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Faz hoje 1000 dias que Azevedo de Carvalho é Presidente do Sporting. Uns celebram, outros lamentam.
Opiniões serão aos milhares, e todas devem ser respeitadas, mesmo que minoritárias, e por isso, mas não só por isso, não podia de deixar passar a data sem reflectir sobre os últimos 1000 dias do meu Clube de sempre. Mesmo que de uma forma superficial, porque o tempo é um bem escasso, também para mim, apesar de não trabalhar 24 horas.
Em termos económico-financeiros, e depois de um apertar de cinto imposto pela banca, os custos da SAD, com pessoal, nesta temporada, já se aproximam dos inenarráveis números de Godinho Lopes. Como já foi admitido, faltam alguns milhões para que as contas permaneçam equilibradas, pelo menos no papel. Voltaram os tempos em que os fornecedores deixam de receber. Voltaram os tempos em que os jogadores e seus representantes se queixam do não recebimento de comissões e prémios de assinatura. Valha a verdade que ninguém se queixou, de salários em atraso, para já, coisa que já acontecia no anterior mandato.
As contas do último trimestre confirmam a espiral despesista desta temporada, sem patrocinador, sem naming no Estádio e na Academia, e com parceiros bem duvidosos e com nome de insecto. E nada foi explicado ao sócios.
Para o futuro, ficam os inúmeros processos para resolver em tribunal, como a Galp, Somague, Servilimpe, entre outros. Serão outros dirigentes a pagar essas facturas, como é óbvio. Entretanto o caso Doyen deve estar a estalar a qualquer momento, e esperemos que não sejam mais 15 milhões a prejudicar as contas.
Dos últimos meses fica a pérola do "auto-aumento" de salários dos funcionários da SAD, coisa nunca vista, e logo para o dobro....juntando ainda as despesas de representação. Tudo "limpinho,limpinho".
Ainda dos processos, é bom não esquecer que um grupo de sócios foi processado sem conhecimento/aprovação da Assembleia Geral. Relembrar que de inicio, a intenção era de processar mais de 30 associados, mas o C.F.D. felizmente não viu matéria. Desavergonhadamente, os nomes foram publicitados na praça pública como alvos a abater. Cobardia. Nem sequer vou dar mais ênfase ao modo como os dados pessoais dos associados foram utilizados em proveito pessoal...
De positivo as escolhas dos treinadores, embora os rocambolescos processos de saída dos anteriores técnicos. No caso de Marco Silva, uma mancha vergonhosa no nome do Clube.
Positivo também, a entrada na discussão dos eternos problemas do futebol, embora não consigamos fazer a ponte com ninguém, porque criamos anticorpos em todo o lado.
O último alvo é Pedro Proença, o qual ajudámos a eleger há quatro meses, tendo sido apresentado como a "última Coca-cola do deserto". As incoerências e os disparates são o cartão de visita desta liderança. Os mais atentos lá vão saindo a conta-gotas, quer da SAD, quer da Direcção, restando os já conhecidos "Yes-man".
As constantes disputas verbais com rivais, baixando ao nível dos mesmos, não só deviam envergonhar a pessoa em si, como de facto, já envergonham grande parte dos associados e o próprio Clube, que se vê confundido com um individuo que se encontra de passagem, felizmente.
As mesmas disputas que são utilizadas contra sócios que, no seu direito, não corroboram nos seus pontos de vista, tendo de seguida, a distinta lata de pedir "união" aos mesmos...
Em resumo, temos um Clube a perder o seu ADN. Ontem podíamos dizer que éramos diferentes, hoje estamos iguais aos demais, no pior sentido. E o pior é que tudo isto vai deixar marcas num futuro a curto e médio prazo, não tenhamos dúvidas disso. Mais cedo do que tarde, a maioria dos associados irá acordar deste pesadelo.
Li hoje, que não são 1000 dias, mas sim 24.000 horas. Escreva menos no facebook e trabalhe mais, já agora.
SL