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A desresponsabilização e pré-justificação para um eventual fracasso na época que vem começa a atingir graus surrealismo.
Diz o presidente que "Não sei que orçamento terei na próxima época". Eu também não sei que orçamento vou ter para a mês que vem...São contingências. Cabe a cada um ponderar e perspectivar o que poderá acontecer. Faz parte das nossas vidas, como faz parte da gestão da SAD de futebol de um Clube.
Um orçamento é sempre uma estimativa. Conta com receitas, conta com despesas, que podem ou não verificar-se. É sempre uma incerteza. Pode ter um grau de previsibilidade maior ou menor. Mas tem que ser feito.
De resto, esta era uma situação que estaria prevista pela natureza da competição (ficamos em 3º como podíamos ter ficado em 1º, ou em 7º) e devia estar prevista pela administração da SAD.
E estaria, pelo menos a acreditar na afirmação a 29 de Abril: "Estamos a um ponto de um objectivo, e a um jogo de outro".
A preparação das épocas sempre se fez sob estas condicionantes. Sempre! Mas tem que ser feita. Obviamente pode não ter a certeza se tem 100 ou 10 para investir. Mas não pode ficar inactivo à espera que tudo se defina e/ou clarifique para aí decidir . Não o fazer é que é grave e comprometedor do futuro imediato.
E não se faz em Maio. Maio já é tarde demais!
Por outro lado, afirma também as dificuldades em obter patrocínios. E mais uma vez eu afirmo: a responsabilidade de encontrar soluções é do Conselho de Administração da SAD. É ele que tem que encontrar e convencer os parceiros a quererem e a negociarem condições. Foi isso que os rivais fizeram e ao que consta já estará feito. Uns com a Emirates, outros com a Sonae ao que parece.
Agora, que é difícil ter condições idênticas, é! Estamos numa fase de reestruturação, temos menos presença que os outros. Mas há limites! E também não ajuda ser um clube em constante guerra a tudo e a todos, nem querer dar um chouriço a quem der um porco.
Esta época já dificilmente haverá as desculpas estafadas do que vem de trás (embora não duvide que o vão tentar mais uma vez). É a epoca de viragem do meio de mandato e a responsabilidade de tudo o que acontecer, para o bem e para o mal, para o planeamento e para o caos será deste Conselho de Administração da SAD
Depois de um pequeno rumor nas redes sociais, lá vem o clube, com 132 dias de atraso informar que uma das fases da auditoria em atraso será apresentada em final de Junho em AG já prevista (a outra com 42 dias de atraso fica para outra AG, também estatutariamente prevista, para fim de Setembro), explicando que o atraso se deve à "exigência e rigor" na análise. por mim, tudo bem. Concordo e apoio. Sempre achei que os atrasos poderiam ter justificações deste tipo. Já o atraso das justificações é mais incompreensível e indesculpável. Por outro lado, esta justificação descalça quem nos últimos dias andou a acusar o presidente do CFeD, Bacelar Gouveia, de ser o responsável pelo atraso, deixando no ar a dúvida se a razão da acusação era o atraso ou se este foi apenas o pretexto...
Em relação ao Pavilhão, depois do comunicado do Clube, a resposta do empreiteiro. Menos explicativo mas peremptório na negação das alegações do Clube remetendo para os tribunais a resolução do caso. Por principio, acredito no que o Clube diz e esta caso não é diferente. No entanto não posso deixar de registar alguma perplexidade com o facto de um empreiteiro da dimensão da Somague aceitar pôr em risco uma obra de 10M€ por menos de 3% desse valor e fazer isto num processo de "concepção-construção" de preço final fixo e chave na mão.
No dia da final da Taça, o Clube propõe-se abrir bancadas e relvado do estádio para quem queira ver o jogo em família. Pessoalmente não sou apreciador destes eventos, mas haverá certamente quem goste. No entanto a coisa fica mais complicada quando se cobra 40€ de entrada com direito a duas bebidas e duas sandes (e sem direito a levar mais comida de casa) e se estabelece o objectivo de completar a Missão Pavilhão. Ora neste momento faltam aproximadamente 440k€, admitamos que 75% das receitas revertam para este fim (alguém terá que pagar a fornecedores e nem vou meter o IVA na história) seriam necessárias mais de 14.500 pessoas em Alvalade e a adquirir as entradas mais caras. Além disso pergunto-me: Resistirá o relvado? Caso se ganhe, onde se fará a festa?
Por estes dias, os Departamento Jurídico do Clube deve ser dos mais sobrecarregados de trabalho. são processos a aparecerem como cogumelos. Ele é Doyen, ele é Somague, ele deverá ser Carrillo...Não deverá faltar muito para terem que meter pessoal.
Fazendo fé, e sendo verdade, o que vem no diário desportivo O Jogo, estaremos perante mais um processo a resolver em tribunal.
De facto, este Presidente, começa a ser conhecido como um dos principais impulsionadores dos processos jurídicos em Portugal. Mas o País já é pequeno, agora vamos à "conquista do processo" a nível europeu. É mais chique, de facto.
Confesso, se em face da inexistência de resultados desportivos minimamente satisfatórios, se já não há aqui, um atirar de "fogo de artificio" para manter o povo entretido.
Numa altura em que se anda a discutir o preço das bifanas no "picniCÃO do Zé Eduardo", processo Doyen, processos a antigos jogadores, processos a sócios, processo Somague, os nossos rivais vão festejando títulos...
Nota final: Começa a fazer confusão a empresários com prestigio, que o Sporting Clube de Portugal de hoje, rasgue contratos com a facilidade que respira. Haverá investidor sério, empresário sério, que embarque nesta aventura de empurrar tudo com a barriga?
SL
A 29 de Abril, à entrada de um jogo de ténis do Estoril Open, Bruno de Carvalho afirma:
"Estamos a um ponto de um objectivo, e a um jogo de outro"....
A 7 de Maio, no dia de Homenagem aos adeptos Sportinguistas falecidos, afirma:
“Cabe a nós corrigir a mentalidade que o Sporting ao longo das últimas décadas infelizmente foi adquirindo de um clube que se contenta com pouco, para ser um clube que só se contenta com vencer”.
Duas afirmações, a primeira, desresponsabilizando jogadores e equipa técnica, para além do pontinho necessário...
A segunda, já utilizada desde a Campanha Eleitoral de 2011, até aos dias de hoje, "exigência máxima, fazer mais com menos", etc., tudo já mais do que ouvido e entendido.
De todo o modo, facilmente se encontra contradição absoluta de discursos.
Como é que os jogadores e restante staff, não andarão confusos?
SL
Faz hoje um ano
Pré-lançada atabalhoadamente, a 12 de Abril de 2014, num jogo da Liga de Futebol contra o Gil Vicente, nomeado de "Jogo das Modalidades". Sem contextualização nem qualquer informação que a suportasse ou promovesse verdadeiramente. Sem que se pudesse de imediato participar, esperou quase um mês até ser formalmente apresentada.
Mas nem aí a informação abundou. Um site bonitinho com um contador de contributos e um separador de FAQ cheio de erros e em constante alteração onde se iam mudando alguns pressupostos mas pouco corrigindo os lapsos.
Um "bruá" correu pelo Universo Leonino. Uns liam e analisavam o escrito para concluírem a quase impossibilidade de sucesso pois seriam necessárias 300.000 participações, outros, inebriados pela possibilidade, "davam" o edifício como pronto e a estrear.
Foi preciso esperar uns meses para perceber que, contrariamente ao escrito e dito muitas vezes, o Pavilhão não estaria dependente apenas destas contribuições. Foi aí que se soube que parte das verbas decorrentes da transferência de um jogador do plantel de Futebol seriam canalizadas pela SAD para o Clube para esse efeito.
€9.0M, mas condicionando o funcionamento da Missão, note-se, até serem angariados €1.0M (conforme comunicado à CMVM em 19 de Agosto de 2014)
Propositadamente deixo de fora quaisquer elaborações pessoais sobre as contingências que considero recaem ou podem recair sobre este valor. Até porque já foi afirmado que ele será transferido independentemente de tudo o que venha a acontecer na "luta contra os fundos".
Assim, neste momento, em 13.073 contributos foram angariados €551.563, pouco mais que metade do objectivo (re)definido de €1.0M, já decorria a Missão há 3 meses.
Noutra perspectiva, para uma obra de €10M existem verdadeiramente pouco mais de €500k...
Podemos sempre enveredar pela leitura do copo meio cheio vs. copo meio vazio, mas com este resultado em 365 dias, depois de múltiplas exaltações colectivas da necessidade suprema da existência de um Pavilhão, tenho muita dificuldade em ver um sucesso nesta Missão, como tenho em ver o Sportinguista como alguém que pratica o que diz.
Nota: o autor é um dos 13.073 que contribuiu.
E hoje, o universo leonino acorda com a noticia que:
Pavilhão João Rocha muda de construtor
Primeiro de uma forma reservada, numa noticia premium de um jornal, depois com transcrições de um comunicado do Clube noutros sites. Comunicado esse que à hora que escrevo está presente, na integra em pelo menos uma página facebook, sem que se encontre no Site do Clube (nota: finalmente apareceu, às 11h depois de já estar nos jornais e páginas desde as 8h tendo até partes em versões impressas de jornais).
Neste comunicado, chega-se até a anunciar uma AG, sem que sequer tenha havido convocatória formal do PMAG. E dá-se essa AG como sendo de apresentação do novo projecto, como se ela não fosse estatutariamente obrigatória para apresentação da proposta de orçamento para 2015/2016...
Sempre a derrubar barreiras!
Do comunicado, percebe-se que o empreiteiro vencedor terá apresentado para assinatura de contrato adicionais no valor de quase 620.000€. 331.000€ de adicionais concluídos necessários já após a fase de concurso, com acordo do dono de obra (Sporting) e 289.000€ de adicionais reclamados pelo empreiteiro.
A ser assim, e não tenho razão para duvidar, obviamente que o Sporting se encontra com toda a razão para proceder desta forma. O processo exigia uma empreitada de concepção-construção, de preço global - chave na mão. Ainda assim aguardo resposta da Somague, para estabelecer juízos finais, uma vez que há sempre dois lados da mesma história.
Um processo concepção-construção implica uma proposta global de projecto e preço de empreitada, com cronogramas de pagamentos e preços determinados. Tendo respondido ao exigido no processo de concurso, não vejo como o empreiteiro possa exigir mais-valias adicionais ao seu próprio projecto, que ele próprio concebeu e orçamentou.
Aqui, quem me parece não ficar bem na fotografia é a Ficope que avaliou os processos a concurso e não detectou incongruências entre o preço proposto e o exigido no caderno de encargos do concurso e projecto apresentado.
Por outro lado, também pode querer mostrar que o dado fundamental da avaliação foi o preço. Quando assim é, raramente a melhor solução, no seu rácio custo-qualidade é a escolhida.
Mas outros factos também são estranhos. Que a solução tenha sido apresentada com grande estardalhaço e a 1ª pedra lançado com ainda mais estardalhaço sem que o contrato tenha sido assinado.
Como também é estranho que a 1ª pedra tenha sido lançada, com a presença da CML, sem qualquer projecto a licenciamento ou no limite com um projecto de licenciamento de movimentação de terras aprovado de um projecto que não será o executado.
E tudo isto soa fortemente a um deja vu do que aconteceu com Godinho Lopes e Somague na construção do estádio (sim eu sei que o processo é diferente e a margem para derrapagens não é tão livre, estando apenas a referir-me à susbstituição de empreiteiro)
Agora sai a Somague e a Quadrante (neste tipo de projecto projecto e construção são um elemento único) entra a Ferreiras e a Morschel. A 1ª uma empresa boa, com espaços desportivos construídos, onde se destaca o Multiusos de Gondomar, num processo semelhante de concepção-construção com Siza Vieira, a 2ª nunca ouvi falar.
Esta empresa, para os adicionais acordados mutuamente apresentou um valor de 297.000€ (menos 34.000€ que o equivalente Somague).
O projecto será outro, os prazos também.
Sobre o projecto, um desvio no raciocínio para registar a estranha e inusitada publicação de fotografias deste em várias páginas há umas semanas atrás, algo que cataloguei de irrelevante e sem qualquer interesse que não fosse a curiosidade, mas que visto agora soa imenso a auscultação ao Universo Leonino sobre a nova proposta.
Sobre a qualidade do projecto, cada um saberá do seu gosto pessoal, mas nas poucas imagens vejo uma série de problemas...Além de me parecer ainda mais fraco que o vencedor.
Os prazos, passam a ser final de 2016 para conclusão da obra, Março de 2017 para inauguração. Relevante parecer-me-a dizer que coincide com final de mandato e eleições.
E isto tudo acontece a escassas semanas do 1º prazo apresentado para o começo da obra.
São lamentáveis estes arranques e paragens num processo que já há muito podia e devia estar em velocidade cruzeiro...
Introdução :
É comum que se queira contar as boas novidades, mostrar as “conquistas”, compartilhar com quem gostamos tudo de bom que possuímos (materialmente ou não). Mas este processo de exposição precisa ser feito sem deslumbramento, com maturidade, para não “nos” expormos desnecessariamente ou até impormos aos outros coisas que nem lhes interessam, quando é este o caso, o comportamento deixa de ser de exposição ou expressão para se tornar puro exibicionismo. A linha disso é ténue se não estamos atentos.
A necessidade de aparecer todos nós temos, uns mais, outros menos, seja por razões ou valores. Essa necessidade exacerbada desse exibicionismo, normalmente está atrelado a busca de uma maior valorização de si mesmo, de reconhecimento, seja por parte dos outros ou de nós mesmos. Quando nos sentimos mal, com inferioridades e recalques (coisas difíceis de assumir), temos a necessidade de demonstrar aos outros o bom que somos, mesmo não sendo (se for o caso), essa demonstração como não é genuína cai sempre no ridículo do que mostramos é tão só o que realmente somos.
Acontece que por pena, compaixão, ou puro graxismo, quando o individuo tem um cargo importante, há sempre quem lhe dê atenção e elogios, percebendo o quanto aquilo é importante para aquele que se mostra tanto. Talvez, quando conseguir mostrar apenas aquilo que possui genuinamente, mesmo que sejam coisas que não lhe pareçam tão glamorosas, possa ser mais respeitado e verdadeiramente admirado pelos outros.
Desenvolvimento :
Atravessamos um período que tivemos presidentes que dedicavam pouco tempo ao Sporting, uns até, em período de part-time, acusados e bem pelos sócios de não sentirem o clube e não acompanharem de perto a vida do clube. O paradigma mudou, temos agora um presidente presente, desde o futebol onde vê os jogos do banco, ao Andebol, Futsal, Hóquei, Polo Aquático, Dardos, futebol de Praia, tudo, onde jogue o Sporting o presidente está presente. Até aqui tudo bem, eu gosto, apesar de não ter esta postura enquanto adepto no passado, agora tem essa possibilidade e o clube está devidamente representado.
O que me custa mais a perceber é como é que se explica que o presidente diga que a programação da próxima época comece após o final do jogo da taça de Portugal. O Sporting está arredado do titulo desde o jogo com o Benfica, em Alvalade, e dizem os livros que a época seguinte começa a ser programada em Janeiro.
É importante que o presidente acompanhe as nossas modalidades, entendo que os atletas dessas modalidades gostem e sintam essa importância, mas o Sporting tem vice presidentes. Vamos entrar numa época que muito se joga, vamos fazer uma pré-eliminatória da Liga dos Campeões, é a 3 época desportiva ao comando desta direcção e no final de 2015/2016 não poderá haver mais desculpa com o passado.
Presidente, menos viagens e mais trabalho efectivo no que concerne a sua responsabilidade directa. Espero que nesta altura já se saibam os 3/4 alvos concretos de mais valia para se contratar para a próxima época e deixem-se de contratar “massa gorda” (não é pessoal) que só acrescenta ordenado a pagar e mais valia ao plantel principal é igual a zero.
O Sporting é nosso, ou não
Faz hoje anos. Era ainda um jovem e tinha chegado cedo ao estádio. Alvalade a rebentar pelas costuras e o desastre aconteceu com a chegada da camioneta do FCP.
Adeptos em plena euforia e com a adrenalina no máximo, correm para o varandim da superior Sul que cedeu com o peso dos adeptos. A minha camisola de lã (típica da altura) ainda ficou rasgada porque graças a ela um adepto conseguiu-se agarrar e não caiu desamparado (o meu amigo Nelson da Madragoa), ao contrario dos outros leões.
Todos os anos ressalvo a mesma nota, porque para mim o futebol é um espectáculo que não deve, e não pode estar acima do carácter de cada um. A primeira assistência a ser dada aos nossos adeptos foram os médicos e o staff do FCP, inicialmente debaixo a apupos e arremesso de objectos, até os adeptos leoninos se aperceberem do que realmente se tinha passado, mas lá ficaram até chegar as ambulâncias, a cumprir o seu dever, de médicos, e de cidadania, um exemplo e uma postura que nunca esquecerei.
Quando hoje se metem musicas da Rosinha, e se fomenta guerras, e se utilizam as palavras de morte, e se esquecem de dizer os nomes do adversário, devíamos parar todos, pensar, e quem puder, quem tiver berço para isso, fazer com que no futebol se respire somente o desporto, a rivalidade saudável. O exemplo tem que começar por alguém e devia de começar por quem tem mais “bagagem para aguentar o tranco”
O desporto está cheio de arruaceiros, vigaristas e mentirosos, a começar pelo topo da pirâmide. E eu, pela parte que toca ao Sporting, tenho pena que neste campo não sejamos exemplos para ninguém. Tenho pena que os sócios nem nas redes sociais possam falar abertamente sobre o seu clube, quanto mais respeitarmos os outros.
Temos um longo caminho a percorrer, infelizmente o Sporting não é, e nem será nosso
O post anterior fez-me começar a elaborar numa coisa que não gosto nem costumo fazer. Cenários alternativos do passado.
Costumo fazê-los, até por obrigação profissional, em perspectivas e projecções futuras. No passado, de tão condicionado, confesso que não me costumo matar a pensar nos "E se?...". Até porque de nada servem.
Considero-os demasiado propensos a distorções e a condicionantes que nunca poderíamos prever caso tivesse havido essa diferença que no presente ponderamos.
Prefiro dados concretos, evidencias e factos comprováveis como os do anterior post.
Ainda assim, fico a pensar o que seriamos hoje, caso a declarada aposta na formação tivesse sido efectivamente passada à prática, mais a mais num contexto especial de reestruturação, onde este pressuposto seria facilmente suportado pela maioria dos Sportinguistas?
E se em vez do Welder (0 minutos) tivéssemos logo apostado no Esgaio, jogador que é hoje visto como uma forte e crescentemente credível alternativa para o plantel, até pela sua polivalência?
E se em vez do Piris (523 minutos) se tivesse apostado em Mica Pinto, jogador mediano mas certinho?
E se em vez do Vitor Silva (326 minutos), contratação que até considerei interessante, tivéssemos apostado em Wallyson, tido hoje como uma enorme promessa?
E se em vez do Shikabala (13 minutos) ou posteriormente em Heldon (397 minutos) se tivesse apostado logo em Iuri actualmente em grande nível no seu clube de empréstimo?
E se em vez do Gérson Magrão (327 minutos) se tivesse apostado em Chaby?
E se em vez do Salim Cissé (0 minutos) se tivesse apostado em Rubio ou Betinho?
E se este ano, Slavchev (0 minutos) fosse evidentemente desnecessário por já lá termos o Wallison?
E se em vez do Rosell (392 minutos) se tivesse apostado Palhinha, apontado hoje como sucessor de William?
E se o Geraldes (0 minutos) fosse evidentemente desnecessário por já lá termos o Esgaio?
E se em vez do Sarr (720 minutos) as posições não se tivessem extremado e tivéssemos conseguido manter o Dier?
E se o Rabia (0 minutos), pelo descrito acima se tornasse evidentemente desnecessário.
E se a equipa B cumprisse o seu objectivo declarado de servir a A, possibilitando a esta um plantel mais curto e compacto, quase numa sua extensão, aumentando significativamente os índices de competitividade e motivação.
Não digo que todas as alternativas sejam bons jogadores, Ou sequer jogadores para o Sporting. Mas considerando o histórico seriam assim opções tão absurdas em relação às alternativas encontradas?
Será que para o que fizeram e/ou jogaram, esses contratados, estes jogadores fariam pior?
Será que uma aposta deste tipo teria dado resultados tão significativamente diferentes?
Será que com o que se poupasse em passes, percentagem de passes, prémios de assinatura e ordenados não seria suficiente para um reforço mais evidente e consistente da equipa?
Será que esta via não seria mais sustentável?
Será que neste contexto, estes jogadores não teriam evoluído muito mais e tornado-se muito mais valiosos, desportiva e economicamente, aumentando o seu rácio custo-beneficio?
E se, no mesmo contexto, fosse possível ter agrupado uma geração identificada com o clube, com margem de evolução e que mais facilmente absorvesse os novos jogadores?
E se, no mesmo contexto, a formação do Clube, voltasse a ser vista, em virtude da efectivação das apostas, como 1ª opção na escolha de novos talentos, reforçando o seu apelo que durante algum tempo levou jovens talentos a assumir a sua preferência pelo Clube, mesmo que em circunstancias menos vantajosas?
E se?...
Aproxima-se o fim da época e começam a saltar como pipocas os nomes de potenciais reforços.
É Campbell, é Beckford, é Fernandes, é Sciglio, é Uvini, é Alves, é Gudetti...são os Jornais!... Pois!
A isto juntam-se as renovações.
Enquanto as de Martins, Soares e Carrillo, por falta de interesse ou incapacidades mutuas não acontecem, outras há que surgem em catadupa. Nos últimos dias foram 12, para ser mais exacto. Nuns casos fortemente saudadas, noutros de difícil entendimento. Em ambos os casos com clausulas para encher.
Tudo isto é muito entusiasmante (dependendo que quem "lê" as movimentações) e em regra gera anualmente ondas de entusiasmo, mas, uma coisa é preciso ter noção. No final desta época, a Sporting SAD vai ter 77 jogadores com contrato. O suficiente para 3 planteis!
São 21 do plantel principal, 25 da equipa B, 19 emprestados e 12 seniores de 1º ano...
Como curiosidade, 31 (10+9+6+6) destes 77 foram contratados já pela nova administração e apenas 4, nos emprestados, resultam verdadeiramente dos disparates anteriores a 2013 (ainda que até num destes casos já tenha havido renovação entretanto).
É muita gente e a realidade não é um Football Manager...
Assim, seria altamente recomendável que o "ataque" ao mercado fosse profundamente pensado e planeado, perspectivando os activos existentes, alguns com contratos de duração considerável (16 até 2019, 12 até 2020, 7 até 2021) que por isso mesmo se presumem ser apostas.
E deverá ser pensado, não só para não se desperdiçar recursos em redundâncias, muitas vezes de qualidade duvidosa (ou no limite identica ao que já cá há), apenas para o foguetório da ilusão, como para a própria saúde, equilibrio e fortalecimento financeiro da SAD, mas também, ou até mais importantemente, para passar a mensagem correcta para os que cá estão, que se vêm constantemente catalogados de apostas e depois vêm a prática a falhar (pelo menos até ao momento em que as outras alternativas provem a sua própria incapacidade).