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O criador do "problema".

por O 6º Violino, em 27.11.15

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Já refeitos da exibição de ontem, bem como do excelente resultado, fica no ar a intervenção pós jogo de Jorge Jesus.

Jorge Jesus afirma peremptoriamente que o resultado de ontem lhe provoca um novo "problema".

Analisando de uma forma simplista, podemos afirmar que pode ser um bom "problema", visto termos conseguido uma importante vitória, que nos permite apenas depender de nós para nos qualificarmos para a próxima fase da Liga Europa.

Seguindo o mesmo raciocino, a única alternativa é entrar na máxima força, no próximo encontro para levar de vencida a formação turca, e assim nos qualificarmos. Independentemente dos jogos que se seguirão. Estamos com 3 meses de temporada, e não faz qualquer sentido fazer gestão de plantel. Se tivermos a capacidade de chegar longe em todas as competições, o que acontecerá por volta de Fevereiro/Março?

Analisando os factos (e não os fatos) em concreto, quem foi o responsável pela criação deste "problema"?

Nem mais, nem menos, que o próprio Jorge Jesus, que desde o inicio desta competição a desvalorizou, e logo após o fracasso da não presença na frase de grupo da Liga dos Campeões, o que causou embaraço nos cofres leoninos. Janeiro será o timing para atestar do verdadeiro rombo, com a eventual venda de activos desportivos. Caso contrário as contas entrarão novamente no vermelho.

No recente jogo na Albânia, sofremos uma das mais desprestigiantes derrotas da "história europeia" do Clube, culpa das opções estapafúrdias de Jorge Jesus. Os três pontos na Albânia, praticamente tinham resolvido o "problema" agora criado.

O Sporting não se pode dar ao luxo de desrespeitar os seus sócios e adeptos, desprezando uma competição, e ao mesmo tempo cobrar bilhetes a preços de uma "Liga dos Campeões". Além do mais, nenhum sócio com dois dedos de testa admite que se coloque uma competição de algum prestigio internacional de parte. Desrespeitar a competição é desrespeitar o Clube.

Que sirva de lição para o futuro.

 

Nota final: A maioria dos comentários nas redes sociais, quer de perfis verdadeiros, quer dos inúmeros falsos, enaltecem a forma grosseira, brejeira e idiota, com que alguns dos representantes do Clube nos programas de debate(?) desportivo,têm vindo a actuar. Baixar a um nível "lampiónico" de Pedro Guerra, foi algo nunca visto. Qualquer dia teremos um "Barbas" ou um "taxista Jorge Máximo" a ser alvo de chacota permanente. Quem defende nomes como Carlos Dolbeth para nos representar podia ser lampião. É igual.

SL

 

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publicado às 14:05

Relações de Causa Efeito

por Lizardo, em 24.11.15

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Estamos a entrar no fatídico mês de dezembro. Este mês costuma ser caótico para o Sporting. Este ano, depois das três vitórias, categóricas, ao principal rival, temos razões para acreditar que temos tudo para sermos campeões de inverno e continuar na primeira posição em 2016.

 

Mas falemos do nosso plantel. Sem sombra de dúvidas o mais equilibrado dos últimos anos. Sem jogadores fantoche, como Naby Sarr ou Magrão, sem investimentos em Slavchevs ou focos de problemas como Shickabalas.

Este ano acabou-se também o mito Ryan Gauld e o insistente discurso que os reforços estão na Equipa B.

Esta época o plantel sénior tem mais soluções e mais garantias, apesar de necessitar urgentemente de reforços para continuar e manter um nível exibicional consistente até ao final da época.

 

Este Sporting de Jorge Jesus necessita de um grande central. Esta é a posição mais urgente. Ewerton continua a revelar os fantasmas da sua contratação, jogador que chegou na época de Marco Silva, numa fase critica da época e que só ficou apto a jogar no fim da mesma. Depois já teve várias lesões e continua a não conseguir resolve-las, dando a entender que a lesão pode ser crónica. Muito ao exemplo das contratações de Rodriguez e de Luis Aguiar.



Este ano as contratações foram feitas com critério, Ruiz é um jogador acima da média, Teo revela algumas limitações mas tem sido muito útil, Naldo também cumpre e João Pereira tem vindo a subir de forma.


Slimani continua sem um parceiro à altura, trabalha o dobro dentro de campo. E talvez seja esta a sua forma preferida de jogar. Corremos o risco, com lesões ou castigos, ficar órfãos de quem tem decidido tantos jogos na presente época.

Como é sabido, todos os anos temos que vender jogadores. É a lei do dinheiro e a lei do mercado, e acima de tudo a lei dos empréstimos da Banca. E este ano não será exceção, ainda para mais depois da eliminação da Champions e o continuar sem patrocinador.

 

Fala-se de Adrien para o Mónaco, o que a ser verdade, seria um rude golpe nas nossas aspirações. Adrien é um dos melhores jogadores do plantel e o único jogador que temos com as características de motor, tração e pulmão. Aquilani e Paulista não conseguem ter o ritmo nem chegar à classe de Adrien nas suas funções. Adrien, como Patrício mereciam acabar a carreira de Leão ao peito.



Uma palavra de apreço a um dos principais obreiros do que está atualmente a acontecer no Sporting, Leonardo Jardim. Agarrou o Sporting completamente desmotivado e falido psicologicamente. Ergueu um Clube, construiu uma base e promoveu vários jogadores à primeira equipa, nomeadamente: William Carvalho (lançado nos tempos de José Couceiro), apostou em Mané de forma clara, deu o meio campo a Adrien, transformou Cédric num lateral moderno e fez muito pela adaptação ao jogo que hoje tem Carrillo.

Jorge Jesus muito lhe deve, pois muito do trabalho estava feito.



Com Jorge Jesus temos agora a capacidade de dar o salto que só os grandes treinadores conseguem impor às suas equipas. E se o fracasso Champions foi difícil de digerir, não deixa de ser claro que este Sporting é o melhor Sporting dos últimos tempos.



Em jeito de homenagem, das poucas que consigo apontar ao Presidente Bruno de Carvalho, em três anos, contratou três grandes treinadores, Leonardo o obreiro, Marco Silva a consistência e com Jesus a potência e esperamos todos a afirmação das vitórias.



Jesus tem agora que apostar no que tem de melhor o Sporting, a sua formação, ou o que dela ainda resta, pois Gelson e Matheus são certezas, Rúben Semedo é um grande jogador, Esgaio tem uma maturidade muito acima da média e Wallyson está emprestado e tem muita qualidade. Nas camadas jovens, e nomeadamente nos Juniores e na Equipa B há um défice de qualidade individual como não se via há muitos anos. Vamos sentir esse reflexo nas próximas duas ou três épocas, onde as promoções à primeira equipa podem ser na casa dos “zero”.



Estamos portanto em primeiro na Liga, continuamos na Taça de Portugal e queremos continuar na Liga Europa.



Que todos os intervenientes compreendam que agora é que vem à tona as suas reais capacidades de gestão. Do Presidente ao Treinador, queremos ponderação e mais paz, menos ruído e menos banalidades.

Que fique claro que toda a ação provoca uma reação. Tenhamos nós peito para tantos casos em tribunal e tantas guerrilhas internas e externas.

O Sporting merece outro futuro, espero que todos os compreendam.

 

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publicado às 09:56

À 3ª foi de vez

por Trinco, em 22.11.15

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Ao contrario do que foi sendo propagado pela comunicação do Clube, dando a sensação fanfarronica de ao não haver 2 sem 3 a vitória seria algo de garantido, mantendo-me pela via dos adágios populares, o que me interessava mesmo é que à 3ª fosse de vez.

 

Que à 3ª se vencesse, indiscutivelmente, sem sombra de dúvidas e com evidente superioridade. Que à 3ª se produzisse jogo que tirasse as dúvidas sobre os acasos de sorte, nos lances e nos jogos. Que à 3ª, não fossem os casos ou os lances duvidosos a ter relevo. Que à 3ª se tivessem certezas, ou mais perto disso.

 

E isso para mim, apesar dos queixumes do adversário aconteceu.

 

Fizemos de longe os melhores 45 minutos da época, demonstrando enorme superioridade e reduzindo o adversário, naquele período, a uma banalidade que não lhe é real. Fomos nós que a causámos. Depois de uma 1ª parte surpreendidos e à procura de perceber o que o adversário fazia, leituras e opções acertadas transformaram o jogo. E nem as alterações forçadas foram constrangimentos. Apenas, naturalmente, a componente física impediu a continuação de toda a intensidade de jogo vivida naqueles longos 1ºs minutos deste tempo. E mesmo tendo sido, possivelmente o mais equilibrado dos 3 jogos, foi aquele em que mais vi o Sporting. Mesmo com problemas físicos, mesmo alguma escassez de profundidade e opções.

 

Do adversário, que continue a errar, mas que evite os erros grosseiros de análise pós-jogo e que evite manter em campo jogadores com traumatismos cranianos. E que já agora se escuse de relacionar a derrota, com os lances que provoquem essas mesmas mesmas lesões.

 

Da nossa parte, que se regresse à terra, que não se entre em euforia, que não se encha o balão, que não se entre em fanfarronices e provocações (bem, mais um dia de Schadenfreude não faz grande mal e no deve e haver destas contas ainda temos muito crédito) e que se tenha a consciência real do que somos, do que temos e do que valemos.

 

P.S. E ja agora, que os acertos de mercado de Inverno sejam acertados, nas entradas, e especialmente nas saídas (qualquer saída nos 3 do meio campo será preocupante, para não usar, hoje, adjectivação muito carregada), e que os mesmos acertos acrescentem e não reduzam à nossa qualidade e capacidade.

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publicado às 08:59

Hora da Banalidade

por Lizardo, em 20.11.15

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Ontem o Presidente apresentou-se uma vez mais a sócios e adeptos, na já célebre Hora do Presidente na Sporting Tv.

Na minha opinião acho que o programa é uma grande ideia. E acho que deve continuar. Mas também acho que a hora que se perde a ouvir o Presidente deveria ser uma hora com conteúdo e pleno de novidades.

Nem meia hora tinha passado e passava pela minha cabeça que nem a Sporting TV merece um diretor como o Nuno Graça Dias, pois são totalmente evitáveis expressões como “Cada um tem o Rui Gomes da Silva que merece”, nem nós merecemos o Presidente que temos, pois apresentou-se, uma vez mais, quando tocou na tecla Rui Barreiro, um membro de Órgão Social, eleito democraticamente e eleito pela Lista de Bruno de Carvalho para o Conselho Leonino.

Uma hora a ouvir o que todos já sabemos, e uma hora a falar muito pouco da realidade do Sporting.

Falou-se dos Vouchers do Benfica novamente;
Falou-se do número de adeptos em Portugal e espalhados pelo mundo dos três grandes novamente;
Falou-se da grande capacidade gestora e sublime inteligência que tem novamente;
Falou-se em pequenos apontamentos e repetiu-se o que todos já sabemos sobre o fenómeno do futebol chinês.
E não se falou de mais nada.

E tanto que há para falar.

Há tanto para explicar sobre os documentos que vão surgindo no Football Leaks, nomeadamente penhoras, comissões de jogadores, jogadores contratados.

Há tanto para explicar sobre a real forma de investimento na China, explicar realmente o fenómeno, e não omitir as dificuldades que há décadas aquele continente não consegue criar para que o futebol se imponha na cultura daquela gente.

Há tanto para explicar sobre o caso Carrillo.

Há tanto para explicar sobre o nosso patrocinador, que até pode ser chinês também.

Há tanto para explicar sobre a situação das modalidades, em especial do Hóquei que esta época tem estado uns furos abaixo da normalidade.

Há tanto para explicar sobre a renovação de contrato com o nosso Treinador do Futsal.

E se falou tanto de Rui Barreiro, deveria ter falado mais sobre o que tem acontecido e como se tem debatido no Conselho Leonino.


E assim vamos andando, uma hora a preparar os adeptos para uma possível venda, quem sabe, Adrien para o Mónaco;

Uma hora a preparar os adeptos para que uma possível derrota sábado não seja o fim do mundo, e realmente não é.

Uma hora de pré-campanha, como sempre, apesar de ter afirmado que não pensa nas eleições, e até acredito, mas devem ser as Presidenciais para a Republica Portuguesa.

A Hora do Presidente poderia e deveria ser um espaço gratificante e recompensador para os Sócios e Adeptos, que ouviriam em primeira mão certas e determinadas notícias. Exatamente o oposto.

Assim vamos continuando, com a Hora da Banalidade. Para o mês que vem há mais, se pelo meio não acontecer nada de extraordinário que o obrigue o Presidente a antecipar.

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publicado às 10:32

O alvará

por Trinco, em 16.11.15

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Finalmente foi deferido o licenciamento da obra do pavilhão, aquele que permite a sua construção. Até ao momento do seu deferimento, o que havia era um o alvará de trabalhos de escavações e contenção periférica, deferido em prazos bem mais curtos. E foi esse alvará que permitiu andar a fazer que se fazia alguma coisa durante 12 semanas.

 

Qualquer pessoa minimamente esclarecida sobre o desenvolvimento dos processos construtivos percebeu, que essas 12 semanas, dado o progresso dos trabalhos, pouco mais foi que uma encenação. Metade desse tempo chegaria para ter a obra no ponto que estava ao fim deste período.

 

Neste momento, finalmente, a obra a sério poderá acontecer. E ainda bem.

 

Mas do painel que anuncia o alvará de obras, outros dados se tornam evidentes.

 

Desde logo o prazo de 16 meses, de acordo com o previsto com o cronograma da empresa de fiscalização, mas que contas feitas acabará já em Fevereiro, a queimar o estratégico momento desejado para a sua inauguração. E isto sem contar com os 2 meses previstos, também no cronograma da empresa de fiscalização para ensaios, vistorias, recepção provisória e obtenção de licenças de utilização. Escusado será mencionar o risco de quaisquer outros atrasos...

 

Pessoalmente, não é este prazo que me preocupa. Mesmo sendo duro de conseguir, acredito que será possível. Assim acha capacidade técnica do empreiteiro e poucos imprevistos à sua volta.

 

Do painel que anuncia o alvará de obras, outros dados são apresentados, que me merecem maior reserva e preocupação. São eles, fundamentalmente, o facto de estarem licenciados 9.103m2 de área total de construção em 2 pisos acima da cota de soleira e 1 abaixo. É que no plano de pormenor aprovado, era permitida uma área de 10.850m2 em 2 pisos acima do solo (4.050m2) e outros 2 abaixo (6.800m2). Isto quer dizer que desperdiçamos, por vontade própria, 1.747m2 (para se ter uma noção, uma quadra ocupa cerca de 1.056m2) de capacidade construtiva. Isto em algo que, na minha opinião deveria ser explorado, nomeadamente na sua valência desportiva, ao milímetro.

 

E importa então saber o que ficará de fora, será cortado ou retalhado do extenso programa apresentado aos concorrentes (ao adjudicatário e aos outros que não tiveram hipótese de rever e valoras as propostas segundo estes novos pressupostos):

  • Serão os 3.000 lugares sentados?
  • Será algum dos 10 balneários para equipas, treinadores e árbitros?
  • Será a sala VIP com catering para 50 pessoas?
  • Serão os 6 camarotes e 50 lugares VIP?
  • Será o camarote presidencial com 50 lugares e copa de apoio?
  • Serão os 230m2 em gabinetes para a direcção?
  • Serão os 600m2 para o Museu?
  • Serão os 500m2 para a Loja?
  • Serão os 600m2 de arrecadações?
  • Serão os 600m2 de ginásios e salas de musculação?
  • Serão os 200m2 de salas para as modalidades?

E importa também saber, porque é que, aparentemente, tendo a proposta vencedora sido valorada para todas as valências, e tendencialmente para 10.850m2 de construção porque é que com esta redução o preço se mantém?

 

Pessoalmente isto preocupa-me porque vejo que, provavelmente a última hipótese de construir um pavilhão em Alvalade, não explora as disponibilidades ao limite. E se já não o fazia no programa de concurso em relação à vertente desportiva, o que mesmo discordando, aceito como sendo uma legitima decisão do Conselho Directivo do Clube, agora, com total desconhecimento sobre o projecto licenciado, o contexto possa agravar-se.

 

É que sendo a última hipótese, ela deveria ser explorada ao máximo de maneira a responder às necessidades reais (e na minha opinião com incidência predominante na vertente desportiva). É que sendo a última hipótese ela não deveria, não poderia ser falha e omissa nessa resposta. É que cada vez mais me parece que se vai construir porque sim, para provar capacidade e agitar como conquista, algo que a prazo será visto como mais uma oportunidade perdida.

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publicado às 11:02

Informação e adesões

por Trinco, em 15.11.15

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Ontem o Sporting jogou. E jogou em várias frentes.

 

Referindo apenas as vertentes seniores, jogou em Hóquei e perdeu, jogou em Rugby e perdeu, jogou em futsal e ganhou, jogou em Ténis de mesa e ganhou e jogou em Andebol e ganhou.

 

Curiosamente, no que se tornou (tristemente diria) o principal meio de comunicação do Sporting com os seus sócios e adeptos, a sua página facebook, os dois primeiros resultados são completamente ignorados.

 

Como já escrevi, as vitórias e derrotas tem os mesmos exactos proprietários. São nossas!

 

Também curiosamente, um dos responsáveis pela alimentação da máquina de propaganda dizia ontem na sua conta de twitter, numa altura em que o resultado do Andebol estava tremido (19:49) que:

 

não há nenhuma equipa no Sporting que me desiluda tanto...

 

O jogo acabou 31-28 e o arrependimento deve ter originado mais uma mudança de sentimento.

 

Noutro contexto, verifico como o anuncio de um jogador, longe de ser consensual ou uma contratação sonante ou incontestável, tem mais adesão por parte dos Sportinguistas através dos seus gostos que um emocionante testemunho sobre o que é ser Sporting do atleta Luís Ribeiro. Letras a mais, presumo...

 

 

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publicado às 11:17

As oposições

por Trinco, em 12.11.15

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No seguimento do post sobre as falácias utilizadas em vazio argumentativo quando e contra quem quer que seja ouse criticar ou discordar do actual status quo, surge a criação do conceito de oposição ou oposições aplicado ao contexto do Clube.

Mais uma vez, este conceito é, neste contexto, uma aberração de quem vê sombras a cada esquina, pois precisa delas como combustível para o seu modo de estar. Poderia ser mais confortável compartimentar e identificar alvos, mas não existe!

Não existe essa oposição que teima em ser apontada. O Sporting não é uma democracia parlamentar, não tem correspondência proporcional dos resultados eleitorais. Nem sequer é, na maior parte das suas decisões uma democracia participada. É uma espécie de democracia indirecta, onde a lista mais votada adquire a legitimidade total para dirigir o Clube durante o mandato que que lhe é atribuído sem que os vencidos tenham interferência funcional nessa gestão. E é assim, seja por um voto, seja por 10.000 votos.

E não existindo, a reclamação da sua existência como condição para legitimar quem critica é absurda. apenas e só!

No limite, o mais próximo que temos dessa representatividade, encontra-se num órgão moribundo e vazio de conteúdo, que opera sabe-se lá como e quando, num quase secretismo "maçonico", que é o Conselho Leonino.

Por outro lado, por mais que queiram acreditar e fazer acreditar o contrário, não existem evidencias grupos organizados nesse objectivo, homogéneos e com pensamento doutrinário comum consolidado. Existiu, circunstancialmente dos dois anos que antecederam as últimas eleições, mas essa não é a norma e seguramente, pelo que me é dado a assistir, não é a realidade.

Existirão grupos de familiaridade, tertúlias, que tenderão a ter as mesmas ideias e desejos, mas longe de serem projectos de poder, e mesmo entre eles, bastante heterogéneos na profundidade e extensão da abordagem critica.

Como sempre houve aliás.

No Sporting, no que à gestão e linhas de rumo diz respeito, cada um é oposição e apoio. No sentido que cada um pensa por si, estabelece juízos por si e decide quando assim é chamado em consciência. Pelo menos assim deveria ser, embora o seguidismo, a omissão de raciocínio e a opinião de eco cada mais vez seja a regra.

Por mim sou, como era e continuarei a ser, em nome pessoal e independente, oposição a tudo o que considerar contrarie o que é a essência do Clube, que desrespeite a sua identidade, que ignore o seu paradigma de fundação, que o limite no seu futuro e que o descaracterize a ponto de o tornar igual ao resto.

Fui, sou e serei, com maior ou menor acção, entre outras coisas, oposição à repetição de erros, à descaracterização, à manipulação, à ignorância, à mentira, à calúnia, à perseguição, aos compromissos pessoais, a alianças voláteis e a interesses escondidos.

Pelo menos até ao momento que me considere total e irremediavelmente estranho numa qualquer realidade que torne este Clube noutra coisa qualquer, com que não me identifique e no qual não me reveja ou não veja possibilidade de reverter.

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publicado às 12:33

Falácias

por Trinco, em 11.11.15

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Tem sido comum a proliferação da mensagem que estabelece a ligação directa de quem ouse criticar este conselho directivo a um qualquer saudosismo de outros tampos recentes, exigindo-lhes por via disso a apresentação obrigatória de uma qualquer alternativa.

Ora isto, é uma gigantesca falácia, de quem limita a democracia e a liberdade de expressão aos momento eleitorais. E é uma falácia criada e ensaiada, usada como argumento desconexo, que de tão orquestrado e repetido encontra eco em muita gente, manipulando-a e remetendo-a ao silencio.

Como se não gostar de Coelho me obrigasse a gostar de Costa, ou não gostar da camisola amarela impusesse gostar da roxa.

Como se discordar das politicas nacionais me comprometesse a formar um partido e concorrer a eleições ou se criticar um treinador me forçasse a ter que tirar o curso.

A democracia não funciona assim. A democracia não se põe em espera fora dos períodos eleitorais. A democracia pratica-se todos os dias, na argumentação, no embate de ideias e diferenças e acima de tudo na formação de juízos e na critica que exercemos sobre o que vivemos. E nem sequer obriga à acção directa na coisa comum para ser praticada. A democracia são escolhas. E essas escolhas são-nos postas todos os dias. Concordamos ou discordamos. Criticamos ou aplaudimos. No momento e de acordo com o nossa exigência, as nossas esperanças e expectativas. E são estas escolhas que nos farão ter opinião e decidir ponderadamente no momento certo.

Querer tornar toda a gente numa massa amorfa e imóvel na sua capacidade de decisão e opção, apenas activada nos momentos eleitorais é, além de perigoso pelo potencial de manipulação que isso encerra, um enorme atestado de menoridade a nós próprios, aos nossos pares e à sociedade.

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publicado às 15:33

Cresçam!

por Trinco, em 10.11.15

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Tem sido recorrente nas últimas semanas, em certas caixas de ressonância, a tentativa de comparar o incomparável, com o objectivo de continuar a rebaixar um treinador que saiu do Clube de maneira muito feia e pouco cordial.

 

Desde já afirmo, acho Jesus melhor que Silva! E como eu, achará a maior parte dos adeptos e especialmente aqueles que agora forçam as comparações, sem perceber que ao faze-lo estão a menorizar também o que querem enaltecer. É que se Jesus é melhor, estranho seria que os resultados fossem piores, pelo que a comparação é, utilizemos um adjectivo "soft"...parva!

 

Por outro lado, poderão estes dizer, que é uma resposta aos do outro lado (o que quer que isso seja) que aplaudem a brilhante carreira nesta época do anterior treinador. Mais uma vez falham em perceber, que esse aplauso terá como objectivo principal não o marcar de uma preferência por este, mas sim realçar a sua qualidade e repor algo de verdade na campanha orquestrada, com direito a brieffings de difusão de mentiras pelos mesmos que hoje comparam o incomparável.

 

Mas ainda assim, caso a comparação seja feita, convinha contextualizar. É que ter Sarr em vez de Naldo, não é a mesma coisa. Oliveira com um ano de experiencia a jogar no Clube, não é a mesma coisa. Ter Tanaka em vez de Teo, não é a mesma coisa. Ter Geraldes, Rosell, Slavchev, Rabia, etc. em vez de Paulista, Aquilani, Ruiz, etc. não é a mesma coisa. Ter uma série de reforços para a equipa B com que pouco se pode contar para a A, não é a mesma coisa. Ter um meio campo rotinado a jogar, não é a mesma coisa. Jogar nessas 10 jornadas contra os dois principais rivais, não é a mesma coisa. Jogar contra o rival da cidade do ano passado e deste, não é a mesma coisa. Jogar a mio da semana jogos de Champions, não é a mesma coisa. Não ter plantel para fazer qualquer rotatividade, não é a mesma coisa!

 

E isto não retira nada á capacidade e resultados do actual treinador. Apenas não é comparável! Pelo menos assim, de maneira tão dogmática e isolada!

 

Por outro lado, e num tema que aparentemente lhes é muito querido, se havia queixas na arbitragem nesses 1ºs 10 jogos do ano passado (e nos outros todos, pois parecemos ter sempre queixas), convinha que, por coerência, essa componente fosse reflectida nessa "análise" comparativa! Mas a coerência é algo incómodo quando se é pago para papaguear e promover divisionismos. Aí, o enviesamento passa a ser o melhor amigo!

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publicado às 10:20

Homens de Palavra

por Lizardo, em 09.11.15

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Ontem vencemos em Arouca. Para uns foi a estrelinha de campeão, para outros o colinho e ainda para outros a insistência e a atitude que este tipo de jogos obrigam a ter para conseguir vencer.

E fiquei bastante feliz com a vitória. Extremamente importante para acalmar o plantel, agora que temos uma paragem, e acima de tudo, para recuperar baterias e recuperar animicamente alguns dos jogadores que vergonhosamente saíram derrotados do jogo na Albânia.

Voltando ao jogo dentro das quatro linhas, foi fraco, mas já se sabia que não seria um jogo bem disputado, muito por culpa da filosofia de jogo do Arouca. Que sinceramente não critico, pois sabem defender, sem somente destruir e sabem sair a jogar, pois criaram alguns dissabores à defesa do Sporting.

Dentro de campo o rendimento de alguns jogadores muito deixou a desejar, e de alguma forma incompreensível pois foram todos poupados para este jogo, à exceção de Adrien Silva. 

Jefferson saiu ao intervalo, supostamente lesionado, João Pereira voltou às exibições negativas, o meio campo teve dificuldades em criar jogo, Teo foi de uma nulidade assustadora, Brian Ruiz a espaços animava as bancadas e Slimani fez um jogo de desgaste da defesa. Na minha opinião, os melhores, Esgaio e o João Mário.

Pouco interessa agora quem jogou bem ou mal, vencemos e na minha opinião vencemos bem, pois fomos a única equipa que em 90 minutos procurou vencer o jogo de forma constante. Somos claramente superiores a esta equipa do Arouca.

Ao árbitro um cartão amarelo pela forma como geriu a partida. Continua a acontecer no futebol nacional, e de forma recorrente, a amostragem de cartões amarelos completamente desenquadrados. Uma falta junto à linha lateral antes ou perto do meio campo, só é passível de sanção disciplinar no campeonato nacional. 

A Lito Vidigal os parabéns pois prova ser um bom treinador, mas duvido que algum dia chegue a ser um grande treinador. Esta filosofia de jogo só se enquadra em Clubes que jogam pela manutenção. 

Sobre os casos, bem aqui reside o título deste texto, Homens de palavra.

Ontem fomos claramente beneficiados. A grande penalidade cometida por Naldo é maior que o milagre de Fátima. Podem os católicos dizer que o milagre não tem medida, e para Cosme Machado e para o fiscal de linha também não teve. Mas é um lance, daqueles que um espetador, dos poucos mais de 2.500 viram logo sem necessidade a repetição na TV.

Os Homens de Palavra são aqueles que se queixam quando são prejudicados, e os primeiros a falar quando são beneficiados.

É muito fácil aludir com a verdade desportiva sempre que é conveniente. Mas quando nos bate à porta os favorecimentos, esquecemos rapidamente. E a história do futebol português é prodiga neste tipos de acontecimentos.

 

Os três grandes são, há décadas, favorecidos de forma sistemática. Se há entre os três um mais prejudicado, também não tenho dúvidas, e é aqui que deveria residir a inteligência dos Homens de Palavra, que agora, curiosamente andam mudos que nem estátuas, calados que nem ratos, escondidos que nem sombras.

Ontem quer o Presidente quer o Treinador deveriam ter focado o lance de Naldo na nossa área, e transformar esse lance em nosso favor. Pois são estes tipos de lances que nos últimos anos nos têm empurrado para longe dos títulos. Ontem o Presidente deveria ter voltado a apontar a falta de qualidade da equipa de arbitragem, e este lance deveria ser a bandeira. 

Os grandes Homens, ontem, deveriam saír de Arouca com duas vitórias, a do campo e a do caráter.

Ficámos, uma vez mais, com a vitória do campo. Com muita pena de muitos Sportinguistas que rapidamente se apressaram a sair à rua ou para as redes sociais a afirmar de viva voz que sim, fomos beneficiados num lance ridículo onde não se conseguem encontrar explicações para que não tenha sido validado.

Como Sportinguista gosto e vivo para comemorar vitórias. Mas cresci com o meu pai e outros grandes Sportinguistas a dizer que eramos diferentes, e era e foi essa diferença que hoje me faz ser um grande Sportinguista e andar tão agastado com certas e determinadas atitudes.

A falta de palavra não revela só a falta de educação, revela que não há sapiência, e acima de tudo, revela algo muito pior, a mentira que nos é vendida pela frente e que em nada se evidencia na realidade do dia-a-dia.

Agora é tempo de pausa. Espero que assim continue o silêncio. Para o bem de todos, em especial da sanidade mental de todos nós Sócios do Sporting. 

 

Os Homens de Palavra são um bem escasso, tão escasso como a qualidade do nosso futebol.

 

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publicado às 14:25

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Sobre o Sporting, com verdade, exigência e espírito critico. Sem reverencias nem paciência para seitas!






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