Grega onde bate records.

 

A seguir vem Jorge Jesus, apresentado como troféu de uma guerra criada para alimentar fogueiras de afirmação pessoal, no meio de uma onda de euforia, como treinador para as próximas 3 épocas. A Jesus é dado um ordenado ao nível do topo europeu, e carta branca para pôr e dispor do futebol do Clube. Vê uma série de alvos falharem por incapacidade da estrutura, outros que indica e aceita a não responderem desportivamente. Vê um dos seus trunfos para a época a ser alvo de um processo disciplinar e a fazer o caminho inverso ao seu e não se coíbe nunca de alimentar a comunicação uma possível saída criando situações e momentos (e a critica aos adeptos nada mais é que mais um elemento dessa prearação). Seja para o estrangeiro, seja até para Portugal. Conquista uma Supertaça, lidera o campeonato e derrota o seu antigo clube por outras duas vezes, cavalgando essa onda e ganhando esse crédito. Falha a pré-eliminatória de acesso à CL e permite-se gerir (melhor seria dizer inventar) as competições a seu bel-prazer, ignorando o prestigio do Clube e metendo os ovos todos no mesmo saco num perigoso all-in. Ganhe essa mão de poker ou perca, parece já evidente que sairá. Madrid é aqui ao lado e facilmente arranhará o portunhol.

 

E duas perguntas ficam no ar:

 

Quem é o denominador comum destas apostas e deserções?

 

Quem é o próximo a entrar nesta montanha russa? Há um nome que já se vai ouvindo em surdina!

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publicado às 09:27

Amnésia

por Trinco, em 18.02.16

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Além dos

 

"...deves gostar é do  tempo do Godinho. Aí é que que era bom…”

 

é comum ler o

 

"...era bom é que tivesses tido o mesmo grau de exigência durante o Roquettismo!"

 

Além de demonstrar uma enorme fragilidade argumentativa e uma preocupante pobreza intelectual, é recorrente o apontar deste “pecado” aos que ousam questionar, criticar ou tão somente debater em moldes não suficientemente elogiosos a gestão e opções de Azevedo de Carvalho, por parte de uma franja alargada dos seus adeptos (seu entenda-se de Azevedo de Carvalho). Sem perceberem que na maior parte das vezes, por cada dedo que apontam, pelo menos três, da mesma mão apontam na sua própria direcção.

 

Mesmo sabendo que há muitos que apenas descobriram o Sporting em 2013, há outros que parecem sofrer de amnésia selectiva, esquecendo-se das suas próprias acções e omissões entre 1995 e 2013. São tantos que até poderia ser levado a acreditar que ninguém elegeu ou aprovou tudo o que foi sendo feito nesse período.

 

Curiosamente é um discurso de finalidades semelhantes aos que ouvia durante esse mesmo período quando…criticava. Ouvia eu e muito outros. Uns continuam a ouvir, outros preferem meter a crítica e a exigência em stand-by. Curiosamente também, poucos são os que reconhecia como claros apoiantes do status quo de ontem que hoje vejo na ala dos críticos. Sintomático também é vê-los como claros apoiantes do status quo de hoje.

 

Mas para os amnésico-hibernantes pergunto:

Onde estavam nas eleições de 1995, 1996, 1999, 2002, 2006, 2009 e 2011?

Onde estavam na AG de 1999 que autorizou o aumento de lotação do Estádio e consequente desaparecimento do pavilhão previsto?

Onde estavam nas sucessivas AG´s de apresentação de contas e orçamentos?

Onde estavam nas sucessivas AG´s com propostas de cooptações?

Onde estavam na AG da alienação do património não-desportivo em 2006?

Onde estavam na AG da reestruturação financeira de 2008? E na de 2011?

Onde estavam e como votaram na AG para aprovação do protocolo de Odivelas?

Onde estavam?

É que eu, em quase todas lá estive. E como eu muitos outros. Éramos os maluquinhos a votar contra. Os que só diziam mal. E nos intervalos entre AG’s criticava-se e alertava-se para os caminhos que se tomavam perante a total passividade da maioria.

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publicado às 14:32

A Construção

por Trinco, em 17.02.16

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Várias fotos publicadas por essa internet fora têm documentado o nascimento e crescimento daquele que virá a ser o Pavilhão João Rocha. Algumas, tiradas dum ponto de vista semelhante, como são as publicadas pela Torcida Verde na sua página, deixam perceber a sua evolução ao longo das semanas.

 

A construção do Pavilhão terá começado a 3 de Agosto de 2015, com a emissão do Alvará de trabalhos de escavações e contenção periférica. O Alvará para a obra terá sido deferido a 25 de Setembro de 2015.

 

O prazo definido no cronograma de trabalhos da Ficope, empresa responsável pela fiscalização de obra, é de 16 meses de obra, mais 3 semanas de vistorias e 6 semanas para a obtenção de licenças de utilização, num total de 18.5 meses.

 

Tomando a data do Alvará de trabalhos de escavações e contenção periférica, teríamos a obra a ser finalizada a meados de Fevereiro, o que, mais uma vez coincide com o previsto pela fiscalização.

 

Tratam-se de prazos apertados, muito exigentes, mas, correndo tudo bem, exequíveis.

 

Mas, a verdade é que as imagens mostram uma obra atrasada. Pior que isso. Na sua sequencia, mostram uma obra a ser feita demasiado lentamente para a exigência do prazo assumido. Foram várias semanas em que pouco ou nada se avançou.

 

Estranhamente, até algumas lajes de bancada foram instaladas antes de Janeiro, mas aparentemente apenas para servir de pano de fundo para umas fotos da visita a obra do presidente, pois nem o lado começado ficou completo de bancadas.

 

Num cronograma de obra possível e razoável (benevolente até), dum total de 74 semanas, a 1ª fase, a de escavações e contenção periférica e montagem de estaleiro poderia ter durado 12 a 14 semanas. Nesse mesmo cronograma as fundações, superestrutura e cobertura poderiam durar 20 a 24 semanas (da 15 à 38), deixando cerca de metade do prazo para a construção, acabamentos e instalações (e já seria apertado).

 

Acontece que vamos neste momento na semana 29 e facilmente se percebe que a superestrutura ainda nem sequer arrancou da cota de soleira. Das últimas fotos que vi, tinha-se cofrado a laje norte na cota de soleira. A obra está objectivamente atrasada! E prefiro dizê-lo agora que cobrar no fim, pois foi esse silencio cúmplice que fez as nossas últimas experiencias construtivas terem sido o que foram. Como preferi dizer, quase isoladamente, o que o protocolo de Odivelas realmente era e depois de assinado se veio a verificar.

 

Será recuperável? Acreditemos que sim e mais não quero dizer.

 

Não faço ideia porque está atrasada. Podia alvitrar muitas razões. Umas mais técnicas, outras mais económicas, outras mais politicas. Mas abstenho-me de o fazer por não ter factos que comprovem as minhas suspeitas e por considerar esse projecto demasiado importante para sequer conceber que se esteja a "brincar" com ele. Por outro lado, se há entidade na qual confio neste processo é na Ficope, pelo que acredito que tudo esteja a fazer para que os prazos venham a ser cumpridos.

 

Por mim, resta-me manter atento, desejando que a obra seja bem feita. E este bem feita implica que sirva as necessidades do Clube (embora aqui, derivado do programa, já a saiba um pouco desfasada), que cumpra prazos e que a vertigem para cumprir os mesmos não leva a não cumprir os orçamentos (que são de preço fixo e chave na mão, lembre-se)

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Sapo do Carvalho

por O 6º Violino, em 16.02.16

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A Academia Sporting recebeu ontem, várias figuras ligadas ao fenómeno futebolístico. Como nas boas famílias, em nossas casas só deve entrar quem nos respeita, e não quem durante anos nos foi hostil em vários processos, dentro e fora dos campos.

Já aqui disse várias vezes que Azevedo de Carvalho não se deve confundir com a grandeza da instituição à qual preside a prazo. E como tal não pode fazer com que o Sporting Clube de Portugal se veja misturado com os Proenças, os Duartes Gomes e os Evangelistas. 

São todos eles pessoas pouco queridas ao universo leonino. 

Azevedo de Carvalho não se pode esquecer de que nem todos somos "Vascos". Temos memória,honra e dignidade.

Não temos de engolir sapos. Não precisamos do futebol para viver, ao contrário do actual presidente. Nós, os adeptos, não temos de desculpar nada a quem nos faz mal. Não somos hipócritas!

Enquanto anda com esta gente ao colo, Azevedo de Carvalho continua a sua tentativa de expurgar associados com décadas de Clube. Tenha vergonha e respeito por quem lhe paga e e sustenta a família!

PS : o actual presidente publicou ontem, na sua rede social preferida, e sem a qual não respira, uma fotografia sua, com Jorge Jesus e com o seu pai. O que têm em comum? Todos estiveram mais de uma década sem pagar quotas. "Verdadeiros Leões"...

SL

 

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